O dr. Costa anda com pouca sorte. Não lhe bastou ter de recambiar a sua ex-correlegionária "costista" (parece que é assim que eles se designam) Ana Paula Vitorino para a lista do PS do Porto sob a ameaça - terá sido com Costa que Passos Coelho aprendeu as birras? - de não fazer campanha para as legislativas em Lisboa. A semana passada andou a passear-se pelo Bairro Alto a anunciar a abertura dos bares até às 3 da matina. A coisa começou ontem. Precisamente por essa hora, um tipo esfaqueou outro até à morte, algo a que o velho Bairro Alto já está infelizmente habituado. O Bairro Alto é um sério case study para a CML e para a polícia. Não é seguramente para a propaganda do "acordo coligatório" do dr. Costa.
11 comentários:
Eu estive lá caro João. O jovem não foi esfaqueado até à morte. Tudo aconteceu em segundos e prolongou-se em gritos e suspiros. A polícia interveio lesta, apesar da inexperiência dos agentes. Foi tudo tão incontrolável como estúpido e há-de continuar assim.
Ligar um acontecimento destes ao Dr. Costa e a derivas políticas é próprio de quem não nada para fazer senão bisbilhotar o alheio.
A Vitorina foi despachada para o Porto de TGV metida dentro de um contentor acabado de chegar a Âlcantara.O estivador de serviço nesse dia chamava-se Coelho da Mota.O Costa do serviço dos fretes supervisionou.
Porque razão há bares abertos até às 3 h da manhã? E outros até às 6? E outros que abrem às 6 para acolher o pessoal dos que entretanto fecharam e ficam abertos até ao meio-dia?
Quem são os frequentadores desses bares???
Nada têm que fazer???
De que vivem???
Antes de mais deve averiguar-se da clientela dos bares, composta em larga medida, supõe-se, por criminosos de delito comum.
Depois há que reforçar verdadeiramente a polícia. Evitar que os jovens frequentem sistematicamente esses lugares de autênticos maus costumes, muito piores do que os bordéis de antigamente, onde se entrava, se pagava o serviço, se passava uma hora confortável (presume-se!) e se regressava a casa.
No momento actual, bares e discotecas são antros do crime organizado e deveriam ser objecto da mais rigorosa inspecção; basta atentar nos crimes envolvendo seguranças, profissão de características dúbias, mal enquadrada e que prolifera pela omissão das forças a quem compete esse serviço.
A ordem pública, deveria ser sempre assegurada pelas forças públicas, jamais privadas, ainda que isso custe ao liberalismo desenfreado que nos invadiu e que promete avançar, a menos que...
Defenda-se um Estado responsável que assegure aos cidadãos uma vida tranquila. Tudo o resto são tretas!
E quem não acreditar visite algumas capitais estrangeiras, mesmo da Europa Ocidental, e veja como é.
"Antes de mais deve averiguar-se da clientela dos bares, composta em larga medida, supõe-se, por criminosos de delito comum."
Mina
A senhora não sabe o que diz nem conhece o mundo. A maior parte desses bares são frequentados pelas elites do futuro. Os nossos filhos incluídos.
Qualquer bar ou discoteca da nossa província mais distante de Lisboa, só abre depois da meia-noite e fecha muito depois das 6 da manhã! E são frequentados por todo o tipo de jovens e filhos família! No fundo democratizou-se aquilo que desde o século XIX só era possível às classes privilegiadas: passar a noite na borga...
Que tão grande mina de disparates estereotipados, o desconhecimento e' de facto o maior condicionador de opiniões validas. E' o que da, secalhar, não ter-se vivido isto ou aquilo....
olha o abutre esperando que este morto tenha o efeito que da outra vez teve o estudante do técnico assassinado junto ao mercado de arroios
PARA O XICO das 8:39 PM:
Só tenho a lamentar que os vossos filhos sejam frequentadores de bares até às 6 da manhã. Com certeza que o estudo e o trabalho ficarão prejudicados.
Nem todos os frequentadores de bares são criminosos (eu não escrevi isso) mas há uma larga percentagem que se pode incluir nessa categoria, e muitos dos que não são para lá caminharão se adoptarem os hábitos dos frequentadores habituais.
Se esses filhos vierem a constituir a elite do futuro é razão para tremer pelo futuro do país. O presente já é o que se sabe, que a Providência nos livre desse futuro.
Quanto à democratização, concordo consigo: entrou-se na democratização do crime que outrora era um apanágio mais das classes privilegiadas do que das pseudo-desfavorecidas e por isso mais raro.
Desejo-lhe sinceramente que, quando for ao Bairro Alto, não tenha maus encontros!
Felicito o autor do blogue por ter publicado este post, o que possibilitou a nossa troca de impressões.
Cara Mina
Frequentar bares até às tantas depende da vida de cada um. Se ler os Maias verificará que a borga do Carlinhos da Maia em Coimbra era muito pior do que a dos jovens que frequentam o Bairro Alto. O Carlos da Maia é um estereotipo das elites do século XIX. Não sei o que a preocupa. O Bairro Alto sempre foi uma zona de pancadaria desde o tempo do Marquês. Ficou bem mais seguro quando os bares começaram a fechar tarde, bem como toda a baixa de Lisboa! Bares abertos significa gente na rua. Isso aumenta a sensação de segurança!
Antes do Hard Rock existir era uma aventura (perigosa) passear à meia-noite na avenida da Liberdade. Hoje é diferente, para melhor!
Caro Xico
Porque você deve ser muito mais novo do que eu, quero dizer-lhe que hoje (o Hard Rock é um acidente) é que a Avenida da Liberdade está deserta. Há 30 ou 40 anos atrás a Avenida estava cheia de gente até alta madrugada. Sei do que falo. As esplanadas fechavam às 2 da manhã, hora conveniente, mas por vezes as
segundas sessões das revistas do Parque Mayer iam até mais tarde. Depois, especialmente de Verão, as pessoas por ali passeavam, honrando a antiga designação de Passeio Público. Hoje, quando desço a Avenida às 10 da noite, está praticamente deserta.
O Bairro Alto, que tinha casas de prostituição mas não bares, era um bairro tranquilo de cujo barulho os moradores não se queixavam.
E, por favor, não confunda o Carlos da Maia com os traficantes de droga que têm balcão aberto nas ruas do Bairro Alto.
Além disso, poderá constatar que na Baixa, que hoje infelizmente já não tem moradores, depois das 22 h apenas vê raros peões e os carros que passam.
Termino aqui a minha intervenção e desejo-lhe felicidades.
Gosto muito da vida nocturna de Madrid, rios de gente que escorrem por toda a madrigada.
Há muito que a noite lisboeta deveria estar aberta porque está em competição com outras noites peninsulares.
Esfaquear e morrer esfaqueado não é um fruto da noite. Não há profilaxia para a violência violenta. No remanso do lar há muita mulher que anela por esfaquear o marido e a inversa.
Em Portugal a percentagem de mortes por violência doméstica são muito superiores a Espanha (Em 2008 foram 45 as mulheres mortas em Portugal, e Espanha com uma população 4.5 vezes maior teve 90 mulheres assassinadas no mesmo ano) o assunto não parece, ainda, preocupar a opinião pública em geral.
Esta semana fica marcada em Espanha pela primeira situação de violência doméstica que resultou em vítimas mortais num casal homossexual.
Um homem de 34 anos foi apunhalado no pescoço pelo seu marido, do qual se encontrava separado há dois meses. O alegado assassino suicidou-se de seguida.
É a primeira situação do género comunicada oficialmente no país desde que o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido em 2005.
A violência «infelizmente é o pão-nosso de cada dia em muitos casais de gays e lésbicas», lamenta a associação de defesa dos direitos de homossexuais, lésbicas, bissexuais e trans «Colegas».
Numa tentativa de reduzir o número de mortes, resultantes de casos de violência doméstica, o governo socialista espanhol tomou algumas medidas, mas sem sucesso nos resultados. Em 2004 o executivo espanhol adoptou uma lei, pioneira na Europa, contra a violência doméstica, para protecção das mulheres, vítimas destes casos.
A associação «Colegas» lamenta que os casais homossexuais não estejam igualmente protegidos por esta lei, exigindo que as vítimas homossexuais sejam tratadas da mesma maneira.
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