Por falar em "estação estúpida", e citando um conhecido comentador de televisão, não lembra ao careca, a semanas de eleições, começar a distribuir pelas caixas de correio dos reformados remediados - da classe média-baixa - liquidações de IRS que, na prática e sem demasiadas considerações técnicas, representam um aumento brutal em relação ao que tiveram de pagar o ano passado essencialmente por causa da redução da dedução específica até à sua pura eliminação a partir de determinado limite. Isto começou em 2006 e agravou-se progressivamente em 2007 e 2008. É só ler o artigo 53.º do Código do IRS nas alterações introduzidas pelas leis orçamentais para estes exercícios. Nenhum destes crânios da propaganda oficial e oficiosa diz nada sobre esta extraordinária "visão social" do apoiado? Isto é que é verdadeiramente obrigar o eleitorado "a assumir compromissos" e não o contrário, como clama esta luminária excelentíssima recentemente chegada ao PS. Qualquer agente infiltrado da oposição não faria seguramente melhor. Pensem nisto.
Adenda: Este artigo de António Bagão Félix sobre a pobreza.
4 comentários:
há 50 anos quando iniciei a minha vida profissional
deixei de ouvir a expressão
«puerca cosa sucia»
Não sei bem o que seja uma luminária, mas se há coisa em que eu acho a língua portuguesa brilhante é nas expressões da ironia: luminárias e crânios são verdadeiras jóias linguísticas com que tão bem e mordazmente podemos classificar a mediocridade de quem nos (des)governa. Ó luminárias ensandecidas!
Tem toda a razão quanto às luminárias do PS, mas repare que as luminárias ou os luminários do PSD não lhes ficam atrás. É difícil discutir ideias quando há carreirismos e outros interesses, senão para eles, para outros por procuração, por detrás da cortina. Mas é claro que a política é isso mesmo: luta de interesses. O problema é as coisas são feitas "à traição", digamos assim, o que torna este mundo num lugar muito dificil de governar, pelo menos este pequeno mundo português.
Posso testemunhar o forte ataque do fisco aos pensionistas. Em três anos, altura em que se inverteu a situação recebedor/pagador, sem quaisquer outros rendimentos, apesar da subida da conta da farmácia, as entregas sobem exponencialmente. O futuro anunciado nos cartazes é o nivelamento por baixo. Sem apelo nem agravo se esta corja continuar.
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