9.2.09

SALAZAR VULGARIZADO


Alguns prosélitos e prosélitas costumam "acusar-me" de "salazarista". Vou tentar não os desiludir. A SIC escolheu um imberbe para dar corpo e voz ao antigo presidente do conselho numa daquelas múltiplas estúpidas "mini-séries" com que as televisões, de vez em quando, entendem "rever" a história do país. Desta vez tratou-se da "vida privada" de Salazar. A "tese" é primitiva. No fundo, e apesar de "ascético" e "casto", o homem apreciava o chamado belo sexo e teria tido umas quantas "amantes" e candidatas a "amantes" que muito suspiraram por aceder à altivez distante da criatura. Quem pretender estudar seriamente o Estado Novo e o seu principal mentor não precisa da vida "íntima" de Salazar para nada. Sobretudo porque Salazar fez sempre questão de dela nunca transpirar mais do que ele pretendia que transpirasse. E era, de facto, muito pouco. A jornalista francesa, a condessa não sei das quantas ou filha do dono da quinta são pormenores perfeitamente desprezíveis na consideração da dimensão política do homem. Aliás, qualquer parvenu deste regime dava, nessa matéria, para construir verdadeiras telenovelas mexicanas apesar de me repugnar a manipulação da vida privada para fins políticos. Salazar consolava-se aparentemente com a "prata da casa" e não precisava de ir à sucapa ao estrangeiro, por exemplo, para se aliviar das suas putativas "fantasias". Pelo menos nisso, era um homem comum. Ora uma das características da democracia é justamente a vulgaridade, uma vulgaridade "ampliada" diariamente pelas televisões e pelas revistas trash. Por isso, não tragam - até porque não vale a pena - a memória de Salazar para esse peditório. Teria muitos defeitos, mas vulgar, como esta gente, nunca foi.

23 comentários:

Portaria59 disse...

Visite o blogue: http://portaria-59.blogspot.com/
e veja porque Salazar faz falta

Anónimo disse...

O guião é péssimo e a realização pior.
A caracterização então nem se fala.
Xico

rei dolce disse...

não tendo vivido neste tempo,detestei o que vi ontem na SIC.
Mas lá esta, o nome Salazar vende muito e bem, mesmo mal feito.

Oberon disse...

E as sopeiras todas e Salazar nao era normal? em Portugal nessa altura?

Anónimo disse...

Não interessa divulgar a obra e o pensamento do Prof.Dr.Oliveira Salazar.

O Prof.Salazar governou uma nação pluri-continental do tamanho da Europa e consta que morreu pobre e nunca se deixou manipular pelos banqueiros ou plutocratas.

Muitas das características do Prof.Salazar não interessa divulgar, não vá os habituais "pigmeus" democráticos chorar baba e ranho.

Assim opta-se pela alegada "vida intíma" do ex-Presidente do Conselho para o vulgarizar e trivializar em igualdade com a casta actual dos politicos portugueses.

De facto, a tentativa de vulgarizar o português mais influente do sec.XX, é um autêntico fiasco.

Salazar ficou e está na História como um político de categoria mundial, um professor catedrático de finanças com obra publicada e realizada e um pensador politico e social com muita actualidade.

Anónimo disse...

CARO AMIGO

QUANTO MAIS TENTAREM DESVALORIZAR, O GRANDE ESTADISTA E PORTUGUES, CLARO MAIS O ELEVAM A UMA CATEGORIA SUPERIOR....PORQUE ELE ERA MESMO SUPERIOR.

CHOCAR-ME-IA SE ELE GOSTASSE DE HOMENS, AGORA UM HOMEM COM H GRANDE
GOSTA SEMPRE DO BELO DO FEMENINO
NADA DE CONFUSÕES.
BEM TENTAM ESTES GANGS DENEGRIR ESSE GRANDE FILHO QUE A NAÇÃO NOS DEU....

A INVEJA FOI SEMPRE UMA CARACTERISTICA PORTUGUESA.

UM ABRAÇO

(SEM PALAVRAS)

Anónimo disse...

Mal ou boa, não sei porque não vi por isso não posso julgar, parece-me que este tipo de séries tem apenas uma qualidade: serve para desmistificar um homem que apesar de todas as suas qualidades e defeitos, foi apenas isso, um homem.
Esta série, que veio de um livro, não serve para "estudar", nem sequer para "reflectir" no que foi o Estado Novo e saber quantas amantes teve Salazar não acrescenta nem tira nada à História.
Mas pode ser um bom ponto de partida para se começar a analisar friamente sem facciosismos quem foi realmente Salazar e a vida intima é um começo tão bom como outro qualquer.

Anónimo disse...

não gostava da 2ª república por ser nacional-socialista.
tinha consideração pela pessoa correcta que era. pensador, economista e financeiro(sem subprime).
não há ditadores civis, estes servem as forças armadas e servem-se delas.
não gostei que quizesse ficar de fora do plano Marshall.
os aspectos da sua vida privada não me interessam.
o meu receio é a degradação total de portugal.
vem aí o balde de cal.

radical livre

Anónimo disse...

Quando se começar a analisar a vida íntima destes homnídeos que tentam desesperadamente diminuír e achincalhar Salazar,então é o bonito!

Essa fantochada é muito bem aceite porque se trata do grande estadista e por isso um alvo a abater pela quadrilha corrupta e apanascada.

Apliquem o mesmo critério às figuras de Cunhal e quejandos e seria o bonito!
Caía o Carmo e a Trindade!

Estes bandidos só têm um qualificativo,NOJENTOS!

Anónimo disse...

Há por aí muito pigmeu, em todos os sentidos em que a palavra pode ser utilizada, que à falta de capacidade para analisar e criticar o arcaboiço político do grande estadista que foi o Professor Salazar, envereda pelos caminhos ínvios da sua vida privada. Que teve amores! E o seu conhecimento serve para se poder afirmar ou negar o seu valor como professor invulgar e estadista que sempre se interessou pela defesa do seu país, que levou sempre uma vida pacata e simples dedicada ao serviço da grei, até para servir de exemplo àquela cambada que nunca o aceitou porque só quer paródia, delira por mandar e chafurdar em dinheiro? Teve amores por que, como qualquer homem que se preza, gostava mais de mulheres e não de homens, como talvez seja o caso dos autores do livro e do filme e de quem autorizou a passagem na televisão.

Anónimo disse...

Gostava de mulheres? nunca admitiria casamentos gay? OK! Como diz por aí uma grande superfìcie, COMPAREM.

Anónimo disse...

Uma tal Daniela (deve ser travesti, a avaliar pela foto...), embora confesse não ter visto a merda do programa, vem para aqui dizer que se tratou de um bom começo para o estudo de Salazar...
Ora, foda-se!
E se esta gentinha metesse a viola no saco da sua alarmante imbecilidade?

GAVIÃO DOS MARES disse...

Consta que um expert em marketing político (?!) enviado pelo OloF Palm para ajudar o PS advertiu o dito de que tentar denegrir o homem por ter enganado um banco e dormir com uma sueca era contra-producente: era o sonho de qualquer português. A Sic apenas está a aumentar a popularidade do Senhor: o sonho de qq portuga é ser um bem sucedido e diversificado garanhão.
Ah grande Salazar!!!

Anónimo disse...

Parece-me que não é nenhuma heresia a tentativa de tentar dar a conhecer a outra faceta de Salazar, o seu lado pessoal. Se a série não tivesse caído na vulgaridade de um fait divers, até poderia ter ajudado a compreender esse lado menos menos conhecido de um personagem que marcou a nossa história. Infelizmente falhou pois deixou-se enredar pela vulgaridade.

Unknown disse...

A série é uma ficçção apoiada em duas ou três presunções. A vida intíma do Salazar até poderia interessar se fosse analisada com critérios mais objectivos. Não é o caso.

Vitor Esteves disse...

Processo de branqueamento em curso ......

Anónimo disse...

Concordo em absoluto consigo, João Gonçalves (e com muitos do comentadores deste "post").

Trata-se de uma tentativa vulgar de vulgarizar a imagem de um Estadista (cuja governação acho que foi positiva até à 2ª Grande Guerra e que depois dela foi prejudicial) porque os "estadistas" actuais já perceberam que, apesar de tudo, perdem muito com a comparação.

Assim oferecem-nos estas "dunas e uns binóculos" para que possamos ver as "poucas-vergonhas" do não-assim-tão-puro Salazar.

Zé Dias da Silva disse...

De casto passou a debochado?
Vi 15m do 1.º episódio e fui-me embora.
A curiosidade histórica não se confunde com a devassa da vida privada (falo de vida privada porque outros, os reis, por exemplo,tiveram vida devassa e pública.
acho, por isso, que o filme não tem nem interesse nem utilidade.

éf disse...

Sobre alguns dos comentários acima: Desgraçado país, este, em que, devido à ausência de ética no exercício da política, e abandonados os valores do humanismo elementar, se recorre à evocação e se tenta recuperar a memória de um homem vulgar que só foi grande no autoritarismo a que submeteu o seu povo. Recatado, simples, honesto com o erário público? Pouco me interessa e nem discuto, aceitando por verdadeiro. E o resto? Quantos morreram e quantos viram as suas vidas trucidadas em nome de um ideal pátrio imperial e anacrónico – mesmo para os primórdios e meados do séc. XX – fundado em teorias patéticas como o lusotropicalismo? Quanto custou a este país o imobilismo do Estado Novo, a proibição do liberalismo económico, o proteccionismo dispensado a meia dúzia de oligarcas, o cerceamento da iniciativa privada, o adiamento da construção de um estado moderno?
A História não se repete, ciclicamente, como se tal estivesse inscrito num fado predeterminado pela divindade. Somos nós que repetimos os erros e, dessa forma, andamos às voltas em vez de avançar. E é um erro avaliar os políticos de hoje – mesmo que estes sejam péssimos, como são –, pela bitola de um ditadorzeco que só não deve ser esquecido porque devemos evitar repetir o erro de adoptarmos outra figura paternalista como o Dr. Salazar.
Entendo o desespero de quem não encontra na nossa história contemporânea, nem na praça pública de hoje, uma figura carismática, honesta e… protectora (ao ponto de nos resolver todos os problemas; exorcizar os medos, e proteger do vizinho do lado, do chefe, do patrão), que sirva de modelo. Mas a verdadeira Democracia é mesmo assim, dispensa tutores e clama à participação do colectivo. Sem participação cívica e política resta-nos o regresso cíclico e errático à ilusão salazarista ou sebastianista.

Quanto ao filmezeco da SIC, não merece mais do que um gracejo: Tal produção bem pode navegar na corrente da metaficção historiográfica, um sucedâneo de pós-modernismo que postula: “Não foi axim, mas podia ter xido!”

Saúde.

Anónimo disse...

JOÃO GONÇALVES: você vai pagar pelo seu apoio a Salazar. Nós estamos vigilantes e não perdoaremos.

Anónimo disse...

Salazar foi o maior estadista do século XX, basta ler um pouco sobre o Estado Novo. É evidente, que para os malfeitores que nos governam, sentem necessidade de diminuir a grandiosidade de Salazar, é que se o povo começar a comparar vai perceber que anda a ser roubado desde o 25 de Abril .

éf disse...

Ao anónimo das 4:37
"se o povo começar a comparar vai perceber que anda a ser roubado desde o 25 de Abril". Pois, o povo anda a ser roubado mas não é apenas desde o 25 de Abril. Sem retornar ao Alentejo dos anos 50 e às campanhas do trigo que deixavam com fome quem nelas trabalhava, (assim mo diz a minha mãe, por experiência própria), fico-me pelo que vi em finais dos anos 60 e inícios dos 70: o povo que trabalhava nas fábricas da Indústria Conserveira, 12 ou 14 horas por dia, para receber um salário de miséria. Eu sei, porque estava lá. Já nessa altura alguém andava a roubar o povo, ou não?

Anónimo disse...

"Roubado" antes do 25 de Abril?! E agora o que é que somos... Abonados, vivemos bem tudo isto é uma beleza, a educação (ou falta dela) de certas gerações vem de onde?! do após 25 Abril em que que confundio Liberdade com ibertinagem e falta de educação! Apenas serviu para ocupar e destruir o que os chamados "ricos" tinha... Foram tão "burros" que nem pensaram que em vez que matar cães de raça, cavalos, destruir estátuas e partir peças que sºão irrecureráveis... as poderiam ter vendido! Mas não o ódio era tanto que os cegou. Mas assim que se puderam apanhar de "puleiro" é ver como se comportam com a gravidade de ter aprendido como é que se mada...
Salazar... Se Salazar tivesse sido um Franco aí sim eu gostava de os ouvir falar...
Entregaram-se as Colónias como quem se desfaz de papel velho e agora adam a chorar lágrimas de crocodilo que coitados precisam de ajuda, foram abandonados!!!
Tretas!!
Agora nem 2 Salazares nos safavam do buraco onde estamos metidos...