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Há um momento em que tudo mudou
e ainda tudo se move como se movia.
Um momento em que barcos veleiros
atingem os portos com mercadorias
e já um veloz barco de caldeira
acossa um capitão demandando outra ilha.
Um momento para a ordem antiga
suster um mando que não é governo,
saudar com taças os que vão perder,
os que vai perder, os que vão perdê-la.
E a ordem nova caminha por vitórias
para esse holocausto, por essa quimera
que nos faz mudar o que já viveu,
que nos faz viver o que já mudou.
Joaquim Manuel Magalhães, Segredos, Sebes, Aluviões, 1985
2 comentários:
Encontrar o JMM é uma surpresa. Para quando um poema do António Franco Aexandre?
também gosto de Turner.
só não mudam as regateiras socialistas (deputados, ministros, etc). tal como a etimologia estão sempre a vender o mesmo artigo, ainda que deteriorado, por preço diferente
radical livre
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