Verdi, Don Carlo. José Carreras, Piero Capuccilli. Festival de Salzburgo. Herbert von Karajan.
3 comentários:
Anónimo
disse...
Muito bem. É curiosa a sua preferência pelos Verdis do Karajan. É o gosto pela sumptuosidade orquestral em detrimento (eventual)do italianismo vocal? Ou disponibilidade no Youtube? Bem sei que aqui são ambos italianos,mas a concepção e o estilo são bem karajanescos.E este deve ser o Carreras pré-leucémia,que por acaso ouvi em Viena nos anos 70 num "André Chenier" notável. E para quando teremos aqui o dueto político Filipe - Posa do fim do 2º acto,iniciado com "Restate",que vou mencionando sem sucesso,e que é sem dúvida um dos momentos mais altos desta suprema ópera,e da Música em geral?
Agradeço a atenção do leitor. A minha preferência pelo Jarajan é, digamos assim,generalizada. E esta versão - como outra contemporânea da Aida em Salzburgo - é, como diz, sumptuosa. A encenação também é do Maestro. Todavia, se ouvir a versão Guilini, lá encontra outra sumptuosidade não menos feérica do que esta. E sim, é um Carreras praticamente então recém descoberto por Karajan (ele era, como sabe, de "paixões") que também foi o Radamés da tal Aida com a Freni. Logo à noite, então tentarei colocar o vídeo sobre a "paz dos sepulcros". A nossa? Cumprimentos.
Simples observações que não me parece terem estatuto de comentários,mas de simples conversa amena. 1)Tambem obrigado pela atenção ao comentário e pela resposta; 2)Como gosto de corrigir quando erro,emendo a nacionalidade do Carreras,que apressadamente classifiquei de italiano,quando é reconhecidamente catalão. Mas quanto à pronúncia,não se estará longe...
3)Quanto ao Giulini do D.Carlos tem razão. Mas lembro-me (sem peneiras)que o ouvi numa das suas últimas aparições,em Paris,no Requiem de Verdi,que dirigiu com uma austeridade notável e comovente; 4)Quanto ao Verdi "alemão" ou italiano,confesso a minha inclinação talvez pecaminosa pelos italianos mais "espontâneos",herança talvez da era Figueirinhas. E para o D.Carlos, venero o clássico com o Christoff,o Gobbi,o Neri,dirigido(chochamente,é certo)pelo Santini.E recomendo-lhe uma gravação ao vivo do Maio Florentino com o Siepi,o Bastianini,a Cerquetti,o Neri,dirigida pelo Votto. 1956,mas som aceitável,e interpretações inesquecíveis. 5)Quanto ao dueto Filipe-Posa,fico-me pela interpretação que me parece mais fiel ao Verdi.É o debate permanente entre a Autoridade extremada e a Liberdade ansiada,cujos defensores são tantas vezes classificados de "stragno sognator".E afinal são os sonhadores que frequentemente acabam por ter razão contra os muitos Filipes que vemos ao longo da História. E a nossa paz actual não é a "dei sepolcri". Não exageremos,apesar da campanha em curso...
3 comentários:
Muito bem. É curiosa a sua preferência pelos Verdis do Karajan. É o gosto pela sumptuosidade orquestral em detrimento (eventual)do italianismo vocal? Ou disponibilidade no Youtube? Bem sei que aqui são ambos italianos,mas a concepção e o estilo são bem karajanescos.E este deve ser o Carreras pré-leucémia,que por acaso ouvi em Viena nos anos 70 num "André Chenier" notável. E para quando teremos aqui o dueto político Filipe - Posa do fim do 2º acto,iniciado com "Restate",que vou mencionando sem sucesso,e que é sem dúvida um dos momentos mais altos desta suprema ópera,e da Música em geral?
Agradeço a atenção do leitor. A minha preferência pelo Jarajan é, digamos assim,generalizada. E esta versão - como outra contemporânea da Aida em Salzburgo - é, como diz, sumptuosa. A encenação também é do Maestro. Todavia, se ouvir a versão Guilini, lá encontra outra sumptuosidade não menos feérica do que esta. E sim, é um Carreras praticamente então recém descoberto por Karajan (ele era, como sabe, de "paixões") que também foi o Radamés da tal Aida com a Freni. Logo à noite, então tentarei colocar o vídeo sobre a "paz dos sepulcros". A nossa? Cumprimentos.
Simples observações que não me parece terem estatuto de comentários,mas de simples conversa amena.
1)Tambem obrigado pela atenção ao comentário e pela resposta;
2)Como gosto de corrigir quando erro,emendo a nacionalidade do Carreras,que apressadamente classifiquei de italiano,quando é reconhecidamente catalão. Mas quanto à pronúncia,não se estará longe...
3)Quanto ao Giulini do D.Carlos tem razão. Mas lembro-me (sem peneiras)que o ouvi numa das suas últimas aparições,em Paris,no Requiem de Verdi,que dirigiu com uma austeridade notável e comovente;
4)Quanto ao Verdi "alemão" ou italiano,confesso a minha inclinação talvez pecaminosa pelos italianos mais "espontâneos",herança talvez da era Figueirinhas. E para o D.Carlos, venero o clássico com o Christoff,o Gobbi,o Neri,dirigido(chochamente,é certo)pelo Santini.E recomendo-lhe uma gravação ao vivo do Maio Florentino com o Siepi,o Bastianini,a Cerquetti,o Neri,dirigida pelo Votto. 1956,mas som aceitável,e interpretações inesquecíveis.
5)Quanto ao dueto Filipe-Posa,fico-me pela interpretação que me parece mais fiel ao Verdi.É o debate permanente entre a Autoridade extremada e a Liberdade ansiada,cujos defensores são tantas vezes classificados de "stragno sognator".E afinal são os sonhadores que frequentemente acabam por ter razão contra os muitos Filipes que vemos ao longo da História. E a nossa paz actual não é a "dei sepolcri". Não exageremos,apesar da campanha em curso...
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