Em três televisões, três entrevistas. Constâncio foi à RTP. Jerónimo à TVI e Rui Patrício, o derradeiro MNE do Estado Novo, tentou falar com Mário Crespo na SIC-Notícias. Ainda cheguei a tempo - os outros dois "crónicos" não me interessam nada - de ouvir Patrício perguntar a um Crespo que lhe "atirara" (e que puxou de um calhamaço qualquer) com a opinião da "diplomacia americana" sobre o Portugal de então, se a diplomacia dos EUA serve de exemplo para quem quer que seja. Sobretudo depois do Iraque. O ex-alferes Crespo ficou com aquele sorriso improvável que teve ocasião de exibir, há dias, nas ruas Washington, quando andou de braço dado com Costa Ribas a celebrar Obama para a tv do dr. Balsemão. Um sorriso, como ele mesmo diria, a não perder.
10 comentários:
O ex-alferes Crespo tornou-se o instrumento de um poder que usa a insinuação reles para abater os que ainda conseguem fazer-lhes frente. As prestações de Crespo só degradam o jornalismo português. A caricata cena que fez pelas ruas de Washington, quando Obama ganhou, é Crespo no melhor das figuras ridículas que costuma fazer no Canal do Governo (SIC).Ele e Vitalino fazem uma parelha de luxo e estão bem um para o outro. Os dois são a imagem deste PS sem escrúpulos que, de tão inseguro que está, vê ameaças por todo o lado. Um PS que precisa do Crespo para seu defensor deve estar mesmo muito mal.
Se serve de exemplo não sei, mas talvez isso não seja o ponto, visto que:
- que se saiba, e birras à parte, a diplomacia americana era vista com toda a atenção pelo Estado Novo, como seria natural;
- seria, por isso, bem mais construtivo saber a visão que o Estado Novo tinha da diplomacia americana, do que dar uma opinião subjectiva sobre a "qualidade" da mesma;
- perdeu-se assim, a possibilidade de se obter alguns esclarecimentos de inegável valor histórico,
Só sobrou, talvez, o conhecimento da maneira como estes assuntos eram tratados;
- Além disso, os "canhões" estão do lado dos USA, ou pelos menos eles assim pensam, o que facilita a tomada de posições diplomáticas por parte deles;
- Daí que esse tipo de opiniões por parte dos USA não sejam se estranhar ....
O pior de tudo é que o Mário Crespo, apesar de bastante fraco intelectualmente e excessivamente graxa, ainda consegue ser dos melhores """"""""jornalistas""""""""" da televisão portuguesa...em terra de cegos, quem tem um olho é rei!
Quem consome notícias pretende conhecer factos relevantes apresentados de forma tão "crua", tão imparcial quanto possível. Acho eu!
Pode haver espaço para a "opinião" nos diversos meios de comunicação, desde que esse espaço esteja totalmente identificado.
Nesse sentido para um jornalista, a independência e a credibilidade deviam ter um valor fundamental, essencial para o desempenho da sua profissão. Que crédito se pode dar a uma notícia se desconfiarmos das intenções de quem a transmite?
É espantosa a facilidade com que uma esmagadora maioria dos jornalistas "vendem" a sua imparcialidade e, como consequencia, a sua credibilidade, tão facilmente, como foi evidente na eleição de Obama.
Depois querem que os portugueses vejam e comprem notícias.
É curioso que não se comente o que disse Rui Patrício. Está-me a perecer que afinal os entrevistadores televisivos têm razão: são eles os "artistas" nas entrevistas, enquanto que os entrevistados são mero pretexto para os fazerem brilhar.
Rui Patrício surpreendeu-me positivamente. Tinha dele a ideia de ser apenas uma figura decorativa do regime.
Ontem convenci-me que não. Tanto quanto M. Crespo deixou, R.P. pareceu-me um homem de convicções, um homem recto que, ao contrário de outros, não finge pensar o que não pensa, e não tenta disfarçar os seus actos passados com tretas equívocas.
Uma pena não termos ouvido mais.
O Crespo é execrável em todos os aspectos. É lambe-botas, fingido, oportunista, petulante, intolerante, mau jornalista, faccioso, antipático, presunçoso, ignorante e falso. Desde que trabalha nas televisões, primeiro na estatal (onde mostrou bem a sua verdadeira face, até que foi de lá corrido por indecente e má figura), depois nesta privada à custa da monumental cunha do Rangel - outro que é fresquíssimo - e já lá anda há tempo demasiado sabe-se lá porquê mas imagina-se, limitou-se a vestir a capa da moderação como lhe convém, espertalhão que é, já que o patrão é o Balsemão e lhe paga bem, mas sem contudo enganar ninguém,
para segurar o lugar e simultâneamente levar a água ao seu moínho, ardilosamente enviesando quando não enxovalhando cìnicamente a pessoa e o discurso de quem tem à sua frente mas que não é da sua cor política, que afinal é nenhuma visto ser um mercenário do jornalismo. Quando ele finge fazer (quase) o mesmo "teatro" prèviamente encenado com os dele, que aliás lhe tecem sempre rasgados elogios, pois concerteza, é só para convencer os incautos e iludir os ingénuos, tentando mostrar que é "muito independente e muito competente" na sua profissão. É uma nódoa completa, um perfeito nojo.
Infelizmente não vi a entrevista porque estava a ver o outro "verdadeiro democrata" noutro canal, mas calculo a "bela peça" que dela terá saído. Todavia gostava de a ter visto - talvez alguém a coloque na blogosfera - sobretudo para ouvir R. Patrício, mas também para mais uma vez confirmar o contorcionismo à mistura com o cinismo habitual que esta inacreditável criatura pratica com todos aqueles que não são da sua (pretensa) cor politica.
Parabéns pelo seu escrito.
Maria
Só lamento é que já não estejam vivos os que poderiam dar resposta adequada, se estivessem com disposição para o fazer, às atitudes assumidas por muito canalha, às patacoadas que muito emergente do 25 de Abril ousa bolsar.
O Mário Crespo é fraco? Bom por esta não esperava. É que se assim for mais vale desligar a televisão, porque o resto...
Não considero Crespo um jornalista do regime, mesmo que muitas vezes não esteja de acordo com as opiniões dele. Ele até não foi incómodo para o R.Patrício e trouxe-nos mesmo um pouco de história. Dizia Patrício: falemos de coisas positivas e actuais...
Caro João Gonçalves,
No arquivo
http://www.ena.lu/
poderá ter o prazer de ler o discurso de Rui Patrício a quando da assinatura do acordo comercial entre PT e EU, em 1972. Não deixa de ser educativo, sobretudo para mostrar que as ideias de génio dos grandes pais da terceira república, eram afinal partilhadas pela diplomacia da segunda...
Cumprimentos,
Paulo
Enviar um comentário