Começa a irritar-me a profusão de outdoors com a carinha dos candidatos à Câmara de Lisboa. E segundo o velho ditado "quem te avisa teu amigo é", suspeito que um dos que mais irrita os lisboetas - pelo despropósito numérico que nos dá a sensação desconfortável de estarmos a ser permanentemente "vigiados" - é o de Manuel Maria Carrilho. Como seu apoiante declarado desde há muito tempo, confesso a minha desilusão pela forma quase clandestina e ambígua como está a decorrer a sua pré-campanha. Normalmente só tomo conhecimento que se passou alguma coisa - uns "encontros" ou umas "jornadas" - pelas notícias nos jornais do dia seguinte. Notícias essas que dão normalmente conta de um indisfarçável mal-estar entre os serviços da candidatura e os jornalistas. Francamente esperava mais imaginação e uma "teoria" comunicacional mais eficaz. Por este andar, Ruben de Carvalho e Carmona Rodrigues, em especial, vão marcar mais pontos do que deviam. Já nem sequer falo de Sá Fernandes, uma incógnita. Carrilho ainda não encontrou nem o "tom" nem as pessoas adequados para o seu "projecto". Supostamente não se vêem porque estão todos "a trabalhar" nele, como diz o cartaz. Como e até quando?
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