13.8.09

«SE FORES CAPAZ DE SER UM VERME, SERÁS TAMBÉM CAPAZ DE SER UM DEUS»


«O medo, o medo com a cabeça de hidra, que é generalizado em todos nós, é uma ressaca das formas inferiores de vida. Estamos divididos entre dois mundos, um, aquele de que emergimos, e o outro, aquele em direcção ao qual caminhamos. Este é o sentido mais profundo da palavra "humano": somos um elo, uma ponte, uma promessa. É em nós que o processo da vida está a ser levado a efeito. Temos uma tremenda responsabilidade, e é a gravidade disso que desperta o nosso medo. Sabemos que se não formos em frente, se não realizarmos o nosso ser potencial, recairemos, nos apagaremos, e arrastaremos o mundo connosco na queda. Levamos o Céu e o Inferno dentro de nós e toda a Criação está ao nosso alcance. Para alguns são perspectivas aterrorizantes. Mas desejaríamos que fosse diferente? Seriamos capazes de inventar um drama melhor? (...) Se fores capaz de ser um verme, serás também capaz de ser um Deus.»

Henry Miller

4 comentários:

Anónimo disse...

"Se fores capaz de ser um verme, serás também capaz de ser um Deus."

E extrapolando para o Cristianismo, como ficamos ?

Ana Cristina Leonardo disse...

a tradução desse livro, O Tempo dos Assassinos, foi publicada pela Hiena em 1985

João Gonçalves disse...

«Não haverá qualquer coisa de "milagroso" no aparecimento de Rimbaud neste mundo,tanto quanto no despertar de Gautama, na aceitação da cruz por Cristo ou na incrível missão libertadora de Joana D'Arc?»

Anónimo disse...

henry miller o génio?