18.8.09

"A MÃO A ESCREVER NEGRO"


Acabei de ler este post do Daniel Oliveira, em voz alta, à minha mãe. Riu-se, naturalmente. Como tem um nome por baixo, um rosto e é alguém com quem já privei, apenas uns rápidos comentários. O Daniel, apesar dos nobres sentimentos de esquerda que o norteiam, confunde gentileza ou simpatia pessoais com salamaleques amiguistas e videirinhos. Aí, ele é tão de esquerda (ou de direita, whatever) como, por exemplo, os seus colegas de um programa de televisão ou de jornal. Não pretendo ser um gajo porreirinho, sistémico ou, sobretudo, consensual. Não aspiro ao estrelato político ou mediático. O que não abdico é da minha opinião e aqueles (nem que fosse só um) que aqui vêm diariamente, pelos vistos, não a desprezam tanto como à que se manifesta em blogues que mais parecem esquadrões militares com dezenas de "soldadinhos" bem alinhados. Registo (aliás, outra coisa não seria de esperar de alguém que vive dentro do regime) o apreço em que o Daniel tem o novo Cristo da blogosfera portuguesa (grita "o que nos vai na alma") que vai encarnar, em terceiro lugar, numa lista de candidatos a deputados do PS. Já percebi que a criatura possui uma "blindagem" com a qual não posso (nem quero) competir. Também não tenho, felizmente, aspirações a nada. E as únicas carreiras que frequento são as da Carris. Por isso - e agora cito H. Helder de propósito - «chega a mão a escrever negro e, conforme vai escrevendo, mais negra se torna.» Eu sou mesmo só eu, Daniel. Amargo? Sem dúvida. Mas a vida - a real em V. não vive - não é diferente. Aprenda.

Adenda: Num "comentário" a um "comentário" ao seu post, Oliveira apelida-me de «Gonçalves, quadrilheira da bloga.» Ficamos então a saber que ele é, afinal, o "caroço" que faltava a Carolina Patrocínio.

Adenda2: «Sempre gostaria de saber porque é que a sua vida, um funcionário público de topo, é mais real do que a minha. O que sabe dela, para além da sua obsessão pela filiação de cada um? Mesmo sendo o quadrilheiro de serviço na blogosfera, rigorosamente nada.», escreve o Daniel. Infelizmente não sou "de topo" mas tenho muito orgulho em ser funcionário público, quase um anátema e uma capitis diminutio para o regime onde o Daniel se move com tanta facilidade. Matéria, aliás, onde está muito bem acompanhado pelo secretário-geral do PS. Todavia, se o Daniel quiser saber em concreto onde trabalho, pode informar-se junto dos autores de um blogue colectivo de assessores do governo e do PS de onde, por duas vezes, brotaram telefonemas para o telefone fixo do dito trabalho e cujo número eu nem sequer fixei.

18 comentários:

Anónimo disse...

Para uma devida compreensão daquilo que Daniel Oliveira diz recomendo o visionamento deste video:

A HISTORIA DA IDEOLOGIA "POLITICAMENTE CORRECTA".
http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=8630135369495797236

http://www.freecongress.org/

Pedro disse...

Caro João Gonçalves,

Pois é a vida tem destas coisas. O meu amigo fala de uma dada estirpe -- sem o génio do célebre discurso do Alberto Pimenta.

Vem um palhaço e insulta-o. Grande burburinho, pois não usou o meu amigo a mesma palavra noutro contexto? Este ataque é tão lógico como criticar quem usa a faca para comer porque a faca serve também para matar.

Já dizia o Alberto Pimenta:

"é o pequeno filho da puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que
ele precisa
para ser o grande filho da puta,
diz o
pequeno filho da puta."

E tem o Alberto Pimenta muita razão! Fica a sugestão de uma série de citações do célebre discurso de AP.

Cumprimentos,
Paulo

Tiago P. Lima disse...

Deixei o seguinte comentário ao post do Arrastão, a que se refere:
"Este post é, ele sim, uma descarada pulhice".
Será que vai passar ou, como é costume, sofrerá os efeitos do lápis azul dos "bons velhos tempos" em que o dito Daniel, se existisse, seria certamente um magnífico coronel com assento em São Pedro de Alcântara?

Daniel Oliveira disse...

"Também não tenho, felizmente, aspirações a nada. E as únicas carreiras que frequento são as da Carris."

Ui, pois, claro.

Daniel Oliveira disse...

Sempre gostaria de saber porque é que a sua vida, um funcionário público de topo, é mais real do que a minha. O que sabe dela, para além da sua obsessão pela filiação de cada um? Mesmo sendo o quadrilheiro de serviço na blogosfera, rigorosamente nada.

Francisco Adamo disse...

O Daniel Oliveira padece de um mal que não suporta,a irrelevância.
Acantonou-se num grupo de catatuas que repetem ao infinito uma série de chavões que não fazem o menor sentido na época em que vivemos e tem uma completa falta de acuidade na análise política,onde defende vilões com a mesma satisfação com que enterra a faca em gente de valor.
Como se rodeia de menoridades,sente-se aclamado na sua mediocridade narcísica.
Faz parte de um conjunto de peças de barro ordinário,de fabrico em série e julga-se uma porcelana song.

Lili Caraças disse...

Está a ver, Dr. João Gonçalves, está a ver? Estes jagunços, agora, só vão descansar quando o dobrarem. E, depois, ainda há o livro. Sim, o livro! Isso é que eles nunca lhe perdoarão. Acredite no que eu lhe digo: esta saburra só precisava de um pretexto mais do que inócuo para vomitar o seu ódio pela publicação do «Portugal dos Pequeninos». São mesmo malandros!

De nihilo nihil disse...

Estamos a falar do senhor Daniel que é (ou era) amigo do Zé? - Tem a qualidade intelectual que cada um lhe queira atribuir, tal é a abrangência das suas ideias.

Permitam-me que caracterize a atitude do senhor Galamba como resultado de uma intensa convulsão psicológica, quiçá por motivos muito particulares.

Mani Pulite disse...

Este Daniel pertence a que quadrilha?À do Anacleto?À do Hamas?À dos candidatos a candidato do PS?À do Chico Espesso?À dos que enviaram uma carta a pedir um emprego no Banco de Portugal?Ou tão só ao Clube dos Assholes?Ou a todas ao mesmo tempo?Quem tiver respostas que as dê.

Paulo Carvalho disse...

A justificação para a saída do Galamba reside aqui:

http://povileu.blogspot.com/2009/08/festa-brava.html

Anónimo disse...

O que nunca perdoarão ao João Gonçalves é mais fundo do que o próprio terá aflorado (excepto, talvez, nos contornos da "mão negra"). É que se passa que o João Gonçalves tem um estilo. Isso não o podem ter os escreventes de serviço, seja em jornais, blogues ou tertúlias mais ou menos académicas. E como diz o poeta no texto citado "O estilo é a criação da dignidade". O resto é simples dor de cotovelo. Dos escreventes, pois claro.
Siga. Sempre.

sts disse...

Esses filhos duma puta não gostam de funcionários públicos? Mas gostam de mamar nas tetas do Estado. Vão trabalhar.

Cirilo Marinho disse...

Publiquei agora mesmo no arrastão o comnetário que reproduzo.

""Este é filho do outro. [...] Expele exactamente o mesmo estilo de flatulência política do papá."
João Gonçalves

"O que ninguém parece saber é que “Este é filho do outro” quer dizer “é farinha do mesmo saco”."
Comentário 27

"Mas porque carga de água o Galamba se doeu na matéria escapa-me. SiMplexamente defesa de um par ou Galamba já tem avental distribuído?"
Comentário 32

"E para mim uma pulhice é mais grave do que um insulto."
Daniel Oliveira

"João Gonçalves [...]resolveu [...] escrever um post a atacar João Constâncio com o simples argumento deste ser filho de quem é."
Daniel Oliveira

Daniel, quer explicar qual é o seu conceito de pulhice? Inclui a intrepretação de uma expressão fora do contexto, para depois poder insultar livremente? Ou então, olhe, deixe lá, não explique, faça de conta que somos muito sérios, muitos amigos e muito porreiraços.

P.S.: Sobre a parte do insulto - "Até porque João Gonçalves é desses seres que quando está atrás do teclado é de uma violência arrasadora, mas, cara a cara, desfaz-se em simpatia.", até podemos fazer de conta que não lhe chamou cobarde. Já que não usou palavras fortes..."

Já o leio há bastante tempo, mas sem o comentar.

Não posso deixar de demonstrar algum sentimento de solidariedade, dado o descarado ataque do gang.

Até porque ainda é mais grave uma pulhice destinada a permitir o insulto.

Mas enfim, não ter o pensamento alinhado não só cria dificuldades acrescidas no reino das matilhas, como abre espaço para o bullying colectivista.

Era hora de se perder a inocência, de Medeiros Ferreira e Guilherme Oliveira Martins para lá, comem todos à mesma mesa.

Provavelmente, incha, desincha e passa.

Justiniano disse...

Caro Gonçalves-
Difíceis tempos os de hoje onde grandes pensadores têm de partilhar o espaço com a mediocridade.
Deixe-os lá e continue como tem sido que quem anda por aqui, apesar de alguma distracção, sabe ver o valor onde ele se encontra.
Não amargue que não é caso para isso..."old men forget..." ja se sabia...

Diogo Torralva disse...

ora atao o joao nao conhece o filme, o porco filho-de... refere-se ao bom, que assim é agraciado pelo vilão, com uma relação norteada por um codigo não escrito de "amizade" muito propio. Ou seja o post explorava os dois sentidos possiveis da expressão, filho da truta como insulto puro e duro e a expressão ternurenta entre amigalhaçoa dos copos. É como não publicou o post pensei que tivesse levado para o campo do insulto, não querendo manchar a nossa amizade se disso for caso as minhas desculpas.


Diogo Torralva

Nuno Castelo-Branco disse...

O sr. Oliveira, mais um republicano "herdeiro" que ascende pela genética do sr. Herberto Hélder. Enfim, as contradições daqueles que nos atiram pedras.

Não ligues, Jonas, não ligues...

Justiniano disse...

O Galamba já há muito que a tinha preparada, ressabiado...esperava apenas a oportunidade e quiçá fazer uns pontos nas hostes do Inginheiro ( a coisa tinha de ser bem gizada, ainda que em cima do joelho, à laia da punh..e sem pés nem cabeça. Mas de algum modo fazer sentido nas moleirinhas da tropa).
E logo que cheirou a oportunidade-vou-me a ele, e saio envolto em louros- a despeito do filho de um marajá do regime, pessoa de grande influencia na corte, assim à laia de custódio dos anões.
Bem! Não vale a pena esmorecer que não é caso para isso. Só não cheguei a perceber o porquê do abandono do jamais...???

Daniel Oliveira disse...

"O sr. Oliveira, mais um republicano "herdeiro" que ascende pela genética do sr. Herberto Hélder. Enfim, as contradições daqueles que nos atiram pedras."

Vê, Gonçalves. O senhor faz escola.