6.4.11

DESCONFIANÇA

«Não preciso lembrar o que disse Salazar sobre a impreparação dos portugueses para a democracia. Nem, inversamente, o valor que tem a confiança para um regime democrático. Foi sempre essa a aspiração liberal: uma sociedade instruída pela confiança. A confiança dos cidadãos entre si e a confiança no Estado (mesmo que acompanhada de desconfiança em relação ao governo). Em Portugal são ambas más.»

Pedro Lomba, Público

2 comentários:

Anónimo disse...

O texto é o obito da terceira republica?

Anónimo disse...

A Democracia não é exportável, 'aplicável' como receita, adoptável como quem escolhe racionalmente pneus de chuva para enfrentar o Inverno. Tem de ser desejada e aplicada por um povo digno, civilizado e honesto; e que quer melhorar e evoluír. Mas veja-se a miséria mental e civilizacional no Norte de África e no Médio Oriente; e como a Democracia é um corpo estranho àquelas sociedades. E veja-se como é inútil fingir democracia em África: não há eleição (Angola, Zimbabwe, Congo, Costa do Marfim) que não seja transformada em chacina. Seria muito mais económico e honesto que a ONU (outra aldrabice à escala planetária) deixasse de fingir querer "Liberdade e Democracia". Uma graçola fácil entre os americanos diz que "...vamos levar a Liberdade, a justiça, a prosperidade e a Democracia à Líbia (ou ao Iraque, ou ao Afganistão, ou ao Egípto) e se funcionar bem até poderemos aplicar cá a mesma receita...". O Povo Português, infelizmente, é analfabeto e afastado de tudo no seu baço dia-a-dia; e assim quer permanecer. Como será possível democratizar e que o exemplo venha de cima, se o que 'está em cima' é igual ao que está em baixo mas apenas com um fato de melhor corte?

Ass.: Besta Imunda