3.9.09

JÁ FOMOS UM PAÍS


Ontem, em Évora, Manuela Ferreira Leite começou uma frase com "nós já fomos um país". De facto, pelo menos até 1580 fomos qualquer coisa. Mesmo, até, com os espanhóis cá. Vitorino Magalhães Godinho escreveu que aquilo foi mais um ponto de chegada do que um ponto de partida. Sócrates é que, na sua pequenina cabeça, imagina que descobriu o caminho ferroviário para a Europa e que os outros são apenas maledicentes sem propósito. Não percebe que não passou de mais um ponto de chegada. E, a avaliar pela corte medíocre que o rodeia e aplaude, não haverá quem lhe explique.

10 comentários:

Francisco Castelo Branco disse...

depois daquela em que ela disse querer suspender a democracia..

Estes politicos é só gafes

A. Pinto Pais disse...

Estou à espera que alguma das luminárias do Simplex - pode ser uma qualquer, por exemplo o inacreditável Pitta - me explique o fim do Jornal Nacional de Sexta-Feira da TVI.
Será que terei de esperar sentado?

Karocha disse...

Para a Dr. Manuela Moura Guedes a minha solidariedade.

Cumprimentos
Manuela Diaz-Bérrio

radical livre disse...

o socialismo é como o serviço das prostitutas.
o cliente paga e «é mal servido»

Anónimo disse...

A expressão "já fomos um País" assenta que nem uma luva naquilo que quero dizer quando digo que esta (27 de Setembro) vai ser uma das últimas oportunidades que "isto" vai ter para se endireitar... Se calhar, é mesmo a última oportunidade, se o sokas se mantiver a fazer as m****s que fez nos últimos 4,5 anos.

radical livre disse...

mudaram-me a naturalidade
agora sou forçadamente venezuelano

Garganta Funda... disse...

A suspensão do Jornal da Sexta da TVI sob a batuta de MMG assim como a demissão da respectiva direcção de informação é mais uma prova das pressões feitas pelo PM e respectiva entourage para condicionar o resultado das eleições e bem assim o caso do fripór.

Ainda ontem soubemos que houve pressões sobre o empresário Alexandre Relvas.

Na verdade, tudo aquilo que aqui tem vindo a ser denunciado, tem razão de ser e os portugueses têm que se preparar para enxotar esta trupe e levá-la a tribunal nalgumas situações onde configura ilícitos e comportamentos não democráticos.

Que ninguém se engane com a "delicadeza" táctica pré-eleitoral do socretino.

É um lobo vestido ocasionalmente de cordeiro.

S. Correia disse...

Essa da acusação a MFL por supostamente desejar a interrupção da democracia por seis meses é mesmo de má fé! Como se toda a gente não tivesse percebido a ironia da frase! Ou será que são mesmo burros e incapazes de interpretação das frases em contexto?!

Alves Pimenta disse...

S. Correia, não se trata de burrice, mas de desonestidade.
Na entrevista à RTP, o José Sócrates até pôs na boca da Drª Manuela Ferreira Leite palavras que ela nunca disse. Mas a Judite Seara teve medo de lhe fazer notar isso, embora saiba bem que o biltre estava a mentir.
Isto está irrespirável e nunca mais chega o dia 27...

Pedro Prata, estudante disse...

Ao ponto a que chegou a cultura em Portugal, no que toca ao mundo editorial e livreiro, até dá vontade de querer partir. Parece que as editoras, já desde há bastante tempo aliás, gostam de continuamente publicar livros para carburar um imenso rol de insignificância e ignomínia. Por oposição, os livros realmente relevantes nas diversas áreas do saber contemporâneo e os marcos da criação humana passada definham perante edições únicas e restritas, e isto apenas se mesmo estas algum dia aparecem, impróprio tratamento livreiro, sendo mais destacados os menos, e ausência de indignação por parte dos interessados (sempre poucos e maus, como seria de esperar). Veja-se o caso, por exemplo, do estado de indisponibilidade total que foi conferido às principais obras de e sobre D. Francisco Manuel de Melo, nascido em 1608, com efeméride (não) comemorada há pouco. Não se deve esquecer também o papel da Imprensa Nacional, de que pelos vistos carece. É que obras centrais como Miscellanea, de Miguel Leitão de Andrada, Colóquios dos simples e drogas da Índia, de Garcia da Orta, ou o Leviatã se encontram, como tantas outras, à espera de reimpressão desde há largos anos.
Simplesmente, talvez a sociedade queira relegar os grandes pensadores e os grandes livros (e em especial os portugueses) apenas para as bibliotecas-depósito centrais, bem longe do comum dos cidadãos que ainda deles gosta, na eventualidade de uns quantos deles, se apropriadamente irrompessem por entre algumas cabecinhas da terra, poderem vir a causar incómodo ao tradicional atraso nacional.
É uma vergonha inconscientemente calamitosa, bem à imagem da restante nação. Mas afinal o que se haveria de esperar num país em que uma das principais prioridades educativas é distribuir brinquedos tecnológicos aos alunos (em boa hora chamados de Magalhães, considerando-se que ele afinal não passou de um traidor) bem antes de os capacitar para a leitura edificante?
Pois, “nós já fomos um País”. Mas a continuar assim, não o voltaremos a ser tão brevemente.