4.8.09

AS ESCOLHAS


Uma das boas notícias que, parece, vai sair do conselho nacional do PSD dedicado às listas é o fim da Quadratura do Círculo. De resto, a presidente do partido - à semelhança do que aconteceu com todos os anteriores presidentes do PSD a começar por Sá Carneiro - escolheu quem muito bem entendeu escolher para candidato a deputado. Já o disse atrás e repito. É irrelevante a não ser para a intendência "laranja". O país não vai votar ou deixar de votar em Ferreira Leite por causa de lá estar este ou aquele ou por deixar de lá estar este ou aquele. Por exemplo, alguém de boa-fé estava à espera que a senhora deixasse "passar" Passos Coelho e um ou outro dos seus apoiantes? Ou que deixasse de fora o seu amigo António Preto que, de acordo com os critérios em vigor no regime, não está condenado por qualquer sentença transitada em julgado? Ou que não desafiasse Pacheco Pereira - ou ele a ela - para encabeçar a lista do distrito onde, qual formiguinha paciente, presta um verdadeiro serviço público de carácter nacional? Ou que não aceitasse a presença da extraordinária antiga vereadora Helena Lopes da Costa, recompensando-a com uma recandidatura por um não menos extraordinário mandato como deputada da nação? Ou que não fosse buscar ex-colegas de governo de outra encarnação para dar cor e cãs às listas? Ou que não aproveitasse a prolixa Zezinha Nogueira Pinto que começou como assessora do não menos prolixo Adriano Moreira, daí foi a sub-secretária de Estado da cultura de Santana Lopes com Cavaco, depois passou pelo CDS e saiu, foi vereadora do CDS em Lisboa e saiu, e acabou a declarar apoio ao dr. António Costa na mesma Lisboa onde ele é presidente recandidato contra precisamente Pedro Santana Lopes? Não, ninguém de boa-fé pode apontar um dedo à presidente do PSD pelas escolhas feitas. São as dela.

10 comentários:

Anónimo disse...

Ninguém de boa-fé pode apontar um dedo às escolhas feitas? Por serem as dela? Que raciocínio extraordinário. Ninguém pode criticar as escolhas dos putativos deputados por terem sido escolhas da presidente do PSD? Ou seja, não posso criticar as escolhas de certos candidatos a deputados pelo PSD apenas por serem escolhas de MFL? Essa agora! Caro João: penso que há alguma coisa que não está bem explicada neste seu post.

Toninho disse...

Boas.

Meu caro João Gonçalves.

Fale-se do que se falar sobre as "escolhas" de Manuela Ferreira Leite, a minha será sempre muito mais importante.

Não a ter como "escolha".

Lamento.

Cumprimentos.

Toninho.

Mani Pulite disse...

Saíram muitos dos que deviam sair,sobretudo os que tiveram grandes responsabilidades no desastre do Governo Barroso.Os pupilos do Ângelo e de muitos barões regionais também não fazem falta.Muita gente que devia entrar não entrou,sobretudo gente que é uma referência na oposição ao Socialismo.E entra gente que não devia nunca entrar porque tem sérios problemas com a Justiça.Este é o lado mais negativo porque dá o sinal errado acerca das prioridades de MFL no Governo.É por aí que o PS vai entrar, cantando o fado "Somos Todos Iguais", e o Louçã aproveitar.Quanto à Zézinha é só para chatear o Portas o que não faz mal.Com tudo isto, toda a vigilância dos cidadãos será pouca depois de 27 de Setembro.Sobretudo de todos os que votarem PSD.O tempo dos cheques em Branco já passou.Hoje vivemos o tempo dos cheques Carecas.

Anónimo disse...

Apesar de entender MFL, acho que "isto" vai continuar entregue à bicharada xuxa. Nos tempos que correm, um "rassemblement" não faria mal a ninguém, com os mesmos argumentos de "por causa de estar lá" ou "deixar de lá estar". Por muito irrelevante que Passos Coelho seja (que é) e outros, todos juntos,neste tempo so-cretino, podem fazer irremediavelmente mossa.

Eu acho que, de facto, o que MFL quer é uma derrota honrosa que obrigue o peiésse a resolver o molho de bróculos em isto está.

E, se calhar, tem razão. Já apanhou com a fava em 2002-2004.

PC

douro disse...

Há muita ironia no seu post. Talvez em demasia. Mas é o seu post e "ninguém lhe pode apontar um dedo".
Saudações

Anónimo disse...

O serviço público de Pacheco Pereira é inflacionado pelo seu mediatismo. Quantos não são os que, silenciosa e anonimamente e sem direito a parangonas e panegíricos e propaganda em causa própria, se dedicam a serviço público de maior monta? Para quem conhece a realidade do país fora de Lisboa e Porto são inúmeros. Chamar serviço público a um blog onde livros se misturam com pins do psd e autocolantes da cdu em péssimas reproduções, tudo amontoado de uma forma caótica e amadora... chamar serviço público a isto é demasiado... se falarmos da biblioteca... bom, aí poderemos falar de serviço público. Mas em Portugal, o que nunca faltaram foram pessoas que doaram as suas bibliotecas, riquíssimas. Menos hagiografia é o que se pede em relação ao próximo presidente da cãmara de Santarém onde todos esperamos para ver de que obra é capaz. Isto se Santarém não for apenas um trampolim para outros voos.

Obrigado pela atenção.

iupi disse...

pode-se por isso mesmo: por serem as escolhas delas e da sua vontade é que se pode apontar o dedo.

muito boas razões para escolher quem escolheu, diz você..
mas compreende as razões ou apoia?

a diferença é grande.

Anónimo disse...

Caíu a máscara: a presidente do PSD é uma megera. Ressabiada, odienta, medíocre.

ferreira disse...

A escolha da Zezinha Nogueira Pinto foi a a gota que fez transbordar o copo.
Não é dramático.
O meu voto é apenas menos um voto.
Bastaria a inclusão de uma de 3 senhoras nas listas para que isso acontecesse: a Zezinha, a Beleza ou a Roseta Coligatória.
Foi a primeira.
É quanto basta.

Anónimo disse...

Com estas listas, o meu também é «menos um».
Mas um voto só, certamente, não fará diferença nenhuma.