Voltaram os "manifestos". É um péssimo sinal. Nos dias "de chumbo" do "barrosismo/lopismo", "choviam" prosas deste estilo, assinadas praticamente pelos mesmos. Não estou a dizer que a coisa em si seja má. Não é, sobretudo este, que "alerta" para a circunstância de o investimento público não fazer milagres. E muito menos o que brota da temível e baça imaginação da dupla Pinho/Lino. Os "manifestos" espelham apenas a desacreditação crescente da actividade política sufragada eleitoralmente, bem como a eterna contradição entre a "política" e alguns dos seus executores momentâneos. Muitos dos que os costumam assinar foram responsáveis políticos governativos e em pastas apropriadas. Falam "de cátedra" como se não tivessem já "sujado" as mãos sem evidentes proveitos. Porém, a questão de fundo ali levantada permanece como uma ameaça que paira sobre a nossa cabeça. Num país de mitómanos desvairados e irresponsáveis como o nosso, querer "mostrar obra" significa invariavelmente "risco de vida" pública. No caso do aeroporto, o avisado e insuspeito Fernando Pinto da TAP já explicou o que se pode fazer. Quanto aos comboios, para quê pensar em ligações "vitessse", quando hoje, para chegar ao Algarve ou para ir ao Porto, os carris do dr. Salazar ainda não "dão" com os comboios "intercidades" ou "pendulares" do eng. º Cravinho? E não falemos do "metro" de Santa Apolónia, um dos maiores fracassos do betão e da nobre engenharia pátria, exposto em "carne viva" aos olhos de toda a gente que passa na zona ribeirinha de Lisboa. Os Linos e os Pinhos deste mundo passam. Estes abortos ficam para várias gerações pagarem. É o "pacote democrático" no seu esplendor. Não há manifesto que lhe valha.
1 comentário:
Em epoca de discussão de bons e maus investimentos estranho o silencio sobre a rentabilização do porto/terminal de carga de Sines e do aeroporto de Beja; aliás no PIIP faz-se uma breve referencia a um ramal ferroviário Sines/Elvas mas não se voltou a ouvir falar deste assunto. Esqueceram-se do Alentejo?
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