10.2.09

A NOITE DE WALPURGIS DO PS


Pensei que Sócrates tivesse tido o bom senso de o mandar calar. Pelo contrário. O ministro "oteleiro" e "trotskista" do PREC, Santos Silva (o curso de sociologia dá-lhe muito jeito para estes "números") insiste na tese das campanhas. Nesta entrevista até lhe empresta outro "colorido". Identificadas pelo jornal três "campanhas" contra o PS, a saber, a de 2003 (a "cabala" de Ferro), a de 2005 (a "negra" sobre costumes) e a de 2009 (a "dos poderes ocultos"), Silva, o sociólogo demiurgo, responde assim: «Consiste no conjunto organizado e sequencial no tempo de fugas de informação e violações do segredo de Justiça que têm por objectivo criar uma nova operação de suspeição em redor do primeiro-ministro. Consiste no facto de essa operação envolver até acusações falsas envolvendo a família mais próxima do primeiro-ministro. Consiste em essa operação ter por base as tais denúncias alegadamente anónimas.» Depois perguntam-lhe a quem aproveita a "campanha". «Não sei responder a essa pergunta. Por isso uso a expressão poderes ocultos.» Todavia, menos taumaturgo, Silva lá foi explicando que «se fosse uma campanha negra envolvendo o primeiro-ministro já seria um assunto de Estado.» Ou seja, para o ilustre governante a "campanha negra" tem dias e tanto pode ser negra como branca, de Estado ou de outra coisa qualquer. Do que ele não tem quaisquer dúvidas é da existência dos "poderes ocultos". Estes trinta e tal anos de regime já viram muita coisa. Faltava isto. Não era de certeza por acaso que o Doutor Salazar embirrava com o curso de sociologia em Portugal.

5 comentários:

Anónimo disse...

Quanto à de 2005,está aqui a prova de que é real,
http://porquemedizem.blogspot.co...em- directo.html

Anónimo disse...

Esse curso de sociologia é o do ISCTE, não?
Aí, pelos vistos, é possível fazer-se uma pós-graduação antes da licenciatura. É o caso do "dr." Vara, que se "licenciou" pela defunta Independente em 2005, depois de se ter "pós-graduado" pelo referido ISCTE em 2004.
Esta gente só não perde a vergonha porque nunca a teve.

Anónimo disse...

A nomenklatura mafiosa do PS Sócretino quando é apanhada desata aos berros que está a ser vitima de uma Cabala.São pedófilos é Cabala,são homossexuais é Cabala,fabricam falsas licenciaturas é Cabala,são corruptos é Cabala.Pelo contrário,pressionar magistrados,comprar jornalistas,malhar nos opositores,coarctar a liberdade de expressão,instaurar um clima de medo num Estado para-policial,tudo isso faz parte do jogo democrático e do regular funcionamento das instituições.Malhador-pigmeu,SS da Propaganda,porque não te calas?

rei dolce disse...

olhe tenho pena é que este fulano seja licenciado em sociologia, é que eu tambem sou e não me revejo em nada, mesmo nada neste tipo de atitudes e linhas de orientação.
Aliás, nem nas do Boaventura sousa santos, ana drago, e outros "liricos" da nossa praça.
Mais, sempre fui de direita, e hoje julgo que sou ainda mais, e durante os tempos de universidade era uma "guerra" todos contra inclusive os professores, enim.
Reconheço que existe um estigma muito grande em relação aos sociologos e afins, mas não tomem todos por igual.

Nakata disse...

Faço minhas as palavras do anónimo anterior... às quais acrescento a perseguição indescritível, desumana e totalmente abafada aos funcionários públicos, iniciada com a entrada em vigor da nova lei de vínculos e carreiras que, em termos formais transforma mesmo o serviço público em trabalho bastante mais precário do que o faz o novo cód. do trabalho no sector privado, acaba com a mobilidade inter-organismos, aplica um SIADAP 50 x's pior do que o sistema de avaliação dos profs. e instala o clima de medo e de insegurança que permite que, em vez do cidadão, eles passem a servir, isso sim, meia duzia de dirigentes politicamente nomeados que se vão apropriando de Institutos, Autoridades, Direcções-Gerais em proveito de vaidades e de agendas próprio-partidárias, em alegre promiscuidade com a imprensa que toca a música por que vão bailando, com apoio de uma ignorante e pouco inquisitiva opinião pública.
Outra coisa bem diferente, porém, é cair na tentação de generalizar a todos os sociólogos a mesma incapacidade e "trauliteirismo" de que o execrável Santos Silva se socorre na sua "leitura" (leia-se, imposição de uma visão ideológicamente marcada pelo Socratismo) da sociedade portuguesa e da conjuntura actual. São sempre perigosas as generalizações e raramente abonam a favor da inteligência de quem delas se socorre para "criticar" esta gentinha. Existem, para isso tantos argumentos que não havia necessidade.