Com tranquilidade regimental, Dias Loureiro esteve de perna traçada com o sr. Ferreira, da "economia" da SIC, a "explicar" um negócio qualquer de fundos e de sucata. No jornal do sr. Tadeu, uma "fonte" próxima do dr. Jorge Coelho dá-o por "arrasado" com a "história" do fundo de Miraflores - em que ele teria investido qualquer coisinha ao lado de Loureiro - e promete justiça por causa das suas "responsabilidades" para com os dezasseis mil trabalhadores da Mota-Engil. Cá está uma comovente manifestação de "consciência social". Como é evidente, a vida privada destes dois homens não interessa nada. Muito menos a carteira. Sucede que Loureiro ainda é conselheiro de Estado e Coelho já foi. Ao exacerbar-se o "assunto" Dias Loureiro nos jornais, nas televisões e nos blogues não é Dias Loureiro quem sai ou deixa de sair "fragilizado". Toda esta gente, sobretudo a "Sócrates friendly" (que é o que mais há), procura sempre outro alvo. Na RTP, Loureiro, num acesso de mau-gosto, lembrou os vinte e tal anos de amizade que o une a Cavaco Silva. Com estas atitudes, porém, Loureiro parece mais amigo de Sócrates do que o próprio Coelho e um "amigo de Peniche" do Presidente. Num momento em que o partido albanês do 1º ministro anda a "provocar" o PR por causa das eleições do ano que vem, Loureiro surge como seu aliado objectivo enquanto não decidir largar o Conselho de Estado. Até no "centrão" devia existir um limite ético .
9 comentários:
A piada, meu caro João Gonçalves, é que a gente fina da família, a que bebe tea com scones, e que fez cara feia ao Valentim e ao de Oeiras, andam murchos mas calados. Tão calados que até arrepia
o que escreve é tão retorcido mas tão elevado que eu não passo de um estupido ao ler o que escreve... não entendo nada a não ser que o socrates para si é um ruim sacana sem esperança.
Pois é meu caro João e não se demite!
Alguém já esqueceu que foi Loureiro que apresentou o livro sobre o Golden Boy fazendo-lhe elogios superlativos que fariam corar alguém com um pingo de vergonha?O Conselheiro Loureiro continuará no Conselho de Estado pela unica razão de que isso causa os maiores estragos politicos possiveis a Cavaco.
Estou certo de que, um dia, há-de saber-se por que motivo o Dias Loureiro está a fazer esta patifaria ao Prof. Cavaco Silva.
Só espero que não seja demasiado tarde.
Também eu :-)
Não é preciso muito tempo para ter a resposta.É simples:Cherchez le pouvoir et l'argent.Trabalha para o Sócrates desde há muito.Como muitos outros que estão em aparência no PSD.Por isso também FALTAM EM VOTAÇÕES DECISIVAS NA ASSEMBLEIA ONDE SE CONSTATARIA QUE SÓCRATES JÁ NÃO DISPÕE DE UMA MAIORIA ABSOLUTA.
Concordo inteiramente com a sua perspectiva, João. O Sócrates não ia resistir a explorar a situação de fragilidade do PR com a questão do conselheiro, adicionando-lhe a questão dos Açores. A sua expectativa é, naturalmente, que o PR, perdido em inseguranças e hesitações, se fique, o que o coloca (a ele, Sócrates) em situação de vantagem/poder, o vinga de alguns sapos vivos que já teve de engolir, mas, sobretudo, lhe permite, por «extrapolação» daquelas inseguranças e hesitações, fazer uma pequena mas desagradavelmente expressiva demonstração da desorientação e da impotência de que vem acusando a linha (de oposição) social-democrata. Bem gostaria de que, neste ponto, o nosso PR mostrasse mais músculo, sacudindo o conselheiro e ponto os pés à parede no tocante aos Açores…
Mas coloca-se então a tal hipótese de uma estratégia encapotada de antecipação de eleições… Isto está mesmo intrincado!
Santana faz bem em chamar a atenção para a vontade de Sócrates antecipar as eleições criando artificialmente uma crise com o PR que legitimasse um pedido de demissão e a criação de um vazio que obrigasse Cavaco a não ter outra alternativa a não ser convocar eleições antecipadas.De um aventureiro como Sócrates tudo se pode esperar.Denunciá-lo desde já como faz Santana tem pois um carácter preventivo tornando mais arriscado para Sócrates ir por esse caminho pré-anunciado.Por outro lado a fuga de Sócrates como PM podia sempre ser vista como a repetição da fuga de Guterres,o pedido de demissão podia ser recusado,o Governo teria de ficar em funções de gestão até à data prevista das eleições ou,com maioria absoluta na Assembleia,outro socialista podia ser indigitado PM para concluir a Legislatura.Neste campo Cavaco tem a faca e o queijo na mão e o Golden Boy seria sempre visto como um perigoso irresponsável como já começa a ser consensual
,perdendo por completo todo o controlo da situação.Assim, só com a cumplicidade activa de Cavaco um tal cenário seria possivel,o que não acredito,até porque seria suicidário para o PR.
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