Hoje foi um grande dia para Cavaco Silva. Não tanto por sua causa - não se deu por ele - mas mais pelo facto de os seus adversários o terem "aproveitado". Na RTP, Louçã e Alegre recorreram a "temas" que Cavaco lançou para a campanha. Louçã falou da qualificação da democracia e Manuel Alegre socorreu-se da prioridade institucional às conversas com o primeiro-ministro e às mensagens à AR para responder ao que faria em determinada circunstância. Fora do debate, até Mário Soares, na Amadora, explicou a um cidadão brasileiro que não cabem cá todos, por mais generosos e "abrasileirados" que sejamos. Alegre esteve bem quando recusou os "juízos morais" do mestre-escola do BE. E Louçã não deixou escapar o disparate constitucional invocado por Alegre em relação à não possibilidade de recandidatura de um governante (regional) demitido indirectamente pelo PR. Louçã, uma vez mais, demonstrou ao que vem e, sobretudo, que não vem para concorrer seriamente à presidência. Alegre "densificou" o seu discurso político, provavelmente já com Soares na cabeça. O que terá o PS "profundo" pensado deste debate que lhe foi tão particularmente dirigido por ambos os protagonistas?
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