8.6.05

PATERNALISMO

A divergência entre a "posição oficial" de Freitas do Amaral e a sua "posição pessoal" acerca do Tratado Constitucional europeu, valeu-lhe um raspanete público de António Vitorino, um dos mais insignes guardiões do templo de Bruxelas. Pela picardia, achei francamente graça à forma como Freitas respondeu a Vitorino, "reconhecendo-lhe" o direito a ter uma opinião pessoal. Descontando o folclore, este episódio veio apenas reforçar aquilo que aqui se tem dito acerca do "consenso albanês" que os poderes oficiais e oficiosos esperam do referendo em Outubro, caso ele se realize. O Freitas "pessoal" está, porém, no bom caminho e tem razão. Pena é que o fundamentalismo, afinal provinciano, de alguns adeptos ferozes da Constituição Europeia, como o versátil Vitorino, não cure mais de esclarecer em vez de exibir constantemente o seu insuportável paternalismo.



Adenda: Já estava escrito este post quando, numa rápida ronda pela blogosfera "amiga", dei com este texto de Medeiros Ferreira. Junto-me a ele.

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