No Público de ontem vinha a breve história de Sara Pina, a assessora de imprensa da PGR que "pôs a boca no trombone". É licenciada em comunicação social por uma Escola da especialidade do Porto. Fez uma pós-graduação em "direito da comunicação" (em que mais poderia ser?) e ali defendeu uma "tese" cujo tema era "A deontologia dos jornalistas portugueses". Quem diria! Sara, agora com 34 anos, frequenta o curso de direito, certamente inspirada pelos quatro anos de convívio com as luminárias do Palácio Palmela. Alguém que a conhece bem, disse ao jornal que a rapariga é "expontânea, enérgica e muito dedicada ao trabalho". Como ela, há milhares de "saras pinas" espalhadas por este país, igualmente "expontâneas e enérgicas", flhas e filhos de uma geração permanentemente a despontar para o "sucesso". Abundam nas redacções dos jornais e das televisões, e pelam-se por um lugarzinho num "gabinete". Foram certamente estas "virtudes", aliadas à sempre premiada ambição, que devem ter impressionado quem a convidou para o papel de porta-voz institucional da Procuradoria. À conta de uma indesculpável indiscrição, foi atirada para a rua, com uma delicadeza de sacristia, pelo seu chefe máximo. A mesma escadaria que a levou à intimidade com os meandros processuais e, consequentemente, com o "poder", foi a mesma pela qual saiu apressadamente e sem glória. Não aprendeu nada lá dentro. À força de querer mostrar-se subtil e insinuante, acabou por ser vítima da sua própria insensatez e da duplicidade alheia. Uma dupla vítima, afinal.
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