Sobre um novo jornal - coisa bem distinta de "Jornal Novo" - que apareceu hoje nas bancas, o José da Porta da Loja resume eloquentemente a estreia: «Não é imprescindível e deste modo tornar-se-á irrelevante. É pena termos mais um jornal cinzento e com pouca cor. É pena que um jornal com tantos meios, surja indexado a uma inexpressividade impressa. Infelizmente, a informação do “i” é uma irrepreensível iluminura do jornalismo incolor.» Como a Cristina,«eu sou do tempo das notícias...»
Adenda: Lá pelo meio da "política", vem o inevitável e inócuo artigo sobre o "bloco central" ilustrado com a fotografia errada. O governo da foto é o IV Constitucional, presidido pelo Prof. Mota Pinto, o segundo de "iniciativa presidencial", de 1979. O do referido "bloco" é de 1983 e foi presidido por Soares com Mota Pinto como vice-1º ministro. A Ana Sá Lopes tinha obrigação de saber estas coisas até porque já é crescidinha. Ou, em alternativa, os arquivos não são tão bons como o "lounge" e o conhecimento da história não abunda. Começa bem...
Adenda: Lá pelo meio da "política", vem o inevitável e inócuo artigo sobre o "bloco central" ilustrado com a fotografia errada. O governo da foto é o IV Constitucional, presidido pelo Prof. Mota Pinto, o segundo de "iniciativa presidencial", de 1979. O do referido "bloco" é de 1983 e foi presidido por Soares com Mota Pinto como vice-1º ministro. A Ana Sá Lopes tinha obrigação de saber estas coisas até porque já é crescidinha. Ou, em alternativa, os arquivos não são tão bons como o "lounge" e o conhecimento da história não abunda. Começa bem...
8 comentários:
Achei bastante estranho que passadas umas horas sobre a manchete principal (a questão dos imigrantes face ao número do desemprego e à crise - uma tirada sobejamente populista) apareça no site do "i" uma coisa do género: "Governo já respondeu ao i"... Francamente... Tudo isto é um programa. Devem achar que somos estúpidos.
Confesso que não gramo estas coisas; que estes grupos empresariais (no caso, o Grupo Lena, um bando de construtores civis) se metam em áreas para os quais não têm vocação.
Lembremos que ainda hoje foi notícia que o grupo Visabeira (telecomunicações) resolveu despedir ou pensa despedir não-sei-quantos funcionários da Vista Alegre e considera que a fábrica está em risco - uma marca histórica nacional; porque a Vista Alegre não cumpre os objectivos do grupo (ou seja, como não vendem telefones em número suficiente, lixam a porcelana). Isto é uma vergonha.
Mas que merda vem a ser esta?
O que significa ter um grupo de construção civil com influência na comunicação social? Ou um grupo de telecomunicações a dar bitaites sobre loiça?
Eu acho que todos sabemos aquilo que isto significa: significa o ponto máximo de bandalheira e falta de ética nos negócios (O João dirá "imoralidade"), e o ponto mais flibusteiro a que um País governado por gente de escala duvidosa pode chegar.
Não admira, pois, que ande eu a trocar comentários monárquicos com o Nuno das Combustões. (AHAHAH. Um abraço ao Nuno)
Basta ver na redacção desse i essa PS dependente A.S.Lopes,ex-Público,onde se notabilizou por uma biografia totalmente falsificada do Ferro publicada antes das eleições,ex-Diário de Notícias debaixo do Marcolino,colega da f.etc...e tal,para se saber da (in)dependência do tal i.
Na minha rua já há quem garante que embuste passou a escrever-se "i"mbuste...
É um jornal irrelevante, de facto, mas esse não é o problema, porque há outros assim e vão andando. O que já há pouco, apesar da merda em que o jornalismo português está mergulhado, é venderem-me uma entrevista ao Obama na edição nº 1 e depois verificar que já a tinha lido, ou, pelo menos, sabido dela por citações, do NYT. Mas nada de mais, basta ver o que é o grupo que detém o "i". Mas vai durar até à ressaca das legislativas. Para prestar serviço, ou melhor, "o" serviço a quem de direito. O melhor está para chegar!
Matilde
O IV Governo Constitucional tomou posse em 1978.
Tanto azedume, meu Deus. João, se não viu notícias foi porque não o leu, tal como essa tal de Cristina. Esperava um comentário mais elaborado, mas enfim, espero que hoje reconsidere e releia as notícias que estão no i.
Não sei o que é o i nem estou interessado em saber. E esta ignorância não me afecta. Há muito que decidi não comprar publicações que usem a mentira para sobreviverem ou para bajularem políticos de merda.
Adenda minha: João, só mais uma coisa, agora voltando a tratar-te por tu. A Ana Sá Lopes é uma excelente jornalista que é redactora principal do i. Não faz parte das funções dela paginar ou ver as fotografias que saem nos artigos que escreve. A responsabilidade é toda minha, como editor do Zoom, onde estava a notícia que citas.
Mas, aqui entre nós, acho ainda mais extraordinário que para criticares um jornal - o i, neste caso - cites uma senhora que, segundo ouvi dizer, é directora de uma revista "noticiosa" chamada "Flash". E um anónimo.
Cumprimentos,
PPM
Destaco do que escreveu o José isto que vale putativamente para o "i", mas para a generalidade da imprensa: «Quanto a descodificações de realidade [pelo “i”], isso, já será pedir demais. E quanto ao prazer de ler, o melhor seria convidarem bons escritores, mesmo desconhecidos. O problema é não os haver, sendo inconvenientes, independentes e inclementes. Sobram por isso os inautênticos, incensadores e fatalmente incompetentes. Muitos "i" interrogativos a impedir o incentivo.»
José, Portadaloja
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