5.11.08

PARA NADA

Por causa de Obama, não se prestou a devida atenção ao Parlamento doméstico. Nele, a deputação e o governo começaram a discutir o orçamento de Estado para o ano eleitoral e o "enquadramento" legal das nacionalizações. Como se estivéssemos de volta a 75 na desastrosa "saison" 2008/2009 que se avizinha. Parece que o PS do dito Parlamento e o PS no governo não se entenderam por causa das nacionalizações. Alegre fez o seu tradicional papel de moralista de serviço à esquerda. Consta que membros do governo até se dispuseram a alterar "à mão" e na hora o projecto legal para não incomodar o bardo. Aí, o PS parlamentar zangou-se com o PS governamental representado pelo fantástico dr. Lacão. E vice-versa. Tanto teatro, e do mau, para nada.

8 comentários:

Anónimo disse...

vim a ouvir o resumo da discussão do orçamento pela TSF no regresso a casa, vindo do trabalho. tenho de admitir que quem me visse de fora julgaria que estava a ouvir a prova oral na antena 3 ou um outro qualquer programa humorístico...

no fim dos risos, senti-me envergonhado pelo nível da discussão na nossa Assembleia...

joshua disse...

Foi uma bela encenação de decência que pariu a bosta nula do costume.

Anónimo disse...

Desse antigo ajudante de ordens do dr. Soares alguém dizia, há muitos anos, que a ocasião faz o Lacão. Ora, aí está ele neste jogo de conveniências e aparências. Já se precebeu, por esta confusão, que não é para repor a tal confiança de que tanto gosta de falar o ministro das Finanças, mas para tramar uns quantos . Para já, uns são já conhecidos; outros, ver-se-á mais tarde.

Anónimo disse...

Ao abrir a milhares de quilometros de distancia a edicao do DN on-line (http://dn.sapo.pt/2008/11/05/economia/miguel_cadilhe_garantiu_de_milhoes_e.html) deparo com estes dois titulos sobrepostos...


- Miguel Cadilhe garantiu PPR de 10 milhões de euros

- Mais 111 mil pessoas vão receber o salário mínimo

Tendo saido de Portugal ha muitos anos, costumo dizer, que antes de tudo o mais, o que encontrei no pais de me acolheu, foi muito mais precioso que um nivel de vida superior ao que teria em Portugal; encontrei, aqui, um pais do qual que tenho podido orgulhar.

Nao compreendo como estes dois titulos juntos nao causem vergonha a quem tinha a responsabilidade disso.

Anónimo disse...

Há doenças que demoram (muito) a curar : a 'sarna' é uma delas ; outra é o Manuel Monteiro.

Alberto João Jardim, quando 'evitou' que Cavaco Silva fosse à Assembleia Regional, na Madeira, com o argumento que 'aquilo era um bando de loucos', afinal, tinha razão, muita razão.

Por falar em Cavaco Silva ... não era oportuno o senhor Presidente da República falar ao povo, tranquilizando os mais inquietos, no momento em que as burlas nos bancos são mais que muitas, em que os 'buracos' financeiros são mais do que os das estradas, em que o desavergonhado capitalismo 'rouba', até, a dignidade ao povo ?

Votei nele, mas não para se calar.

Comentar 'algumas' coisas que se passam na AR, é perda de tempo.

Anónimo disse...

Dramático.
Tudo gente sem tempo para pensar.
Como disse um dia o pobre de um chefe do exército, querer gerir por excepção pera ter tempo de pensar (tiradas).
Mas se eles nunca se revelaram por pensar muito, por ter dúvidas, como havia de ser agora?
Não que não pensem habitualmente, nos seus interesses pessoais, sob a capa do interesse colectivo.
BM

Anónimo disse...

Este novo episódio da novela "Debates Parlamentares - Como se Fo** um Povo", foi mais um exemplo prático de como se faz política quando apenas se tem como referências o ruído, a imagem e a côr: é a "espectacular política espectáculo"!
Neste tipo de "prática" política, o político é tanto melhor quanto revela capacidade para iventar slogans politicamente correctos, para argumentar contra o "outro" e argumentar a favor dos "dele", mostrando ao mesmo tempo uma tão flexível quanto possível noção de Ética, de Moral e de Verdade. Extremamente importante é também apresentar-se como "neo- qualquer coisa", não tendo assim que se guiar por quaisquer referências ideológicas, facilitando assim a "justificação" perante o povo (= otários) as suas constantes incoerências.
Para o político de sucesso (vazio de conteúdo ou então cheio de merda), é fundamental contratar os melhores profissionais da "arte" de comunicar. O seu sucesso mede-se em grande medida pelo ruído que consegue gerar e pelo número de vezes que surge nos "media". Mais importante do que qualquer ideia, o político de sucesso tem que ter os "aliados" certos, nas redações certas, dos "media" certos.

Muita boa gente tem criticado esta forma de estar e de fazer política e que nos tem "brindado" com sessões parlamentares com a "qualidade" da de ontem. Por isso eu pessoalmente hesito em criticar a Dra. Manuela Ferreira Leite pela FORMA como "faz" política.

Anónimo disse...

... E já que se está a discutir o Orçamento 2009, eu apoio desde já um reforço da verba do Governo para viagens e estadias, para dotar de cabimento orçamental uma ida do engº. Sócrates à feira da tecnologia CEBIT, em Honoover, para promover e vender o portátil Magalhães.
Seria um justo prémio para aquele que se tem mostrado o vendedor mais entusiasmado e motivado com o produto e, desconfio, o que melhores resultados conseguiu.

P.S. - com os problemas nos texteis, aconselho os indústriais do sector a enviar desde já uma proposta de trabalho ao eng. Sócrates (devem incluir qual a marca e modelo do carro comercial de serviço que destribuem às respectivas equipas de vendas).
Está provado que o homem vende seja o que for e que o pessoal "compra"!