29.8.05

UMA ALEGRE CHATICE

Eu acho que ainda conheço menos mal os "bastidores" do "soarismo". Se bem que os meus amigos "soaristas" se tenham prudentemente afastado, eu pressinto-lhes perfeitamente as manhas. Ontem, no Diário de Notícias, Carlos Ventura Martins, actual director-geral das publicações de Jacques Rodrigues e ex-assessor de Soares em Belém, veio "bater" em Manuel Alegre e, de caminho, em Cavaco. É um bom sinal, vindo de quem vem, já que eu leio o seu texto como um produto "colectivo". A "presença" da proto-candidatura de Alegre até, pelo menos, às autárquicas, "chateia" o dr. Soares. Lembra todos os dias à opinião pública as pequenas traições "familiares" e os pequenos equívocos entre "amigos". Até Cavaco aparecer, Soares está vagamente prisioneiro desta doméstica e irritante "pedra no sapato" que ele gostaria de ver rapidamente removida, de preferência, já na quarta-feira de "consagração" universal. E, de facto, não vai ver. Toda a verborreia utilizada pelo meu amigo Ventura Martins é perfeitamente esclarecedora do "pensamento" de Soares sobre o assunto. No mesmo sentido anda Vital Moreira, que também já intuiu a Alegre "chatice". Quanto a Cavaco, já estamos habituados à retórica da soberba "democrática" e da "superioridade moral", política e "cultural" de Soares e dos seus epígonos sobre o "plebeu" Cavaco. Habituados, e, convenhamos, fartos.

Sem comentários: