Sensata sobre os trabalhos parlamentares de alguém que ainda acredita no Parlamento português. O dr. Mário Soares, que adora aquela tirada da "casa da democracia", entende que jamais se deve criticar os ocupantes da dita "casa". Todavia, para a opinião pública respeitar os deputados, é indispensável que eles se dêem ao respeito, uma coisa que parece não incomodar excessivamente o velho pai da pátria.
4 comentários:
Os deputados portugueses não são, neste aspecto das baldas, muito diferentes dos deputados de outros parlamentos, como o Parlamento Europeu.
Uma reportagem em Junho deste ano, do canal de televisão franco alemão RTL, com legendas em inglês, em que as cameras da TV apanharam em flagrante delito vários deputados do parlamento europeu, que entraram no parlamento de manhã cedo, para assinar a presença e se foram embora imediatamente a seguir, para gozar um fim de semana alargado.
http://www.youtube.com/watch?v=xnMtc_QJ4-E&eurl=
Como bom republicano e maçon, Soares coloca sempre as virtudes parlamentares muito acima das suas fraquezas. O republicanismo assenta a sua essência no parlamentarismo. A 1ª república é o exemplo disso e para o Dr. Soares este período da nossa história é uma referência da democracia, apesar de ter dado no que deu. E parece que ninguém o consegue demover do mal que foi para o País esse período da nossa história recente.
Desconfio que o problema é que eles (os deputados) não têm respeito por si próprios. De forma geral (acredito que haja excepções) reconheço neles uma forte predominância de ambição, vaidade, ganância, egoísmo, presunção, ...
O que me parece é que, "sentindo esses sentimentos" dentro de si, eles confundem-nos com respeito por si próprios e logo acham-se merecedores de respeito. Acham-se importantes, acima dos outros e coitados nem se apercebem do fraco exemplo que são.
Eles são a "nata" só que, na grande maioria dos casos, são a nata da mediocridade. Ao fim e ao cabo são uns "grunhos". E nem se apercebem da figura que fazem.
Bem, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
E outra coisa é assinarem o ponto e baldarem-se.
E até ficámos a saber que, à semelhança de se ir em trabalho político assistir ao jogo do FCP em Sevilha, é considerado trabalho político ir-se a um jantar do Boavista.
Que o trabalho político tenha sido bem servido e estivesse bem apaladado, e que a disgestão do trabalho político não tenha sido difícil nem provocado flatulência, é o que se deseja.
Enviar um comentário