«Depois da derrota, a Alemanha precisou de facto da “Europa” para se reintegrar na comunidade internacional. Mas só se reintegrou porque a América garantia a defesa do Ocidente e porque a França deixara para sempre de ser uma potência maior. Por muito que doa aos beatos da “Europa”, desde o princípio que ela foi uma associação de fraquezas e, sobretudo, um produto da Guerra Fria. Sucede que a Guerra Fria acabou com o colapso da URSS em 1991 e que, para a “Europa”, a protecção da América se tornou dispensável. Como para a América, agora preocupada com o Médio Oriente e o Pacífico, uma “Europa” unida e capitalista já não era absolutamente essencial. E, assim, livre da hipoteca do passado, a Alemanha reunificada reemergiu pouco a pouco com a sua antiga independência – uma independência em última análise incompatível com a UE, excepto como hegemonia alemã. A tragédia, como um dia explicou A. J. P. Taylor, é que a Alemanha é grande, rica e forte de mais para não dominar a Europa (sem aspas) e que a sra. Merkel, sabendo isso perfeitamente, não vai continuar a pagar a conta do nazismo, em troca do beneplácito da França e do guarda-chuva militar americano. Ela manda e a “Europa” obedece, ou ficará entregue ao seu destino.»
Vasco Pulido Valente, Público
2 comentários:
Evidentemente ( pedido de empréstimo ao "Tonio Kroger"...).
PORQUE RAZÃO AS KLEPTOCRACIAS EUROPEIAS DETESTAM TANTO A MERKEL E O QUE ELA REPRESENTA?
Enviar um comentário