Maria da Glória Garcia - o nome indicado pelo PSD para ir a votos na cansativa escolha do Provedor de Justiça - foi minha professora. É uma eminente jurista, uma brilhante intelectual e um bom ser humano. Julgo ser injusto para ela - e para o Prof. Jorge Miranda, o "candidato" do PS - a contenda a que se vai sujeitar no parlamento. Como o Provedor é eleito pelos deputados independentemente dos partidos de que são oriundos, qualquer deles preenche plenamente os requisitos para ocupar o cargo. Diga-se porventura o mesmo de outras candidaturas. Todavia, a minha preferência pessoal (que não interessa nada para o caso) mantém-se em Jorge Miranda por razões já explicadas. Para além de considerar esdrúxulo o argumentário do Paulo Rangel relativo ao candidato do PC. Então Jorge Miranda não é "altamente credível", Paulo?
8 comentários:
Desde que não "bisgue" em demasia, acho bem. Tenho sempre aquela imagem dele a dar-me uma "descasca" no exame, por causa de eu espernear tanto contra os famigerados "limites materiais". Babou-se todo para cima da merdosa Constituição de 1976 . Limitei-me a sorrir.
Estávamos em 1980. Outros tempos...
A cisma do Rangel com o Prof. Miranda são zangas de comadres da mesma cátedra: “O Direito Constitucional.” O Rangel não tem grande consideração pela obra do Prof. Jorge Miranda e considera – o um doutrinário medíocre. Quando ele amadurecer um pouco mais isso passa -lhe.
O senhor toca com elegância no ponto fulcral deste problema.
Nenhum dos nomes citados devia aceitar o “ir a votos”.
Esta devia ser uma escolha unânime.
Não é uma escolha de mercearia, ou então significa que este alto cargo não tem importância nenhuma.
Se assim for, retiro o que disse.
É triste que o Jó Mi e a Glorinha sejam atiradas para a lama, numa discussão partidária.
São dois grande académicos e ambos dariam belíssimos provedores de Justiça.
A única coisa boa disto é que garante que teremos um belíssimo provedor de justiça.
O Miranda faz parte da direita "amiguinha" que você,João,tão bem tem denunciado.Só assim se explica a maneira como se deixou utilizar por Sócrates e pelo PS nesta questão do Provedor.É nestes momentos históricos que se descobre a verdadeira identidade das pessoas.
Não concordo.
Maria da Glória Garcia também foi minha professora, e subscrevo o que diz. É a propósito de uma coisa tão simples como esta, ou seja, ter tido professores desta craveira, que sinto pena de Sócrates.
E não haverá nenhuma televisão interessada em promover uma mesa-redonda com tão ilustres candidatos? Como os vejo capazes de resistir à partidarite, é bem possível que dessa troca de impressões saísse uma excelente reflexão sobre a realidade do nosso país...
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