Não acompanho suficientemente o assunto do "metro do Porto" para me pronunciar. Há autarquias a mais para o meu gosto metidas pelo meio. Ver, numa carruagem e aos abraços, Narciso Miranda, Valentim Loureiro, Mário Almeida, Filipe Menezes e Rui Rio, é o tipo de mini-viagem que não se deseja ao pior inimigo. Outro dia juntou-se-lhes Mário Lino que, obviamente, não destoa no meio deste untuoso ramalhete. Ontem, na RTP, o ministro apareceu para falar do tema. Para ameaçar. No meio de uma conversa sobre os dinheiros e de umas graçolas sobre a campanha dos autarcas - como se ele não estivesse a ornamentar os cartazes do PS em Oeiras -, M. Lino, quando perguntado acerca da eventual remoção do actual conselho de administração da "Metro", não hesitou em dizer que todas as "hipóteses" estavam em cima da mesa. Lino atacou os supostos "excessos" financeiros da obra como se isto fosse uma novidade. Logo ele, que não se tem coibido de prometer milhões para outras extravagâncias "localistas" ou "nacionais", como a OTA ou o TGV, cuja pertinência e consistência técnicas não há meio de conseguir explicar como deve ser. Antes de pensar em em remover alguém, era bom que Lino se olhasse ao espelho. Duvido que gostasse sinceramente do que via.
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