26.8.09

A AUTORA E O ACTOR

«Critica-se Ferreira Leite por alguma dificuldade na comunicação verbal. Prefere-se, então, um perito na oratória cujos olhos permanentemente desmentem aquilo que efectivamente diz? Em quem devem os portugueses acreditar? No actor que se esvazia de acordo com cada personagem, ou na autora do seu próprio guião, o qual corresponde àquilo em que ela acredita e ela mesma verdadeiramente é?» (João Villalobos)

8 comentários:

De nihilo nihil disse...

Bem observado.

radical livre disse...

dizia mariano de carvalho
«o povo quer albarda, real senhor!»

se assim for acabamos todos na emigração ou na clandestinidade

Francisco Castelo Branco disse...

O importante é o conteudo....

De exibicionismos ja estamos fartos

Até parece que Angela Merkel é uma excelente comunicadora

Anónimo disse...

No caso dos exemplos apresentados, os portugueses não devem (nem podem) confiar em nenhum deles. Um, porque mostrou o que vale durante a legislatura. O outro, porque já tinha mostrado antes.

Francisco Castelo Branco disse...

MFL ainda teve a chefiar o governo....

Podia ser lhe dada uma oportunidade

Anónimo disse...

Obviamente que o comentário é pertinente. A questão que se coloca é se a alternativa em termos de propostas é, de facto, aquela que o País realmente necessita.

Anónimo disse...

"Ah sim, são tão ridículos aí, vocês e o vosso futebol, a vossa política de anedota que mete pena a toda a gente, o vosso falhanço quotidiano, a vossa incapacidade de ser alguma coisa que não simpáticos, o desprezo condescendente com que olham para vós, tão pequeninos e tão tristes nesse ridículo rectângulo de economia falida, sociedade amarga, cultura de empréstimo, entregue a esse ridículo destino de pertencer a essa União de falhados. Eu, enquanto aqui [Goa] estive, senti-me distante desse pântano em que Portugal só existe para campeonatos de futebol. Eu, aqui, fui português. Não fui, como vós aí, a lembrança apagada de um passado que não merecem, de uma história que não reconhecem, de um presente que aceitam como carneiros. Eu, aqui, estive com gente que me recorda que podíamos ser outra coisa, que eu (e vocês) podíamos ser outra coisa, que Portugal podia ser alguma coisa em vez do último da União, essa porcaria em que vocês vivem e me envergonha. Sei que é assim porque de cada vez que um jovem português vem a Goa e aqui presta atenção diz-me que nós, os mais velhos, lhe roubámos a história e lhe legámos um país ridículo e não o país para que os de cá olham, o país que foi. (...)" (Paulo Varela Gomes no "Público" de hoje)

iupi disse...

'dificuldade na comunicação verbal'

não tapem o sol com uma peneira.