24.11.08

O EX-ALFERES E O VELHO MINISTRO


Em três televisões, três entrevistas. Constâncio foi à RTP. Jerónimo à TVI e Rui Patrício, o derradeiro MNE do Estado Novo, tentou falar com Mário Crespo na SIC-Notícias. Ainda cheguei a tempo - os outros dois "crónicos" não me interessam nada - de ouvir Patrício perguntar a um Crespo que lhe "atirara" (e que puxou de um calhamaço qualquer) com a opinião da "diplomacia americana" sobre o Portugal de então, se a diplomacia dos EUA serve de exemplo para quem quer que seja. Sobretudo depois do Iraque. O ex-alferes Crespo ficou com aquele sorriso improvável que teve ocasião de exibir, há dias, nas ruas Washington, quando andou de braço dado com Costa Ribas a celebrar Obama para a tv do dr. Balsemão. Um sorriso, como ele mesmo diria, a não perder.

10 comentários:

Anónimo disse...

O ex-alferes Crespo tornou-se o instrumento de um poder que usa a insinuação reles para abater os que ainda conseguem fazer-lhes frente. As prestações de Crespo só degradam o jornalismo português. A caricata cena que fez pelas ruas de Washington, quando Obama ganhou, é Crespo no melhor das figuras ridículas que costuma fazer no Canal do Governo (SIC).Ele e Vitalino fazem uma parelha de luxo e estão bem um para o outro. Os dois são a imagem deste PS sem escrúpulos que, de tão inseguro que está, vê ameaças por todo o lado. Um PS que precisa do Crespo para seu defensor deve estar mesmo muito mal.

Anónimo disse...

Se serve de exemplo não sei, mas talvez isso não seja o ponto, visto que:

- que se saiba, e birras à parte, a diplomacia americana era vista com toda a atenção pelo Estado Novo, como seria natural;

- seria, por isso, bem mais construtivo saber a visão que o Estado Novo tinha da diplomacia americana, do que dar uma opinião subjectiva sobre a "qualidade" da mesma;

- perdeu-se assim, a possibilidade de se obter alguns esclarecimentos de inegável valor histórico,
Só sobrou, talvez, o conhecimento da maneira como estes assuntos eram tratados;

- Além disso, os "canhões" estão do lado dos USA, ou pelos menos eles assim pensam, o que facilita a tomada de posições diplomáticas por parte deles;

- Daí que esse tipo de opiniões por parte dos USA não sejam se estranhar ....

Anónimo disse...

O pior de tudo é que o Mário Crespo, apesar de bastante fraco intelectualmente e excessivamente graxa, ainda consegue ser dos melhores """"""""jornalistas""""""""" da televisão portuguesa...em terra de cegos, quem tem um olho é rei!

Anónimo disse...

Quem consome notícias pretende conhecer factos relevantes apresentados de forma tão "crua", tão imparcial quanto possível. Acho eu!
Pode haver espaço para a "opinião" nos diversos meios de comunicação, desde que esse espaço esteja totalmente identificado.
Nesse sentido para um jornalista, a independência e a credibilidade deviam ter um valor fundamental, essencial para o desempenho da sua profissão. Que crédito se pode dar a uma notícia se desconfiarmos das intenções de quem a transmite?
É espantosa a facilidade com que uma esmagadora maioria dos jornalistas "vendem" a sua imparcialidade e, como consequencia, a sua credibilidade, tão facilmente, como foi evidente na eleição de Obama.
Depois querem que os portugueses vejam e comprem notícias.

Ritinha disse...

É curioso que não se comente o que disse Rui Patrício. Está-me a perecer que afinal os entrevistadores televisivos têm razão: são eles os "artistas" nas entrevistas, enquanto que os entrevistados são mero pretexto para os fazerem brilhar.

Rui Patrício surpreendeu-me positivamente. Tinha dele a ideia de ser apenas uma figura decorativa do regime.
Ontem convenci-me que não. Tanto quanto M. Crespo deixou, R.P. pareceu-me um homem de convicções, um homem recto que, ao contrário de outros, não finge pensar o que não pensa, e não tenta disfarçar os seus actos passados com tretas equívocas.
Uma pena não termos ouvido mais.

Anónimo disse...

O Crespo é execrável em todos os aspectos. É lambe-botas, fingido, oportunista, petulante, intolerante, mau jornalista, faccioso, antipático, presunçoso, ignorante e falso. Desde que trabalha nas televisões, primeiro na estatal (onde mostrou bem a sua verdadeira face, até que foi de lá corrido por indecente e má figura), depois nesta privada à custa da monumental cunha do Rangel - outro que é fresquíssimo - e já lá anda há tempo demasiado sabe-se lá porquê mas imagina-se, limitou-se a vestir a capa da moderação como lhe convém, espertalhão que é, já que o patrão é o Balsemão e lhe paga bem, mas sem contudo enganar ninguém,
para segurar o lugar e simultâneamente levar a água ao seu moínho, ardilosamente enviesando quando não enxovalhando cìnicamente a pessoa e o discurso de quem tem à sua frente mas que não é da sua cor política, que afinal é nenhuma visto ser um mercenário do jornalismo. Quando ele finge fazer (quase) o mesmo "teatro" prèviamente encenado com os dele, que aliás lhe tecem sempre rasgados elogios, pois concerteza, é só para convencer os incautos e iludir os ingénuos, tentando mostrar que é "muito independente e muito competente" na sua profissão. É uma nódoa completa, um perfeito nojo.
Infelizmente não vi a entrevista porque estava a ver o outro "verdadeiro democrata" noutro canal, mas calculo a "bela peça" que dela terá saído. Todavia gostava de a ter visto - talvez alguém a coloque na blogosfera - sobretudo para ouvir R. Patrício, mas também para mais uma vez confirmar o contorcionismo à mistura com o cinismo habitual que esta inacreditável criatura pratica com todos aqueles que não são da sua (pretensa) cor politica.
Parabéns pelo seu escrito.
Maria

Anónimo disse...

Só lamento é que já não estejam vivos os que poderiam dar resposta adequada, se estivessem com disposição para o fazer, às atitudes assumidas por muito canalha, às patacoadas que muito emergente do 25 de Abril ousa bolsar.

Unknown disse...

O Mário Crespo é fraco? Bom por esta não esperava. É que se assim for mais vale desligar a televisão, porque o resto...

Anónimo disse...

Não considero Crespo um jornalista do regime, mesmo que muitas vezes não esteja de acordo com as opiniões dele. Ele até não foi incómodo para o R.Patrício e trouxe-nos mesmo um pouco de história. Dizia Patrício: falemos de coisas positivas e actuais...

Pedro disse...

Caro João Gonçalves,

No arquivo

http://www.ena.lu/

poderá ter o prazer de ler o discurso de Rui Patrício a quando da assinatura do acordo comercial entre PT e EU, em 1972. Não deixa de ser educativo, sobretudo para mostrar que as ideias de génio dos grandes pais da terceira república, eram afinal partilhadas pela diplomacia da segunda...

Cumprimentos,
Paulo