11.12.07

DO CRIME


Um dos truques mais estafados usado na política para assustar o "povo", consiste em falar-lhe em "insegurança" e no "aumento da criminalidade". Acontece que, chamar isso à colação por causa de ajustes de contas entre gente pouco recomendável, não é correcto. Portas atacou o governo por aí em vez de se concentrar na inexplicável figura do MAI, o académico Pereira, ou na fantástica pessoa do dr. Alípio, director da PJ. Não são as matanças entre o "pessoal da noite" que alimentam climas de insegurança. O "homem médio" preocupa-se com os pequenos furtos, com a eventualidade da sua casa ser assaltada enquanto dorme ou está na sala, com as notas retiradas do multibanco irem parar a mãos alheias ou em ver o carro desaparecer. Muito provavelmente, o "homem médio" até acha louvável que os "homens da noite" se eliminem uns aos outros a tiro, nem que seja no passeio onde mora. Não vale a pena ir por aí.

7 comentários:

Anónimo disse...

Engana-se, vale também ir por aí.

O preocupante é a dormenência geral, que vejo em relação a estes crimes, comparada com outras reacções, como a sangrenta e desncessária, fuga dos Cavacos, por exemplo.

Depois não se queixem que eles se instalaram!

Já que não investigam decentemente a corrupção, ao menos sejam bons nisto ....

oscar carvalho disse...

Há dezenas de anos que a direita nos quer assustar com a criminalidade. Mas na realidade, só quem nunca saíu deste rectângulo se assusta, porque a verdade verdadinha é que somos dos países mais seguros do mundo. Se nunca foram ao Brasil, perguntem aos brasileiros que por aí andam. Mas os factos também mostram que a globalização muda muita coisa: se os chineses usam gravatas da BOSS, nós acabaremos por ter máfias chinesas. É a vida.

VANGUARDISTA disse...

O português médio quer segurança, não só na sua rua com o no País!
O português médio, não quer máfias a instalarem-se impunemente, agora na “noite” amanhã de “dia”, nas ruas, no comércio, nos empregos, nas escolas.
O português médio não quer uma emigração descontrolada, um verdadeiro pasto para as máfias.
O português médio não quer o Portas, nem o Sócrates, nem o Pereira, mas quer gente competente a governar o que resta de Portugal!

António P. disse...

Na mouche !
Lamentável é políticos experientes ( até já foram ministros e mesmo 1º ministro )não perceberem isso.
Cumprimentos

joshua disse...

Nem toda a Noite é coutada do Crime e, além de estes Seguranças pouco recomendáveis eliminando-se à maneira das mais bem sucedidas e lucrativas Mafias, há gente de bem e há efeitos colaterais indesejáveis, quer se queira quer não, os quais devem ser atalhados e impedidos. Por muito dinheiro, droga e mulheres que a Noite transacione, uma coisa é o espectro da insegurança outra coisa é o manto de violência e de todas as possibilidades a contaminar de boicote toda a espécie de vida turística que se espraie por vinte e quatro horas na Grande Cidade.

Nunca vivi da Noite nem sequer na Noite. A não ser a partir de Outubro último, após um convite para que sempre olhara desprezivo e relutante, e a emergência de uma extrema necessidade que o Ensino não me estava nem está nem nunca estará a colmatar.

Hoje trabalho de dia numa Escola do Norte e, durante a noite, como uma espécie de Segurança num Pub Portuense menos expressivo e menos espaçoso, certamente, que essas discotecas onde tudo acontece e onde todas as gulas e lutas se travam. Onde eu trabalho, só encontro caracteres. Ninguém se digladia por coisa nenhuma a não ser por não pagar, o que já é grave o suficiente e me dá trabalheiras.

O sítio onde trabalho é um lugar por onde passam também todos os que conhecem a fundo aquilo de que agora os jornais somente afloram especulativos. Converso com gente que engraça comigo, Seguranças eles mesmos, pessoas que conhecem bem os que morreram e por que ordem de motivos.

E, para mim, isto não é para deixar apodrecer impune.
O que se tolere agora, agravar-se-á de impunidade amanhã. A Lei, nestes casos, pelo que sei, só permite detenções em flagrante delito, o que encorajará fortemente o recrudescimento de este sangue e do próximo.

Em suma, João, o homem médio, pense o que pensar, não serve de medida para coisa nenhuma. Todo o homem médio é uma coisa parda dentro do grande rebanho de mediania e a própria mediania nem sempre é vox Dei, quanto mais vox populi.

Anónimo disse...

a segurança de que tanto falam, havendo pouca ou muita, é psicológica. ou seja, é o resultado da insegurança no emprego, da dúvida da capacidade de pagamento das dívidas, de serviços de saúde a fechar, do agravamento incompreensivel do custo de vida, etc.

acompanho quem acima diz que portugal é um pais seguro, e que dispensamos os cérebros do cds-pp para nos fazer crer que isto é como na 'américa', aí sim um estado/politica baseado no crime e encerceramento.

a evitar.

Anónimo disse...

Este país está podre, nem o "rei" escapa, não é que há dias dei com um site www.reifazdeconta.com que também desmascara esta palhaçada toda!