Adenda: Valia a pena M. Soares ter escutado o que Miguel Sousa Tavares disse na TVI sobre a sua prestação. Eu, que há vinte anos estive, com gosto e empenho, na cerimónia equivalente no Altis, não reconheci o mesmo protagonista. Mudaram-se efectivamente os tempos e as vontades. Não existem repetições "felizes".
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
31.8.05
A ENTRONIZAÇÃO
A VANGUARDA
LER OS OUTROS
30.8.05
UMA ALEGRE CHATICE -2
UM PONTO DE CHEGADA
29.8.05
IDEALISTA
LER...
UMA ALEGRE CHATICE
28.8.05
COMÉDIA OU TRAGÉDIA?
DESESPERADOS
27.8.05
A FICÇÃO
A MÃO ESQUERDA DE DEUS- 3
26.8.05
O REGRESSO...
A MÃO ESQUERDA DE DEUS -2
25.8.05
"DESCRÉDITO"
O RESPEITINHO...
A MÃO ESQUERDA DE DEUS
NO FUNDO
24.8.05
ESPADA NEGRO
A MANIA
LER OS OUTROS
23.8.05
JÁ...
UMA ENTREVISTA
A OTA CONTINUA
LER...
22.8.05
NÃO HÁ PACHORRA
21.8.05
NO MEIO DAS CINZAS
O PRESERVATIVO
20.8.05
INEXPLICÁVEL
19.8.05
MICRO-CAUSAS (actualizado)
Adenda: A repartição de finanças de Queluz tem entrada por uma garagem e os contribuintes "esperam" num corredor de acesso destinado primariamente a automóveis. A da Reboleira, na Amadora, divide-se entre uma cave lúgubre e um rés-do-chão em que ambos mal dão para os funcionários circularem, quanto mais os "pagadores", com entradas distintas que obrigam a dar uma volta a, pelo menos, meio quarteirão. Acresce que, por manifesta falta de condições, o respectivo "wc" está vedado ao público. Para os funcionários, existe uma chave que dá acesso ao dito, se bem que seja necessário recorrer a um balde, que, uma vez cheio de água, substitui o autoclismo! Qualquer destas repartições, ao pé de outras da "província", deviam fazer corar de vergonha os evangelistas do "progresso". Que tal uma visitinha, eng.º Sócrates?
Adenda II: Segundo o Portugal Diário e o Diário da República, "a nova assessora de imprensa do ministro Teixeira dos Santos, Fernanda Pargana, por exemplo, vai ganhar por mês 4500 euros, como determina um despacho datado de 3 de Agosto." Sugeria-lhe, à laia de estágio no "sector", uma "reportagem" nalgumas destas repartições de finanças para levar ao conhecimento do Senhor Ministro.
O FRANCISCO JOSÉ VIEGAS...
18.8.05
VÍTIMAS
O "VAZIO"
UM ACTO DE RESISTÊNCIA
17.8.05
LER...
É A ECONOMIA...
SERÁ....
A "SUPERIORIDADE MORAL" DO DR. SOARES
Adenda: Fica mal a um "príncipe da liberdade", como é Mário Soares, a mera sugestão de que a comunicação social anda a "amplificar" o "ruído social" e as indignações "corporativas", a que Soares chama de "interesses". Parece a história dos crocodilos na defunta União Soviética. Também voavam. Baixinho, mas voavam. Os jornalistas, segundo "Soares terceira versão", também podem "voar", sem excessos. Baixinho.
16.8.05
A "REFLEXÃO"
UMA LETRA, UM DISCO
diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo
diz-me que desprezo é esse
que não olhas para quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja
que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos
lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar
diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia
diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar
que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos
lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente
e não me conseguem alcançar
(Sempre ausente, letra de António Variações, in Anjo da Guarda)
SENTIDO DE OPORTUNIDADE
12.8.05
UM REGIME INCENDIADO
Paulo Varela Gomes, Público de 11 de Agosto de 2005, Os Incêndios do Regime
INDEPENDÊNCIAS
A OTA CONTINUA! - 4
11.8.05
A OTA CONTINUA! - 3
"SEXO, EMULE E BENFICA"
10.8.05
A OTA CONTINUA! - 2
VÃO VER
9.8.05
NOS OITENTA E DOIS ANOS DELE
Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes
O público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso
O MESMO QUE NADA
TUDO EM FAMÍLIA
8.8.05
LER...
CONVERSAS COM OS LEITORES
Comentário: Não "comento" anónimos. De qualquer forma, já ensinava o Einstein, a estupidez também é infinita.
O presidente da autoridade nacional para os incêndios florestais está à espera que a velocidade de ignição resolva o problema de uma vez por todas: com o fim das árvores, chegará o fim dos incêndios (Raquel).
Comentário: Presumo que a leitora se refere ao sr. general Ferreira do Amaral. A sua condição ornamental não lhe permite ir mais longe do que murmurar uns vagos palpites. O pior é que o ministro, mesmo de helicóptero, também lhe segue, demasiadas vezes, os passos.
E o que é que você queria que ele fizesse, num país que não tem regionalização? Sim, porque se estivessemos regionalizados, como quer a esquerda há muitos anos, isto não acontecia ou pelo menos era muito mais atenuado (Clara).
Comentário: A Clara -está no seu pleno direito - ainda acredita no Pai Natal. Acontece que a descoordenação institucional que se sente no combate às chamas não desapareceria se a coisa estivesse entregue aos vizires locais ou regionais. Qualquer deles, aliás, está há mais tempo no cargo do que qualquer ministro se aguenta no dele. Por outro lado, a "regionalização", num país do tamanho de uma caixa de fósforos e com tão maus e grunhos hábitos localistas ou regionalistas, seria sempre uma forma de incêndio. Mais suave, mas incêndio. E, deixe-me lembrá-la, nem toda a "esquerda" é "regionalista". O dr. Mário Soares, na altura do referendo, foi muito claro. Presumo que ele seja o seu candidato presidencial e faço-lhe a justiça de, pelo menos nesta matéria, ele ainda achar que se trata de uma "loucura".
Provavelmente o VJS prefere o Cavaco. É como a Roseta! Inexplicável é ele e as posições absurdas que tem (Clara).
Comentário: Em democracia, o VJS tem direito a ter tantas "posições absurdas" quanto a Clara. Estamos muito bem uns para os outros.
LER...
REPORTAGEM
Pelas ruas da cidade.
Deixei agora o Rossio
E atravesso o Borratém.
Deu meia-noite pausada
No Carmo. Um amigo meu
Passa e tira-me o chapéu.
Paro a uma esquina. Esmoreço
Numa saudade que surge
Dentro de mim não sei como:
Uma saudade infinita,
Misto de choro e revolta.
Alguém me chama no escuro:
Volto a cabeça. A uma porta
Um vulto mexe. - Sou eu!,
Não fuja, sou eu... - Mas quem?
Retrocedo, não conheço
A mulher que me chamou.
Na verdade ninguém ouve,
Ninguém distingue o apelo
Do amor que anda perdido
No mistério de mentir:
Deixo-a ficar onde estava;
Dou-lhe um cigarro e um sorriso
Dizendo que vou dormir.
Atira-me boa-noite
Num frio olhar de ofendida.
Meto à rua do Amparo
A perguntar se esta vida
Não terá finalidade
Menos sórdida e banal?
Atafonas. Uma Igreja.
Mais acima o Hospital.
Um marinheiro propõe
A esta que atravessou
A rua do Benformoso
Irem tomar qualquer coisa
Na Leitaria da Guia.
Ela pára. É uma catraia
Que talvez não tenha ainda
Dezasseis anos. Bonita.
Devagar vou-me chegando
Xaile, uma blusa, uma saia...
E oiço a fala dos dois.
Ele parece uma onda,
Impetuoso, alagante.
Ela é um breve bandó
Num corpito provocante.
E seguem... Ele, encostado,
Muito encostado e aquecido
Lá vai como se encontrasse
Um objecto perdido
Que foi milagre encontrá-lo...
Cortaram além!... E param?
Oiço o rebate de um estalo
E um grito subtil de prece
Amedrontada na fuga...
Desço ao Marquês do Alegrete.
Um candeeiro sinistro
Numa casa que se aluga...
Vejo um polícia. Arrefece.
Um grupo de três sujeitos
Discute o vinho de Torres.
Varrem as ruas. Um gato
Bebe água numa sarjeta;
Uma carroça parou
Carregada de hortaliça
Junto à Praça da Figueira.
Corto a rua dos Fanqueiros
Já um pouco estropiado...
Acendo um cigarro. A noite
Lembra um fantasma assustado...
Chego ao Terreiro do Paço.
O arco da rua Augusta
Parece mais imponente
Na minha desolação...
Vou até ao cais. Em baixo
O rio bate sem reacção...
A maré vasa. No céu,
Vão-se apagando as estrelas.
Um guarda-fiscal dormita
Na guarita, mas de pé.
Um velhote com um cesto
E uma lata vem dizer-me
Se eu quero beber café.
Num banco de pedra. Cismo.
E ali me fico a cismar
Em coisa nenhuma... O dia
Principia a querer ser
Mais um passo na incerteza
Das nossas aspirações...
As águas do rio a escutar
Parecem adormecidas...
E o dia nasce! Vem triste,
Nublado, fosco, cinzento,
Enquanto pela cidade
A vida acorda e desata
O matinal movimento...
António Botto
A USURA DO TEMPO
A OTA CONTINUA!
"NUMA BLOGOSFERA, PERTO DE SI"
Sessenta e três blogues
Bloguítica. Blasfémias , Ciberjus , Von Freud , Grande Loja do Queijo Limiano, [ai-dia], A destreza das dúvidas , crackdown, ContraFactos & Argumentos , ' A Esquina do Rio , Almocreve das Petas, Um prego no sapato, ...bl-g- -x-st-, sorumbático, Portuense, ABnose, Portugal dos Pequeninos, Teoria da Suspiração, A Baixa do Porto, Minha Rica Casinha, Sombra ao Sol, Insustentável, Insustentável Leveza, Virtualidades , Blogdamarta, Adufe, Tela Abstracta, opinar, Abnegado, Cabo Raso, Bateria da Vitória, Foz, Tempo Suspenso, Galo Verde, Navio Negreiro, Entre Pedras, Palavras, Viver Bem na Alta de Lisboa, Faz Tudo, SEDE, Observador Cosmico, Nortadas, Piano, primadesblog, Pura Economia, Impertinencias, Nova Floresta, Acid Junk Food, Prova dos Nove, Quinta do sargaçal, O cacique, Cuidado de Si, My Guide to your Galaxy, Ideias Dispersas, Gatochy's blog, Congeminar, Verão Verde, Forum Comunitário, Ma-Schamba, Ecletico, Miniscente, o careto, iuris, 19 Meses Depois, e um jornal digital, o Portugal Diário , leram isto
"Respeito muito os signatários, mas há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções."(Manuel Pinho, Diário Económico, 28-07-05)
e correspondendo ao apelo do senhor Ministro fizeram o pedido, exigência bem educada,
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
e receberam a resposta:
NÃO. PELO MENOS PARA JÁ, ATÉ QUE O GOVERNO FAÇA O SEU ESTUDO, VISTO QUE AINDA NÃO FEZ NENHUM, APESAR DE JÁ TER DECIDIDO TUDO.
Adenda: O José Júdice, na crónica de dia 5 de Agosto em O Independente, também pergunta pelas "dezenas de estudos encomendados pelos governos sobre o Aeroporto da OTA e o TGV" e se alguém "alguma vez lhes pôs a vista em cima".