Não é cá mas seguramente o Brasil do sr. Lula deve ter aprendido com o mais recente e desvairado laicismo "socrático-bloquista", um híbrido desenvolvido nos últimos quatro anos e que ameaça continuar se a 27 de Setembro não forem postos no seu devido lugar. Ora vejam.
«O Estado brasileiro, com efeito, é laico. Mas a nação brasileira é esmagadoramente religiosa. E o país tem sabido conviver com as diferenças. Há terreiros de umbanda e candomblé no Brasil que são tombados e, pois, mantidos e protegidos com dinheiro público. Uma reivindicação dos progressistas em nome da diversidade cultural (...) É preciso não inverter a relação de causa e efeito: a maioria do povo não é composta de católicos porque há crucifixos nas paredes das repartições; há crucifixos nas paredes das repartições porque a maioria é católica. Não se trata daquela bobagem de que maioria tem sempre razão. Isso é tolice. Estou evidenciando que há um esforço para apagar um costume, uma tradição, uma manifestação cultural, com a força coercitiva do Estado. Nós lutamos para que os terreiros de candomblé deixassem de ser perseguidos, não para que passássemos a perseguir crucifixos. Muitos expressam, sei lá, um quase ódio da Igreja Católica por causa de sua passado etc. e tal. (...) O fato é que, hoje em dia, e já há muito tempo, a Igreja tem sido exemplo de convivência com a diferença. Digam-me um só lugar em que cristãos perseguem não-cristãos. Mas eu posso enumerar vários, muitos mesmos, em que os cristãos são terrivelmente perseguidos e, às vezes, esmagados. Outra coisa: sugiro um pouco de cuidado e pesquisa antes de negar o vínculo estreito entre cristianismo e democracia ocidental.»
2 comentários:
Nunca devemos ignorar nem subestimar as profundas ligações maçónicas existentes entre os dois países,Portugal e Brasil.Muita da História oculta de ambos passa por aí.
Também não será fácil ignorar as múltiplas ligações cultuais, musicais e comerciais, expressas, entre outros, na magnífica parceria entre MICHAEL JACKSON & OLODUM em THEY DON´T CARE ABOUT US. Aqui entra em força o Brasil - ou os Brasis - como campo de convivências e experiências culturais díspares.
MJE
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