Eduardo Prado Coelho, no seu "diário", escrevia às tantas que apreciava imaginar o país governado por Vítor Constâncio. Todavia, as qualidades "pessoais" do homem não chegavam para a empresa. Nem parra, nem uva. Na dúvida, EPC preferia não arriscar. Vem isto a propósito da barreira que se coloca invariavelmente em torno do agora governador do Banco de Portugal. Constâncio é um mistério, uma estátua do Comendador do regime. Sócrates - que não é propriamente um sibilino - veio explicar que a "hora" não era a de malhar no "regulador" mas sim no "prevaricador". Quem está "por fora" - nós, os portugueses (perdoe-me, Maria Filomena, a toponímia) - tem alguma dificuldade em entender, não que o "prevaricador" tivesse prevaricado (a trafulhice está no sangue daquela gente), mas que o "regulador", só depois de a evidência se ter tornado escandalosa, tivesse aparecido com aquele ar de marido enganado. Constâncio é um homem sério e não é isso que está em causa. A nós, os portugueses, interessa fundamentalmente saber para que é que ele serve. Se é só para certificar os "défices" de acordo com o "perfume" do momento, qualquer gabinete de contabilidade satisfaz e é mais barato. Constâncio falhou como "regulador" do sistema bancário nacional. E não é Sócrates que o desmente. É a realidade.
1 comentário:
O ignorante do engenheiro que nunca leu a Lei Orgânica do BdP falou em "regulador" e toda a maralha passou a referir-se ao BdP como "regulador".
Entre um "regulador" e um supervisor vai uma grande diferença.
Talvez o equívoco do ignorante engenheiro resulte do facto de o presidente do BdP se comportar como alguns "reguladores" que conhecemos, como um homem de mão do Governo...
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