9.8.09

NADA ACONTECE POR ACASO


Quem pertence ou pertenceu a um partido não fica particularmente escandalizado com o episódio da secção da Sé do PS - Porto. A aproximação de eleições, sobretudo de autárquicas que excitam sempre os instintos mais primitivos dos militantes "de base", permite praticamente tudo. No fundo, as secções dos partidos não são exactamente lugares onde se faz política. Não. São mini-clubes de amigos, de vizinhos, de famílias que se amam e detestam na mesmíssima proporção e onde a inteligência não abunda. Quem viu, como eu vi, constituir "comissões políticas" de secção com gente impensável e improvável apenas porque faziam "número" e jeito, não se espanta com a cena rasca da Sé. Foi no PS mas podia perfeitamente ser no PSD. Os outros - apesar de tudo e como as hipóteses de poder são mais comedidas - são mais discretos. Muitos dos que por aí andam nas direcções nacionais, distritais e regionais dos partidos - ou que gostavam de lá estar -, passam pelos governos ou estão no parlamento "tarimbaram-se" assim, nestes "ambientes" de tasca. Nada acontece por acaso.

4 comentários:

Anónimo disse...

Ao pé disto, a(s) cena(s) de peixeirada sobre as listas da Manuela são um exemplo claro de exercício de democracia. Também, é pessoal um pouco mais "envernizado" que os Neanderthal da Sé do Porto...

PC

Anónimo disse...

Essa fotografia é salutar. Isto é tudo uma grande macacada. Ou como o meu pai dizia, "o mundo está, mais ou menos, dividido entre Chimpa-Zés e Chimpa-Chicos". Cada vez mais, chego à conclusão de que tinha razão.
De qualquer forma, como também sou um macacão:

- Respeitinho, Dr. João Gonçalves! Respeitinho.

E cuidado com os deuses dos macacos. Eles são mais fortes do que o Deus dos humanos.

radical livre disse...

terá dito Sá Carneiro quando da saída de metade dos deputados do psd com magalhães pasta, ministro sem mota:
«não preciso de inimigos, chegam-me os amigos»

Mani Pulite disse...

Como está sempre pronta para fazer todos os fretes ao Sócretino sugiro a transferência da Belém de Aveiro para a Sé do Porto.A Sé sempre tem outra dignidade e a convivência com os gorilas pode ser muito gratificante a acreditarmos no saudoso Brassens.