6.12.07

MÓNICA E CESÁRIO - 2

Dr. Barreiros: fico lisonjeado com a comparação com Jorge de Sena, nas suas palavras, um "compulsivo maledicente". Dá-me ideia que já li o que tinha a ler - livros - de Maria Filomena Mónica, da mesma maneira que penso que ela já escreveu os livros que tinha a escrever. Repare que, praticamente desde as gloriosas "memórias", Mónica não prodigaliza um parágrafo aproveitável. E já estou a incluir no balanço quase todos os parágrafos das referidas "memórias". Pessoa/Caeiro, um panteísta como Cesário é, por sinal e na minha modesta opinião, o menos suportável dos heterónimos. Mesmo a famosa referência de Campos ("mestre, meu mestre querido...") não chega para fazer esquecer os irritantes transportes campestres do poeta "guardador de rebanhos". Quando tinha 17 anos, apreciava e comovia-me com tanta verdura. Aos 47, é-me impossível.

5 comentários:

Anónimo disse...

EXCELENTE resposta ...

Anónimo disse...

João Gonçalves,você está a ser ingénuo,ao responder a sério ao Barreiros.O homem está fulo consigo pelo apoio e as palmas que você deu aqui ao Marinho Pinto.É só isso.

Anónimo disse...

...e o que é que o Marinho Pinto tem a ver com o livro da Filomena Mónica????? Não deveria ter...não é verdaed? Não se consegue ser ISENTO...separar as águas...???

José António Barreiros disse...

Boa noite. Só agora me é possível responder.
Gostaria de desfazer um equívoco. Eu entendi que a crítica era ao livro da Maria Filomena Mónica. O único reparo é que a sua análise ganharia força lendo de facto o livro e não tendo partido de uma recusa liminar em fazê-lo. Gostaria de tornar claro que sobre ela partilho as maiores reservas, depois de ter lido a sua auto-biografia. Escrevi mesmo a tal propósito no meu blog A Revolta das Palavras, três textos muitos duros que, passe a imodéstia e só para situar o meu pensamento, podem ser vistos aqui:
http://revoltadaspalavras.blogspot.com/2005/11/um-livro-para-voyeurs.html
Quanto ao ter apoiado a candidatura do Dr. Marinho e Pinto à Ordem dos Advogados [facto que um seu comentador chama à colação], não sabia que tal tinha acontecido. Agora uma coisa é certa: mesmo que o tivesse sabido eu não iria comentar o que disse sobre um livro da Filomena Mónica a propósito do Cesário Verde por causa disso. Só se já tivesse entrado no mundo da paranóia persecutória! amigos meus, colegas que votaram na minha lista, apoiaram-no. Acham que vou agora à cata deles para os desancar? Haja Deus!
Cumprimentos
jab

Anónimo disse...

O livro da mónica foi apenas um pretexto para o barreiros bater no j.gonçalves,pcebeu?