3.7.04

SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
(1919-2004)



Nestes dias difíceis e medíocres, Sophia de Mello Breyner, o poeta e a cidadã, é um exemplo transmitido na serenidade aristocrática dos versos, no rigor clássico do verbo e no discurso permanentemente comprometido com a liberdade. Ao entrar definitivamente na substância do tempo, Sophia permanece, para este país sem memória, como uma voz maior, daquela que, por natureza, é o contrário de uma instituição, a poesia.Tive amigos que morriam, outros que partiam/Outros quebravam o seu rosto contra o tempo/Odiei o que era fácil/Procurei-me na luz, no ar, no vento.

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