Por via de um "coblogger" da Grande Loja, fui parar ao "Plano Tecnológico". Bastaram-me duas ou três "janelas" para ficar esclarecido. Palavras sublimes e de eficácia sempre garantida como "plano", "articulação", "alavanca", "eixos", "clusters" ou "empreendedorismo inovador" (sic) estão espalhadas, como um vírus, por todo o site. Esta tecnologia verbal, vivaça e espertalhona, tem imensos adeptos nas entidades públicas e privadas. Não existe, aliás, candidato presidencial que se preze (a começar, naturalmente, por aquele que eu apoio) que não se encante com o jargão, salvo a provável excepção de Jerónimo de Sousa, mais adepto das "velhas tecnologias". Este site, como outros, serve eminentemente para nos distrair e para, "navegando" nele, esquecermos a "realidade". É que, como ainda ontem evidenciava um relatório amplamente divulgado pelo DN, a "realidade" a que o "Plano" pretende atender, é pouco mais do que desgraçada. Eu embirro com "planos" e com a mania de "sovietizar", mesmo pelo lado modernaço, tudo e todos. É óbvio que o pressuposto político subjacente ao "plano", que começou por ser "choque", é meritório. Porém, e como escreve o "colega" da Grande Loja, praticamente não passa de "uma prosápia vazia de ideias titubeantes". Também, com o estimulante dr. Pinho à frente da empreitada, de que é que estavam à espera?
Sem comentários:
Enviar um comentário