8.4.09

DIREITO DE RESPOSTA


Em relação a este post, o deputado Paulo Pedroso enviou-me o seguinte email:

Não lhe escrevo para comentar a sua opinião sobre a minha candidatura, que tem todo o direito de a ter, embora preferisse que tivesse outra. Apenas para lhe dar conta de questões de facto que seguramente desconhece porque não acredito que me tenha posto em "para-quedas" de má fé. Não precisa de chegar a dados da minha vida pessoal, bastam os políticos, públicos e notórios: fui membro da Assembleia Municipal de Almada (1993-1997), encabecei a lista do PS à Assembleia Municipal de Almada em 1997, sou deputado pelo distrito de Setúbal desde 1999. Não me atire com o para-quedas, que não tem factualmente razão.

Cumprimentos
Paulo Pedroso

Fica feito o esclarecimento e o meu pedido de desculpas apenas por aquilo em que, factualmente, não tenho razão.

17 comentários:

Anónimo disse...

Vá lá. Pelo menos, lá diz o ditado popular que "quem sente é filho de boa gente". Bem haja o candidato e o mea culpa do João.

Anónimo disse...

Modestamente, na "parte que me toca", fiquei absolutamente esclarecido. Aliás nunca tive qualquer dúvida, e se dúvidas houvesse!!!

A


Rui

Apenas para apreciadores:
Antony And The Johnsons - "For Today I Am A Boy"

Anónimo disse...

Tem imensa piada.... Mas o facto é que ele mora na Rua de S. Bento, não em Almada...

Isaac Baulot disse...

fui membro da Assembleia Municipal de Almada (1993-1997), encabecei a lista do PS à Assembleia Municipal de Almada em 1997

Isso só significa que já tem cargos relacionados com Almada há muito tempo, mas continua a não ser de Almada.
O PS, a mim, fez-me membro do Conselho de Administração de uma empresa. Nunca lá fui, nem sei onde fica, apenas recebo uma transferência bancária.
Mas não espero ser eleito para a Comissão de Trabalhadores.

Anónimo disse...

Depois de o PM ter dito em congresso que era o povo quem tinha a palavra, querendo dizer aquilo que todos sabemos que queria dizer sobre o caso Freeport (uma "felgueirização" das legislativas), no lugar de Paulo Pedroso nunca concorreria, sob pena de, perdendo, sair da eleição com uma espécie de sentença popular na mão.

Anónimo disse...

A questão desta candidatura não é, de facto, um caso de paraquedismo... Nascido e criado... igual a competência! É o que se tem visto, noutros casos. A questão é só que é um perfeito disparate. Vamos confirmar daqui a meses.

PC

A.Teixeira disse...

Porque é muito rara a prática, deixe-me felicitá-lo pela atitude, João Gonçalves.

Agora, preceder da expressão "apenas" aquilo em que factualmente não tinha razão parece-me ser modéstia sua, e em excesso.

É que creio que a sua ignorância sobre os factos destruiu o seu retrato de Paulo Pedroso e, com isso, a base em que apoiou toda a sua argumentação.

João Gonçalves disse...

Não, Teixeira, não "destruiu". Leia outra vez, nomeadamente a aproximação entre o "ferrismo" (algum) com o "socratismo" e a humana e politicamente necessária vontade de PP em ser "julgado" tão-somente em função de um "programa", neste caso, autárquico. Para seguir mais alto e em frente. É preciso explicador?

Anónimo disse...

Outro moral da história:
Independentemente dos factos e contra-factos em causa, apenas assinalar que há gente de "peso" que se preocupa com o blog, "Portugal dos Pequeninos". Apenas uma palavra de incentivo, ao autor do blog, para que não lhe doam nunca os dedos e que o espírito se mantenha de igual forma acutilante...

Isaac Baulot disse...

Posts semelhantes ao seu, criticando o paraquedismo de Paulo P., já os li em vários blogs, mas penso que foi o único a ter direito a resposta do próprio Paulo P.
Será por se tratar do Portugal dos pequeninos?

joshua disse...

Eu compreendo muito bem Paulo Pedroso. O paraquedismo político é um apodo desagradável e pode até ser injusto: embora muitos deputados tenham um vínculo com a localidade/região/distrito pelos quais integram as listas e que não passa de uma coisa muito superficial e formal, fica demonstrado que há um claro vínculo entre PP e Almada.

O resto mantém-se válido. Porque se PP não cai de pára-quedas em Almada, Almada não deixa de ser uma rampa de lançamento para uma ressuscitação política de outro alcance. Nesse caso, Paulo Pedroso é um foguetão político à espera do 'liftoff'. O problema é que este tipo de lançamento é de uma imprevisibilidade e de um risco notáveis para uma nave com esta envergadura, danificada como está com o que todos sabemos.

Nunca duvidei dos méritos e potencial políticos de PP, mas, tal como muitos portugueses e almadenses, também questiono o software e o lastro que se acomodam nessa nave espacial.

fado alexandrino. disse...

sou deputado pelo distrito de Setúbal desde 1999.

Tinha que ser por algum lado, também o poeta é por Coimbra, outro qualquer será pela Guarda.
É igual.
Só valia a pena ser diferente se copiassem o modelo inglês.
Assim tanto faz.

Se se perguntar a qualquer eleitor (incluindo eu próprio) quem é o eleito em segundo lugar pelo distrito, iria ser cómico ouvir as respostas.

Pedro disse...

Pronto, não foi de paraquedas, foi de parapente.

A.Teixeira disse...

Não, Gonçalves, não preciso de explicador, que o assunto não precisa de explicação e eu fiquei com a suspeita, pelo tom da sua pergunta, que seria o próprio Gonçalves a ter o topete de propor-se assumir tal papel… Imagine lá que eu o tinha na conta de um brincalhão que escreve estas coisas galhardas mas conjugado com a virtude de estar seguro sobre o que aqui escrevia…

Mas, repito-lhe, a sua atitude é bonita. É a segunda melhor atitude a adoptar quando se é assim apanhado em falso. A melhor atitude é… ser-se rigoroso e não se ser apanhado em falso.

João Gonçalves disse...

O Teixeira continua a não querer ler o post. A peripécia de ser em Almada ou na Guarda é secundária em relação ao que penso que é o fundamental - do ponto de vista político e só neste - na análise da candidatura de PP. Imagino que não acredita que PP vai "salvar" Almada ou transformar as praias na "Côte d´Azur" da margem sul...É provável que ele também seja candidato a deputado. E por aí fora. Se eu retirar as referências ao para-quedas, o post continua a fazer precisamente o sentido que eu lhe quis dar. É para ele (o sentido) que eu questionei se era preciso explicador. Está, pois, dada a explicação. Ponto final.

Anónimo disse...

Não mora em Almada nem no Distrito de Setúbal.

Passa pelo Distrito a grande velocidade durante as campanhas eleitorais e quando vai a caminho do Sul. Ou então quando o avião "dá a voltinha" antes de aterrar na Portela (+0).

De facto não é para-quedista. É aviador.

fado alexandrino. disse...

Não mora em Almada nem no Distrito de Setúbal.

Tem exemplo.
O A.Costa mora em Sintra e agora é presidente da câmara de lisboa.