Com particular destaque para os rapazes, parece que a maioria dos nossos estudantes do 12º ano de escolaridade, chumba invariavelmente. As "cadeiras" mais afectadas, segundo percebi, são as relativas ao grupo "científico-natural"" e ao "agrupamento económico-social". As meninas, mais espertas e sempre precocemente espevitadas, revelam-se menos preguiçosas e mais atentas praticamente a tudo, desde as "humanidades" às "técnicas". O resultado está à vista. As universidades, os "empregos" e as "lideranças" transformaram-se, nos últimos anos, em autênticos gineceus. Elas não têm culpa e, ao contrário dos meninos, não fazem mais do que cumprir a sua disciplinada obrigação. Limitam-se a trepar, como lhes recomendaram desde cedo. A meritocracia deixou consequentemente de ter sexo definido. Para além destas considerações puramente reaccionárias, convém ter presente que a "explosão" universitária, pública e privada, não serviu para melhorar os desgraçados índices de literacia pátria. Também aqui, tudo indica que é de novo o grupo feminino quem leva a melhor, sem excessos melodramáticos. A nossa população universitária, et pour cause, é do mais analfabeto que se possa conceber. Não se lhe pede que "saiba", que "leia" ou que "pense". Os adolescentes querem apenas ser instruídos, quando querem, para "subir" e, de preferência, passando por cima uns dos outros para depois, amavelmente, passarem por cima de nós. Ignoro, pois, que élites se andam a preparar por aí com esta tremenda vulgarização das licenciaturas. Seja lá o que for, espero o pior.
Sem comentários:
Enviar um comentário