Na sua ditirâmbica mensagem, Manuel Alegre conseguiu dizer três coisas importantes. Primeiro, que a recandidatura de Soares não é saudável para a República. Em segundo lugar, que não apoia uma recandidatura "monárquica". E em terceiro lugar, que não acredita no sucesso dessa recandidatura "anti-republicana". Foi um belo primeiro momento verdadeiramente político do último dos românticos da "política". As bochechas irritadas de Mário Soares descaíram seguramente um pouco. Só por isso valeu a pena.
Adenda: Alegre "confirmou" - como se fosse preciso - o "acordo" de Soares com o PC e o BE para a sua recandidatura "unitária". Jerónimo de Sousa e o "mono" do BE cumprirão metodicamente o "acordo" até ao último instante. Na hora certa, o "salvador" do "regime" - não necessariamente da Pátria - ficará sozinho em palco para esconjurar o diabo. É por estas e por outras que somos muito mais "tropicais" do que nos imaginamos na nossa subtileza "europeia" e "progressista".
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