1.4.11

A FALÁCIA DO "5 DE JUNHO"

As sondagens, valendo o que valem, revelam que este regime está esgotado e que os putativos eleitores, apenas por enfado, tencionam distribuir o mal pelas aldeias, isto é, pelos partidos todos (em maior ou menor escala), sem concentrações absolutas. Mais. Parece relativamente indiferente ao eleitor médio a permanência de Sócrates ou a vinda precária de Passos Coelho. O regime está a ser vítima da sua propaganda "niveladora". Ninguém é particularmente distinguível de ninguém e, por isso, as intenções de voto limitam-se a "mostrar" a realidade. Os protagonistas não estão à altura do momento como esteve, no seu, Ramalho Eanes. Todos falharam ou preparam-se para falhar. Isto só lá vai, se for, com outra coisa. Não é, de certeza, com o "5 de Junho".

10 comentários:

RC disse...

Muito bem visto! Isto, só lá vai com outro 25 de Abril em versão pós moderna e mesmo assim...

Gallião Pequeno disse...

Caro Dr. João Gonçalves
Concordo consigo, isto só vai ao sítio com um regime presidencialista. É urgente eleger alguém com dignidade que chame a si a responsabilidade com altruísmo e competência, para servir um país e não se servir dele.
Acabar de vez com egos, mentiras, incompetências, narcisismos e tanta outra porcaria que tem levado este país à ruína.

floribundus disse...

com esta esquerda não há hipóteses de tomar as medidas necessárias para alterar o abismo.

o rectângulo irá vivendo cada dia mais precariamente à beira do caos.

depois 'a ver vamos'

Anónimo disse...

Com a sondagem de hoje, alguns comentadores passaram definitivamente e imediatamente à Twilight Zone. Estão ali no meio, perdidos, desorientados, em todo o lado e em lado nenhum, com uma nádega de cada lado, não vá o povo continuar a ler A Bola e a votar no pseudo-engenheiro Sócrates. Mas isto é só como dizem no Cachimbo de Magritte: "Brikmanship", ou como levar ao caos para limpar o lixo do capote. E Passos Coelho isto, e Passos Coelho aquilo, o Presidente para assim e assado, e o PSD, e a Europa e o raio que os parta. E Teixeira dos Santos neste história toda é apenas um padre de freguesia que ninguém fala, mesmo depois de dizer com carinha de inocente que não pode pegar no telefone e pedir ajuda depois de até ontem dizer que não era necessário. Venha a falência que nós merecemo. Se calhar nós sómos mesmo "lixo" e estivemos sobrevalorizados estes anos todos.

Cáustico disse...

Só há uma solução: um novo 28 de Maio. Não se preocupem com a censura porque ela já existe. Não receiem o aparecimento duma PIDE porque ela é desnecessária, dado que os assassinos de reis, de principes e de presidentes já devem ter morrido todos, e porque já não é preciso defender o país duma sovietização.
O que é de provocar receio é a inexistência de gente com gabarito suficiente.

MINA disse...

Tal como em França, em 1958, quando o general De Gaulle foi chamado ao poder como primeiro-ministro, e depois alterada a Constituição, e proclamada a V República, de que o general foi o 1º presidente, Cavaco deveria chamar um militar prestigiado para chefiar o governo, elaborar-se uma nova Constituição, na certeza de que o povo elegeria a seguir esse militar como presidente de República.

Anónimo disse...

Situação na Islândia!...

Processo inverso ao Irlandês, grego e português: nestes salvou-se a BANCA e afundaram-se os PAÌSES!



Hoje Islândia está crescendo. No ano próximo, seu orçamento público estará em superávit; sua situação económica é bastante melhor que a de outros países com economias igualmente desmanchadas.


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Agora que o povo egípcio venceu, ou ao menos parece, é bom momento para falarmos de uma outra revolução bem mais desconhecida: a da Islândia, esse país que o FMI de Rodrigo Rato punha como exemplo a seguir e que acabou completamente avariado, afundado pelo entulho de uma banca cancerígena que converteu a ilha num imenso hedge fund e deixou uma dívida equivalente a todo o PIB de oito anos e seis meses.
A solução islandesa a essa condenação afastou-se logo da ortodoxia. A Promotoria abriu uma investigação penal contra os banqueiros responsáveis pelo colapso; alguns fugiram do país e são buscados pela Interpol. Em 2009, o governo teve que demitir em bloco, encurralado pelos protestos cidadãos; foi o primeiro e quase o único a cair pela crise (se excluirmos a Tunísia e o Egito). Depois os islandeses forçaram um referendo para bloquear o pagamento da dívida da banca e conseguiram-no: ganhou o não com mais de 90% dos votos. E faz dois meses, a Islândia arrancou uma ambiciosa reforma constitucional que, pela primeira vez na história do mundo, será fruto de um processo de democracia direta, à margem dos partidos. A Assembléia Constituinte é formada por 31 cidadãos correntes, eleitos nas urnas entre 523 candidaturas que só precisavam 30 assinaturas para poderem se apresentar.
Hoje a Islândia está crescendo. No ano próximo, seu orçamento público estará em superávit; sua situação económica é bastante melhor que a de outros países com economias igualmente desmanchadas, como a Grécia ou a Irlanda. O segredo? Algo revolucionário, ainda que se supusesse que era uma das regras essenciais do capitalismo: a Islândia negou-se a socializar as perdas e deixou que a banca irresponsável simplesmente falisse.

a.marques disse...

É P´RÁMANHÃ
O PS não gere, atrapalha e transfere, querendo obrigar o PSD a digerir. NÃO HÁ SOLUÇÃO PARA O PAÍS COM UM PS CATASTRÓFICO A GOVERNAR E QUE PASSARÁ A CICLONE ATERRADOR NA OPOSIÇÃO, Sendo certo que a inversão destes factores não corrigirá substancialmente o espírito manjedoura instalado para mamar á vez. A desgastada, insistente e falida fórmula que nos tem impingido, só com um forte abanão no sistema terá emenda, através de uma alteração constitucional de emergência máxima que recoloque todos os peões em novo tabuleiro, que este está feito em cacos, com duas centenas e meia de deputados sujeitos a aviltante disciplina partidária, não ousaram ou não lhes interessou racionalizar e assumir durante trinta anos. Os partidos políticos são importantes em democracia mas não podemos deixar que a subvertam. A escolha dos deputados não pode continuar entregue ao voraz apetite de caserna dos directórios partidários. É imprescíndivel que se exija uma lei eleitoral que retire a exclusividade de participação política ao banquete seboso dos acantonamentos partidários.

Bmonteiro disse...

Novembro João,
tem-me lembrado bastante.
Caídos até Junho, portanto.
Sem governo até Setembro.
Como não admitir um pró consul da Prússia para governar os indígenas?

Cáustico disse...

Anónimo das das 12:09.
Por favor, vá informando mais.

Partidos...devem ser partidos? Não, simplesmente esborrachados.
Partidos são agrupamentos de pessoas, geralmente sem préstimo, mas sedentas de poder, de riqueza, que procuram consegui-los com recurso a todo o tipo de canalhices.
Que a representação do povo, para defender o povo, seja feita por deputados eleitos directamente pelo povo.
Quem não aceita isto é adepto do governanço.