«Anda para aí um gajo, pá, que virou-se para outro e disse assim: pá, bora discutir a obra toda do Rorty? E um gajo aqui pensa: hã? Ao menos, podia ser a do Coleridge, do Kleist, do Strindberg, pronto, pá, ou uns excertos do Eça, do Carducci, do Sterne, vá. Se o gajo mesmo assim fizesse birra, pronto, a gente dava Ockham ao menino, um niquinho de Bergson, que a obra toda dava-me muito trabalho agora ir ler (que raio de língua é esta?).(?) Melhor: dizia-se assim, doutor - só me dá vontade de rir -, vomite aí o Hegel ou a theory of comunicative action (em inglês, a língua de Platão, Malebranche e Schiller), ou lá o que era aquilo, do Habermas, para a gente rir mais um bocadinho e adormecer. Isto era tudo muito giro, não fosse o gajo dizer: a malta não é imbecil. Lá agora. Ocorreu-me que esta nabiça mandou a boca da virtude àquele balofo de barbas, o Aristóteles explica e não sei quê; ora, que eu saiba, e sabe Deus que eu nunca li nadinha do Aristóteles, a gente para dizer uma coisa destas tem de ler o Homero todo, e, já que estão todos se cagando para o Teógnis e para o Píndaro, o Platão todo. Porque, como qualquer leitura desatenta da Ética ao Nico, da Política, dos Analíticos Posteriores e das coisas que o Platão escreveu demonstra, o pensamento destas duas alminhas assenta na ética aristocrática da Grécia arcaica e a palavra certa não é "virtude", mas "arete". E, para isso, ignorante dum cabrão, não é preciso ir ler o Aristóteles; basta olhar para Aquiles.»
8 comentários:
o passado muçulmano peninsular vem swmpre ao de cima. o individualismo português divide tudo em reino de taifa.
como dizem em regu-engos
estou-me cagu-ando
e andando
noutros blogues os asnos divertem-se escoiceando
mas «coices de burro não chegam ao ceu»
João,
Fica-te mal recorrer a terceiros - e terceiros alucinados, como é o caso desse senhor que cita. Se queres discutir Rorty, avança com a coisa. Vamos a isso ou vais continuar a enfiar cobardamente a cabeça na areia?
pedro, vai a correr aqui: http://blogueparanada.blogspot.com/
“Que espécie de homem sou eu? Sou daqueles que gostam de ser refutados quando estão em erro e que gostam de refutar os outros quando são os outros que erram, não sentindo nunca mais gosto em refutar do que em ser refutado. É que esta última situação é para mim muito mais vantajosa, porque reputo maior bem ser libertado do maior dos males do que libertar outrem. Nada, efectivamente, me parece mais prejudicial a um homem do que ter ideias falsas sobre a matéria que tratamos.
Se a tua maneira de pensar é semelhante à minha, prossigamos na nossa conversa; se, pelo contrário, te parece melhor desistir da discussão, desistamos já e terminemos aqui o nosso diálogo.”
Diogo Torralva
ele alucinado, da me igual, agora repara, desse lado a grunhice costumeira, cero pelotero
que nao te apanhem com um pe fora da ortodoxia, chegas a ministro
Filosoficamente, Galamba é um zero.
É apenas um autodidacta curioso e "apaixonado" (problema dele).
Uma vez também cometeu a proeza de entrar no 5dias dizendo a um colega meu que sabia mais de marxismo que ele. Eu meti-me na conversa e solicitei a Galamba que se apresentasse - com obra publicada (livros e artigos com referee, como se diz nas "escolas").
Claro que Galamba nada mais disse.
ZERO.
Agora quer uma briga sobre Rorty: é uma questão de o mandar para uma das creches que o Guterres espalhou por aí; não foi esse que disse que expandiu o pré-escolar?
Se queres discutir Rorty, avança com a coisa. Vamos a isso ou vais continuar a enfiar cobardamente a cabeça na areia? - João Galamba
Parece que vamos ter um duelo ao sol.
Já vejo as criancinhas fugirem para dentro de suas casas, chamadas pelas mães aflitas, que atrás delas trancam as suas portas, o saloon, cheio de curiosos e bêbados que apostam entre si o vencedor, a aragem que traz a areia do deserto para a rua principal, onde o duelo terá lugar. Ao soar do relógio, Galamba e Gonçalves recuam os costumeiros doze passos, antes de cada um disparar o seu Rorty mais depressa do que a sua própria sombra. Logo aparece o coveiro a tirar as medidas ao perdedor, o qual será colocado às costas do cavalo e levado para longe, para regozijo da populaça.
Só assim reestebalecida a lei e a ordem neste faroeste filosófico.
Galambe,
olhe que fica-lhe mal, «vindo do seu meio», chamar «alucinada» a outra pessoa. Quando sai da forçada condescendência saltam o tipo de epítetos que o afastam do afã que espera qualquer coisinha do céu. Felizmente ainda há muita gente que prefere os «alucinados». Mas repare, desejo-lhe a melhor sorte de Portugal.
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