Decorreu hoje na Antena Um o primeiro debate entre os candidatos à principal autarquia do país. Apesar das intermitências e de algumas interrupções, consegui ouvir tudo. Na aridez que constitui o nosso panorama político, Lisboa não tem por que se queixar. Carrilho, Ruben de Carvalho, Maria José Nogueira Pinto, Carmona e Sá Fernandes formam um razoável ramalhete para as actuais circunstâncias. Carmona Rodrigues, o "vereador, como foi tratado por Carrilho, esteve fraco. Tal como Sá Fernandes, cujas debilidades políticas me pareceram óbvias, faltou a Carmona algum rasgo na "defesa" - porventura indefensável - das "soluções" paradoxais de uma Câmara bicéfala. Essa é, aliás, a maior "pedra no sapato" do candidato que eu considero um homem sério e empenhado. Nogueira Pinto, num estilo entre o blasé e a dona-de-casa, foi suficientemente populista para marcar, com subtileza, o seu "território". Restam aqueles que eu estimo como os melhores candidatos, sendo certo que um deles - Carrilho - recebe, à partida, o meu apoio. Descontando umas picardias levemente sofisticadas, Carrilho "passou" bem a ideia de que, na realidade, tem "ideias" e que quer ser efectivamente o próximo edil lisboeta. Nestas coisas, a vontade e a persistência têm mais importância do que parece. Quanto a Ruben de Carvalho, a serena e não demagógica forma de abordagem dos problemas e o conhecimento que possui sobre a cidade, tornam-no, no mínimo, um candidato a seguir com interesse. Não fosse dar-se o caso de o PS e o PCP não se terem entendido, esta dupla seria concerteza vitoriosa.
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