A PROPAGANDA
Para evitar "problemas de comunicação", o governo vai criar uma "central" da dita. Essa "central" deve velar pela uniformidade da "mensagem" da acção governativa, ou seja, deve evitar que alguém, lá de dentro, se solte excessivamente. Passar tudo pela "central", é aparentemente o objectivo do exercício. Incluí sondagens, estudos de opinião, "impactos", enfim, tudo o que tem a ver com a "imagem", uma especialidade Santana. Ao pé disto, a conhecida "obra" em outdoors, efectuada em Lisboa, vai parecer coisa pequena. Por detrás de projecto estará naturalmente uma empresa e, seguramente, uma empresa bem contratada. Sob a alçada do ministro da presidência, a empresa garantirá a "integridade" do ofício. Sucede que, neste governo, para além deste ministro, um especialista na matéria, há a sua "cabeça de Janus", Santana e Portas. As relações políticas entre o primeiro-ministro e o seu ministro da presidência não são reconhecidamente fortes. Portas, por seu lado, não dispensa o seu one man show. As "informações" e as "contra-informações" a debitar para a "central" vão ser, pois, muitas e divertidas. Não tenho certeza que interesse demasiado ao "povo" saber o que se passa, ou não passa, na "casa de Santana". Aos "interessados", interessa naturalmente. A "venda" do produto, o bom e o estragado, a menos de dois anos de vista, precisa de "coordenação", o novo nome de uma velha conhecida, a propaganda.
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