7.12.10

GRANDEZA E FRACASSO


Quem tiver o canal Mezzo ou a Rai Uno - e puder regressar mais cedo a casa -, fica habilitado a assistir mais logo, pelas 16 horas (17 locais), à transmissão em directo do Teatro alla Scala de Milão da 1ª récita da ópera Die Walküre (A Valquíria), de Wagner, a primeira jornada da Tetralogia O Anel do Nibelungo. Trata-se de uma encenação, nova, de Guy Cassiers, sob a direcção musical de Daniel Barenboim. O elenco é praticamente perfeito: Nina Stemme, Waltraud Meier, Vitalij Kowaljow, John Tomlinson, Simon O’Neill. Para quem souber ver, ler e ouvir, A Valquíria é, para abreviar, uma poderosa metáfora sobre o fracasso pessoal e colectivo, ou seja, da ambição à renúncia. Não podia vir mais a propósito.

6 comentários:

joshua disse...

Sou fã do Daniel Baremboim pianista, maestro, activista, e apaixonado pelo Concerto de Ano Novo que sempre muito me emociona. Tenho-o visto muitas vezes no Mezzo.

Anónimo disse...

Tenho pela RCA um vinil com o 4 e o 5 de Beethoven, dirigidos pelo Daniel Barenboim e com A. Rubinstein solista. Quero lá saber dos "craques e buns" e da agulha!... Grande gravação e grandes interpretações!

Ass.: Besta Imunda

O tal leitor disse...

Da ambição à renúncia,da renúncia ao fracasso. Curto,mas certo, resumo do "Anel". Obrigado pelo aviso,dado que a essa hora estarei a seguir para a Gulbenkian onde ouvirei o Volodin. Mas gravarei,graças ao seu anuncio. Ouvi o Baremboim dirigir em Berlim,há uns anos, o melhor "Tristão" da minha vida,e tambem com a Waltrud. Como estará a voz agora,se for Brunhilde e não Sieglinde,claro,é interessante de saber. Talvez tenha a longevidade da Nilsson.

Karocha disse...

Obrigada JG

Anónimo disse...

Para ouvir só.Radio Directo aqui

http://www.radio3.rai.it/dl/radio3/ContentItem-5e934b7c-91ba-4f71-95a6-1d9064be7f1d.html

lucklucky

Anónimo disse...

Que pena só ter podido assistir aos últimos 40 minutos, mas direi,
Nina Stemme é imbatível! Não há, na actualidade, soprano lírico-dramático de maior envergadura cénica e vocal que Nina Stemme.
E a sua Isolda?
Sim, Die Walküre, como metáfora é perfeita aos actuais tempos...
G