28.9.06

NEO-REALISMOS


"Os filhos crescem, têm autonomia e podem seguir por si", disse ontem Fragateiro em relação à saída da direcção do Trindade, cargo que acumulava com o D. Maria desde Fevereiro. "A existência deste filho estava a perturbar a criação de um projecto identitário para o D. Maria. As pessoas não estavam a conseguir separar aquilo que estava separado na minha cabeça", justificou numa entrevista por telefone. O momento da demissão, segundo Fragateiro, foi escolhido para coincidir com a apresentação da programação do D. Maria II, que será em breve, mas ainda não tem dia marcado." Eu não disse que o homem tinha a cabeça de director teatral amador de um filme de António Lopes Ribeiro? É uma mistura interessante, a desta cabeça com a do "neo-realista" secretário de Estado Vieira de Carvalho. Será que este também pensa como Helena Vieira que verbera Paolo Pinamonti, o director do São Carlos, por causa dos "cantores portugueses"? Que mal lhe pergunte, Helena, acha que o São Carlos, em 2006, é o lugar certo para uma "companhia portuguesa de ópera"? Só se for de uma ópera bufa. Posso não concordar com Pinamonti em muita coisa, mas prefiro uma ópera cosmopolita a uma ópera "neo-realista", de província. Para maus exemplos, já basta o "neo-realismo" embotado que o acompanha na gestão do Teatro.

7 comentários:

Anónimo disse...

A Helena só se "safaria" se algo, no São Carlos, mudasse para pior....como ela tanto deseja!!! As vozes revisteiras não são para o Teatro São Carlos....
Além de que só uma cantora ressabiada poderia ter dito o que disse, pois muitos BONS cantores PORTUGUESES têm actuado durante as excelentes temporadas artísticas do Pinamonti!!! Mas SÓ AS BOAS VOZES...nada de confusões !!!!

Anónimo disse...

No que respeita ao "noe-realismo" que o acompanha no Teatro São Carlos...eu diria antes SURREALISMO !!!!!

Anónimo disse...

por lapso foi mal escrito: digo NEO-REALISMO

Anónimo disse...

O São Carlos é apenas mais um exemplo do que para aí anda... de paloncice encoberta, mas muito "in" porque é do estrangeiro... pergunte-se porquê ganha Pinamonti o que ganha no São Carlos, porque teve de se criar uma lei especial só para ele... e para quê? Para as produções dos últimos anos? Se alguém se desse ao trabalho de fazer uma análise custo/benefício, mais valia terem estado quietos, fechar a instituição e poupar 50 milhões de euros. Então e só então, arrancar com um projecto com pés e cabeça, e servisse para vender as nossas produções e não para comprar as produções dos outros, tudo no respeito da tradição do São Carlos. Ou seja, aumentar exportações e diminuir importações... dando o exemplo de bons meninos que o Sr Primeiro Ministro deseja que os empresários do sector privado sejam... Alguém repara na hipocrisia, ou são só alguns "velhos do Restelo"? Anyway, who cares? feitas as contas, dividindo-se a despesa por todos os contribuintes, daria uns míseros euricos a cada um para manter o São Carlos tal como está. Que se f***. fiquem lá com esses trocos, é gorjeta. Mas não me peçam para lá ir, Nem atirem areia para os olhos e queiram fazer-se passar por algo que não são. Na linha do total encontro apenas pretenciosidade e indigência fransciscana.
kk

Anónimo disse...

"comezinhos".....são realmente os portuguesinhos neste portugal dos pequeninos!!!! E assim pretendiam alguns que, no São Carlos, tudo fosse tal como eles....Felizmente ainda temos a sorte de alguém de Fora vir engrandecer uma Instituição que só servia para encher o EGO dos que por lá foram passando!!! Como um deles disse nos anos 80: "É mais um tachito"!!!

Anónimo disse...

O Pai Tirano pelo menos tinha graça!!!

Anónimo disse...

Não há neste jardim à beira mar coisa que toque mais no nervo que o "sãocarlos". Isto desde o tempo do liberalismo, em que a questão nacional, reflectida na capacidade de fazer ópera "italiana", foi primeiro colocada. Desde então temos tido várias versões da aproximação-repulsa da ópera italiana - com destaque para a cegueira ideológica do nosso actual ministro da cultura, que comparou D. Duardos e Flérida a Tristão, com claro desfavor para Wagner. Pasme-se, mas, se Deus quiser, Lá Vamos, Cantando e Rindo