O ÓBVIO E O OBTUSO
Nunca tive nenhuma dúvida acerca do que se passou no conselho nacional do PSD. Como era mais do que previsível, Santana Lopes foi eleito presidente em apoteose. A passividade bovina dos conselheiros garantiu-lhe tranquilamente o transporte. Minutos depois, com o ar grave das grandes ocasiões (e ainda não viram nada...), Santana falou aos jornalistas e ao PP, que passou de "braço direito" a "corpo" de pleno direito da coligação. Antes deste episódio grotesco, Barroso tranquilizou os seus bonzos com a sua "convicção íntima" de que não haveria eleições. Esta presunção, como não podia deixar de ser, adveio dos primeiros encontros com Sampaio, por muito que Belém desminta quaisquer certezas antecipadas. Depois de ter percebido até onde tinha chegado a sua pusilanimidade inicial, o Presidente decidiu "assustar" o PSD com um registo diferente. Por isso prolonga artificialmente o anúncio de uma "solução". Como Guterres disse à saída de Belém, eu penso que a solução é "óbvia". Parece que o País que Santana Lopes aspira pastorear ilegitimamente, também. Falta só Sampaio perceber isso a tempo.
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