«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
30.6.05
CEM
29.6.05
A CAMINHO
OUTRAS VOZES
AVENTESMAS
A LEI DAS COMPENSAÇÕES
28.6.05
27.6.05
O PATHOS "TÉCNICO"
Adenda 1:
Uma grande trapalhada
por Nicolau Santos
Corre a manhã de segunda-feira, 27 de Julho de 2005. Na sexta-feira, às dez da noite, o Governo entregou na Assembleia da República o Orçamento Rectificativo 2005, tornado necessário porque o que tinha sido elaborado por Bagão Félix e pela maioria PSD/PP estava claramente desfasado da realidade. A questão é que, pelas primeiras apreciações, o OR, entregue tarde e a más horas, traz erros inadmissíveis, martela receitas e despesas para chegar ao défice de 6,2% e, mais grave, conclui que a despesa do Estado ultrapassa metade do que o país produz (50,2%), ao contrário do que tinha sido prometido. Até agora, contudo, as Finanças não deram nenhuma explicação e, ao que tudo indica, estão a trabalhar de novo os números do documento. A imagem de competência e rigor do ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, sofreu o seu primeiro abalo sério no lado técnico, já que, do ponto de vista político, tinha ficado fragilizado com a questão da reforma que recebe do Banco de Portugal. Na verdade, entre os valores aprovados pela Comissão Constâncio, o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e o OR há diferenças acentuadas na composição das receitas e das despesas. Assim, do PEC para o OR aumentam as despesas em 1.570 milhões de euros e as receitas em 1.506 milhões. A receita fiscal fica 499 milhões de euros acima do PEC e 989 milhões acima da estimada pela Comissão Constâncio (que não contabilizava os aumentos de impostos entretanto anunciados). E o Governo espera arrecadar mais 7,1% em impostos, um valor muito superior ao crescimento nominal da economia. Mas o caso mais grave vem do lado das despesas. Aparentemente, o Governo mostra-se impotente para travar o seu crescimento. E assim a despesa é superior em 1.570,9 milhões de euros ao PEC e em 1.194,1 milhões aos valores da Comissão Constâncio, crescendo mais de um ponto percentual em relação ao anteriormente previsto em percentagem do PIB. E assim, a despesa das administrações públicas em percentagem do PIB atinge 50,2% contra os 49,1% inscritos no PEC. Não adianta continuar, embora existam outras incongruências relevantes: o esforço de investimento cai 8% mas as despesas de capital aumentam 15% (o que pode dar razão aqueles que dizem que, nas despesas de capital, estão contabilizadas rubricas salariais e custos administrativos que nada têm a ver com o esforço de investimento). O que importa é assinalar que este Orçamento Rectificativo, para quem queria acabar com o «monumental embuste» do OE 2005, é, ele próprio, uma enorme trapalhada, e que aparece ferido na sua credibilidade pelos erros técnicos que enferma e pelas promessas políticas que não cumpre. Convenhamos que não era desta ajuda que Luís Campos e Cunha precisava, para quem necessita de impor um enorme rigor orçamental até 2008.
Adenda 2: Vale a pena ler, em jeito de "complemento", o editorial do Diário de Notícias, da autoria de João Morgado Fernandes, O Modelo da Incapacidade.
Manuel Castells, o catalão que se transformou em guru dos modelos de desenvolvimento assentes em inovação e novas tecnologias, costuma apresentar os Estados Unidos, a Finlândia e alguns países asiáticos como casos de sucesso nos quais a Europa deveria inspirar-se para sair do buraco em que caiu. Numa das últimas vezes em que esteve em Portugal, questionado acerca da eventual existência de um modelo meridional (Espanha, Itália, França, Portugal...), foi claro: "Se existe, não o encontrámos, a não ser que se queira transformar a incapacidade em modelo." Pouco importa discutir se essa incapacidade é recente ou herdada, circunstancial ou genética. Importa, sim, estarmos conscientes da sua existência para, sem dramatismos excessivos, a vencermos, nesta fase em que, por força de uma estranha ciclotimia, somos de novo atirados da euforia para a depressão. Exemplo dessa incapacidade é a forma atabalhoada como todos, sem excepção, lidam com o problema do défice e a necessidade de serem tomadas medidas drásticas para o derrotar. Essa incapacidade começa num poder sem rasgo para apresentar, de forma estudada, consistente, estruturada, um verdadeiro plano que, em simultâneo, ataque o "monstro" e incuta confiança nos agentes económicos e nos portugueses em geral. Ao invés, o poder parece agir apenas pela força das circunstâncias, pressionado, desarticulado e revelando um elevado grau de incerteza quanto à amplitude e profundidade das medidas.A incapacidade prossegue, por exemplo, pelos sindicatos, sejam eles de professores ou polícias, cuja reacção epidérmica às iniciativas governamentais apenas contribui para degradar um pouco mais a imagem pública dos profissionais que representam. Essas são, porém, incapacidades instrumentais. Porque a pior, a mais funda, é que a sociedade portuguesa, todos e cada um de nós, teime em viver do sol e do crédito fácil, sem perceber que o investimento essencial, a força das nações, nasce de cidadãos informados e empenhados. Sem perceber que, antes de ir, é necessário decidir para onde ir.
FINALMENTE...
26.6.05
O SENTIDO DAS COISAS
25.6.05
"QUEER AS FOLEIRO"
Adenda: Aos actuais "aprendizes de feiticeiro", gostava de lhes recordar este "poema" de Mário Cesariny, "o regresso de ulisses", escrito por alturas dos "anos de chumbo".
o regresso de ulisses
O HOMEM É UMA MULHER QUE EM VEZ DE TER UMA CONA TEM UMA PIÇA, O QUE EM NADA PREJUDICA O NORMAL ANDAMENTO DAS COISAS E ACRESCENTA UM TIC DELICIOSO À DIVERSIDADE DA ESPÉCIE. MAS O HOMEM É UMA MULHER QUE NUNCA SE COMPORTOU COMO MULHER, E QUIS DIFERENCIAR-SE, FAZER CHIC, NÃO CONSEGUINDO COM ISSO SENÃO PRODUZIR MONSTRUOSIDADES COMO ESTA FAMOSA "CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL" SOB A QUAL SUFOCAMOS MAS QUE, FELIZMENTE, VAI DESAPARECER EM BREVE.
PELO CONTRÁRIO, A MULHER, QUE É UM HOMEM, SOUBE SEMPRE GUARDAR AS DISTÂNCIAS E NUNCA PRETENDEU SUBSTITUIR-SE À VIDA SISTEMATIZANDO PUERILIDADES, COMO FILOSOFIA, AVIAÇÃO, CIÊNCIA, MÚSICA (SINFÓNICA), GUERRAS, ETC, ALGUNS PEDANTES QUE SE TOMAM POR LIBERTADORES DIZEM-NA "ESCRAVA DO HOMEM" E ELA RI ÀS ESCÂNCARAS, COM A SUA CONA, QUE É UM HOMEM.
DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS, ANTES DA ROBOTSTÂNICA GREGA, OS ÚNICOS HOMENS-HOMENS QUE APARECERAM FORAM OS HOMENS-MEDICINA, OS HOMENS-XAMAS (HOMOSSEXUAIS ARQUIMULHERES). ESSES E AS AMAZONAS (SUPER-MULHERES-HOMENS). MAS UNS E OUTRAS ERAM DEMAIS. E DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS QUE PENÉLOPE ESPERA O REGRESSO DE ULISSES. MAS O REGRESSO DE ULISSES É O HOMEM QUE É UMA MULHER E A MULHER QUE É UMA MULHER QUE É UM HOMEM.
PERDAS E GANHOS
24.6.05
LER...
"You make me want to be a better man".
23.6.05
ELOGIO
22.6.05
UM POEMA
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos
Eugénio de Andrade
A CAIXA DE PANDORA
FALHANÇO
21.6.05
O CANALIZADOR POLACO
LER...
SARTRE, O DIA DO ANO CEM
De uma entrevista de Simone de Beauvoir a Jean-Paul Sartre, no Verão de 1974, publicada em A Cerimónia do Adeus
TRÊS SÉRIES
Desperate Housewives, Donas de Casa Desesperadas
Sex and The City
Nada, ou quase nada, neste país pateta me interessa observar a partir das televisões. Para além desses amigos silenciosos que são os livros, em casa também se pode escolher a companhia. Descobri recentemente o frívolo prazer de assistir a três séries norte-americanas, sem quaisquer complexos "intelectuais". Aliás, os "argumentos" e as "personagens" são suficientemente interessantes para acompanhar a peripécia de trás para diante ou vice-versa, ao acaso. Se quisermos, não são tanto as "histórias" quanto os "ambientes" que contam, umas vezes de uma forma divertida, outras vezes irónica, outras ainda, e sobretudo, "séria". O resto são tretas ou Manuel Luis Goucha, o clone "masculino" da Fátima Lopes.
20.6.05
GLÓRIAS
A LADO NENHUM
19.6.05
SÓ AGORA...
LER...
OS CEM DIAS E O TEMOR SEM ROSTO
Um aspecto do Governo a quem os portugueses deram a maioria absoluta, supreende: é um governo sem imagem. O seu primeiro-ministro é sem imagem; o ministro que mais aparece nos media, o ministro das Finanças, não tem imagem. Os que tendem a afirmar uma personalidade mais singular, são logo remetidos para o silêncio. Para começar, essas características correspondem adequadamente ao momento crítico que a sociedade atravessa. A crise ameaça transformar-se em caos, as pessoas esperam, num temor sem rosto. E a oposição também não o tem.
Não se trata de um estilo de governação. Porque nenhum traço é verdadeiramente marcante. Por agora, parece apenas uma estratégia para atenuar a crise nos espíritos, não agudizar, não criar ruído, ao mesmo tempo que se criam ondas. Estratégia de neutralização da angústia da população e de esvaziamento dos media, que a amplificam. Repare-se: não há um discurso legitimador das medidas já tomadas - as justificações (em nome da "justiça para todos", da moralidade na prática política) são pontuais, a propósito de derrapagens demasiado evidentes. Nada de grandes valores, de grandes posições ideológicas, nem sequer de traços gerais de metodologias da acção (...) Como se se quisesse criar a ideia de uma necessidade natural, técnica, absoluta, desta política, sem alternativa possível, necessidade que se justificaria pela própria natureza da crise.
A imagem do Governo não afirma nem a tecnocracia, nem o humanismo, nem o socialismo, nem o neoliberalismo. Quer-se mudar Portugal. abrindo um espaço para a acção. Porém, este período não pode durar sempre. A ausência de imagem não será sempre eficaz, como é o caso. Virá o momento em que o primeiro-ministro e o Governo terão de produzir uma imagem (mesmo inovadora) decifrável da sua política, sob pena de incorrer nos mais variados riscos, o menor dos quais não é o de governar contra o povo.
18.6.05
RIDÍCULO...
JUÍZO NA JUSTIÇA
ONDE É QUE ESTÁ?
SOMOS TODOS PORTUGAL?
HABITUEM-SE
17.6.05
NOVENTA DIAS
16.6.05
AGORA...
CARLO MARIA GIULINI (1914-2005)
EUGÉNIO
CUNHAL A SEIS TEMPOS
2. As imagens de “Daniel” e de “Duarte” - da resistência clandestina à ditadura - mostram o homem bonito e sedutor que Cunhal nunca deixou de ser até ao fim. Explicava que a “força” vinha da convicção. E que a convicção obrigava ao combate e à resistência. Em certo sentido, Cunhal faz parte de um mundo que pouco ou nada diz à maior parte dos homens videirinhos dos dias de hoje. Justamente eles jamais conseguirão perceber que, para Cunhal, era uma impossiblidade intelectual o cometimento da mínima cedência aos “princípios” e ao “ideal”. Nem sequer o porquê da inadmissiblidade da discussão da “justeza” comunista. Por isso Cunhal é insusceptível de alguma vez poder ser acusado de “travestismo” político. Ele era aquilo que ele era e nunca poderia ter sido outra coisa. Não significava isto qualquer limitação da inteligência, em sede da qual recolhe a unanimidade de “superior”. Pelo contrário, no seu “sentido único”, Cunhal foi de uma verticalidade rara. E, por aí, igualmente um homem raro.
3. Valeu a pena o país curvar-se perante a sua memória? Valeu. Álvaro Cunhal é incompreensível para a geração do “25 de Abril”. Tê-lo lembrado por ocasião do seu desaparecimento, foi um serviço bem prestado à memória contra o esquecimento. Serve de muito pouco, no entanto, ao oásis acéfalo que é, na generalidade, a actual sociedade portuguesa. Como é que se explica ao país da “quinta das celebridades” e da bola que um homem pode aguentar, em nome de um ideal e da emancipação económica e cultural do seu povo, oito anos de isolamento prisional? Eu creio que Cunhal percebeu muito cedo que andava literalmente a pregar no deserto. O mérito dele – e a nossa vergonha – é ter continuado a pregar, sem a mínima tergiversação. Não cuido agora de saber se tinha razão. Sabemos que não tinha. A sua visão do “pacote” da democracia era radicalmente diferente daquele que nós, par delicatesse, aceitamos. Ceder nunca fez parte do seu vocabulário, porque sempre representaria “outra coisa”. Ora se havia “coisa” que Cunhal detestava, na coerência da sua “fé”, era o “outro” da “coisa”. Num livro do ano passado, Conversas com Álvaro Cunhal, Maria João Avillez perguntava, em 2000, se podia falar em “derrota” e “amarga”. Cunhal disse simplesmente isto: “amarga é uma palavra muito pequenina para o que foi”. Esta espécie de luminosidade amarga acompanhou os anos últimos, sem que, por um segundo, a antiga “convicção” tivesse alguma vez sido abalada.
4. Parece que é piroso revelar-se fascínio perante Álvaro Cunhal. Eu sempre o tive. Entre os meus quinze e dezasseis anos fiz parte da União dos Estudantes Comunistas (UEC). A minha breve e inócua militância traduziu-se por umas passagens por “cooperativas” alentejanas, pela assistência a reuniões meio clandestinas, nas casas de uns e de outros, dirigidas por um “controleiro” senior, em fazer “piquetes” na sede da UEC (nunca cheguei a perceber com que propósito) e a conviver esporadicamente com os “génios” femininos da então juventude comunista, a “Geninha” Varela Gomes e a Zita Seabra. Assisti, com fervor religioso, a alguns comícios em que o momento alto era a palavra vibrante de Cunhal. Li o “Rumo à Vitória” e sublinhei “A Revolução Portuguesa, Passado e Futuro”. Cantei, no coro do liceu, as “heróicas” do Lopes Graça. E, em momentos mais delirantes, andei nas ruas da Costa de Caparica a distribuir panfletos e a recolher “donativos”. Depressa me apercebi da frivolidade infantil desta desastrosa militância e “aburguesei-me”. Logo em 76, achei piada ao candidato presidencial dos óculos escuros, Eanes, apesar de o “nosso candidato ser Octávio Pato”. Leituras e companhias, o curso de direito e a emergência do “movimento reformador” de António Barreto e Medeiros Ferreira, em 1979, fizeram o resto. Anos passados sobre esta aventura, voltei ao convívio com Cunhal através do seu “Partido com Paredes de Vidro”. Mais recentemente, li a monumental “biografia política” de Pacheco Pereira, ainda a meio do caminho com apenas dois volumes publicados.
5. Isto tudo serve para dizer que eu respeito a “história” e a memória de Álvaro Cunhal. Tive familiares que estiveram detidos em Peniche ao mesmo tempo que o “camarada Duarte”. Tive e tenho familiares que sempre foram comunistas. Eu parti muito cedo e definitivamente numa outra direcção. Faltava-me tudo o que eles têm: acreditar no "homem", primeiro, e, pior do que isso, na sua "salvação", a noção de disciplina férrea, a “convicção”, a "felicidade pela coerência" e, sobretudo, a “história”. A Álvaro Cunhal, e à resistência moral e física de tantos outros comunistas e não comunistas, devemos hoje até o direito a sermos parvos. A força imbatível da liberdade “absorveu” e neutralizou a tempo a “deriva totalitária”. Penso que já devíamos conviver todos bem com isso e sem grandes problemas "existenciais".
6. Deu-me um certo gozo ver o país do “respeitinho” democrático e da “era” dos “homens-plasticina” inclinado perante o féretro de Cunhal rodeado de bandeiras vermelhas. Lá no assento mais ou menos etéreo onde subiu, Cunhal, com a sua eterna subtileza irónica, deve ter sorrido e, olhando cá para baixo, murmurado uma vez mais “até amanhã, camaradas”.
11.6.05
10.6.05
QUERELAS E QUESTÕES
- O presidente da República portuguesa lamenta que a rejeição do TCE por parte dos franceses e holandeses se tenha devido a «questões de conjuntura política interna, medos, ressentimentos nacionais e querelas partidárias».
O DIA
9.6.05
A CONSTITUIÇÃO E A MOSCA
8.6.05
PAPÁ...?
PATERNALISMO
Adenda: Já estava escrito este post quando, numa rápida ronda pela blogosfera "amiga", dei com este texto de Medeiros Ferreira. Junto-me a ele.
HABERMAS SOBRE A EUROPA
NÃO CHEGA
7.6.05
O "ESFORÇO EXIGENTE"
LER OS OUTROS
Adenda: Ler igualmente no Bicho Carpinteiro, "Freitas junta-se a nós".
PUTA DE SORTE
SILÊNCIO
"NÃO HÁ DEMOCRACIA SEM COMUNICAÇÃO POLÍTICA"
O CADÁVER ESQUISITO
6.6.05
SEM TECTO, ENTRE RUÍNAS
IDEIA BOA COM DÚVIDAS
5.6.05
FAZER BEM FEITO
O REGRESSO DO RECALCADO
Mais un deuxième type d'équivoque n'a jamais été explicité non plus : c'est celui qui concerne les formes politiques et juridiques de l'Europe. La dénonciation de la technocratie bruxelloise et la stigmatisation récurrente d'un"déficit démocratique" se sont largement imposés depuis au moins quinze ans comme allant de soi, mêlant la critique de véritables dysfonctionnements à ce qui ne faisait tout simplement que dériver d'autres modalités de la démocratie que celles procédant de la vision française de l'intérêt général. Le rôle du droit, les formes nouvelles de régulation, ont été systématiquement perçus comme des régressions, alors que ce sont en fait les spécificités du modèle français qui auraient aussi dû être interrogées et discutées (...).
AMBIGUIDADES LISBOETAS
CEGOS, SURDOS, MUDOS
4.6.05
O CORPO É QUE PAGA
Quando te esforças mais do que é preciso
O corpo é que paga
O corpo é que paga
Deixa´ó pagar deixa´ó pagar
Se tu estás a gostar
Quando a cabeça não se liberta
Das frustaçoes inibições toda essa força
Que te aperta o corpo é que sofre
As privações mutilações
Quando a cabeça está convencida
De que ela é a oitava maravilha
O corpo é que sofre
O corpo é que sofre
Deixa´ó sofrer Deixa´ó sofrer
Se isso te dá prazer
Quando a cabeça está nessa confusão
Já sem saber que hás-de fazer, e já és tudo o que te vem à mão
o corpo é que fica
fica a cair sem resistir
quando a cabeça rola pro abismo
tu não controlas esse nervosismo
a unha é que paga
a unha é que paga
não paras de roer
nem que esteja a doer
quando a cabeça não tem juízo
e tu não sabes mais do que é preciso
o corpo é que paga
o corpo é que paga
Deixa´ó pagar Deixa´ó pagar
Se tu estás a gostar
Deixa´ó sofrer Deixa´ó sofrer
Se isso te dá prazer
Deixa´ó cantar Deixa´ó cantar
Se tu estás a gostar
Deixa´ó beijar Deixa´ó beijar
Se tu estás a gostar
Deixa´ó gritar Deixa´ó gritar
Se tu estás a libertar
António Variações
Modo de emprego: esta canção é para trautear lendo este post no Abrupto, Para o PS, uma lição que já devia estar há muito aprendida.