Os miseráveis actos de terrorismo ocorridos em Londres distraíram a opinião pública do "debate" sobre o "estado da nação". Pelo que pude ver e ouvir, ninguém perdeu nada. Aliás, as bravatas que presenciei revelaram um dos mais medíocres debates dos últimos tempos. Apanhei uma parte em que o governo, pela voz de Santos Silva, e a oposição, julgo que do PP, requeriam ao presidente do Parlamento que fossem tiradas e distribuídas fotocópias de ditos do passado, de uns e de outros, para - digo eu - apurar o mais ou o menos mentiroso, consoante as perspectivas. São chincanas deste teor que emporcalham a "imagem" do regime. São discursatas de efeito nulo e rebarbativo que diminuem o respeito pelo "sistema" democrático. São estas criaturas que nós não sabemos que estamos a eleger quando votamos que depois nos aparecem pela frente, vagas e imateriais, nos "debates". Elas, as criaturas, "representam-nos". Por estas e por outras, cada vez menos encho a boca com a "democracia representativa". Porém, quando ando por aí e ouço falar os meus concidadãos, penso que tudo, afinal, está tudo no lugar certo. Eles e nós. Merecemo-nos.
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