A nova administração do BPN é mais um monumento ao "bloco central". Repito. Vão ver que, no fim, não só ninguém conhecia o dr. Oliveira e Costa, como ele não tinha "amigos" nos principais partidos do regime e a "investigação" será, como em certas doenças, prolongada. Lampedusa nunca deixou de ter razão.
24 comentários:
As respostas devem ser dadas aqui - e não no 'Sorumbático' (onde o prémio apenas está anunciado, com a imagem da capa do livro e link para este post).
Desejo que no meu país tudo decorra sem conflitos, na melhor ordem, de forma a que todos, sem excepção, possam viver em paz.
Acontece que, por força da imperfeição humana, sempre surgem aqui e ali problemas de toda a ordem.
E são esses problemas, que bem me entristecem, que têm o condão de me mostrar o verdadeiro estofo de certos melros, não de penas pretas como os genuinos, mas de penas cor de rosa com as quais escondem a "massa" de que são formados.
Quem esteve atento às palavras do governador do Banco de Portugal, governador que, pelos vistos, só trata do seu governo de vida, deve ter reparado que, para alijar culpas no caso BPN, começou por afirmar que casos como o do referido Banco sempre acontecem por mais apertado que seja o controlo exercido pelos bancos centrais.
Citou até a propósito o que se passou nos Estados Unidos.
As habituais referências ao que se passa nos outros países é um costume habitual do socialismo de merda, sempre que se vê apertado.
Foi, no entanto, um erro tal citação. Porque se o governador do Banco de Portugal ganha muito mais do que o responsável pelo Federal Reserva tem de produzir trabalho de melhor qualidade, que foi o que não fez.
A finalizar a arenga que proferiu no Parlamento afirmou em resposta a pergunta que lhe foi feita: posso assegurar que vão ser tomadas medidas para impedir que se voltem a repetir situações como a do BPN.
Então já é possível estabelecer um controlo eficaz? Então porque não o estabeleceu antes? Estava a dormir ou a analisar a folha de remunerações para lhe introduzir uma alteração na sua remuneração?
Mas que corja política os portugueses têm de suportar.
'Tudo deve mudar para que tudo fique como está'
Lampedusa é referido no post porque afirma na sua obra que a única mudança permitida é não mudar,ficar como está: "tudo deve mudar para que tudo fique como está".
A nacionalização do BPN não passou de uma mudança necessária, para que permanecesse tudo igual, tal como Lampedusa defende na sua frase famosa: "A não ser que nos salvemos, dando-nos as mãos agora, eles nos submeterão à República. Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude."
Talvez seja "às vezes é preciso mudar algumas coisas para que tudo fique na mesma"
A frase a que o post se refere aparece, n' «O Leopardo», em duas versões parecidas, mas diferentes.
Uma delas (porventura a menos conhecida) é a que Cristina refere e surge logo no início, na
1.º parte/Maio 1860:
Tancredi diz para o Príncipe:
«Se queremos que tudo continue como está, é preciso mudar tudo. Percebeste?» - segundo a tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo.
Mas há ainda outra famosa frase (a mais conhecida), que esperemos que alguém dê.
-
Resumindo e concluindo:
Por mim, Cristina pode escrever para sorumbatico@iol.pt, indicando morada para envio do 1.º dos 2livros.
[Continua]
A segunda frase (a mais conhecida, até porque é mais certeira) é dita pelo Príncipe de Salina:
«É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma»
-
Assim, e se o João Gonçalves concordar, o 2.º livro seria para "Karocha", por ter dado a versão que, a meu ver, é a que se enquadra no espírito do 'post'.
Qual é o erro gramatical presente no anúncio do jogo floral? Àquele que descobrir primeiro, enviarei um exemplar único dos discursos de José Sócrates em pdf.
Já agora, Thoureau disse o mesmo que Lampedusa, mas de forma mais subtil: "Nothing changes, we do."
Mil perdões. Thoreau, não Thoureau. Não um erro, foi uma gralha! Mas admito que perdi 50% de credibilidade.
Com mil diabos. Errata: onde se lê "Não um erro,", deve ler-se "Não foi um erro,". 25%.
"Q",
Julgo que se refere ao "por que" em vez de "porque".
Como curiosidade, veja-se [aqui] como a editora Bizâncio resolveu essa questão bizantina (?) e, já agora, qual a forma correcta (segundo Edite Estrela e outras pessoas que, na altura, se pronunciaram acerca do assunto).
Caro Carlos:
Referia-me, de facto, a essa questão, que não considero resolvida. Tenho muitas dúvidas que "porque" seja um advérbio interrogativo. Porquê? Porque um "porque" tem a ver com a cadência. Um "por que" implica uma pausa naturalmente interrogativa, mas um "porque" não me parece que contenha, deveras, uma interrogação, embora seja um conjunção. Verdadeiramente, o Português não é uma língua exacta, mas também não vale a pena torná-la numa língua ainda mais equívoca e confusa.
Seja como for, e apesar de ter acertado, não lhe vou enviar o prémio anunciado, porque... Bom, pelo simples motivo que não posso fazer uma coisa dessas a uma pessoa de bem. Um abraço.
"Q",
Já agora:
O correcto, segundo a norma actual é, p. ex.:
«Porque não te calas?», enquanto os espanhois, como se sabe, escrevem separado.
Os brasileiros, pelo que tenho visto, também "separam". Os clássico portuguese, idem, mas só nas edições mais antigas.
Carlos,
Para dar um exemplo do link acima (as capitais e os parêntesis rectos são meus):
"PORQUE interrogativo introduz livremente uma oração [Não se entende como o erro se torna possibilidade positiva de análise]. POR QUE / QUAL interrogativo não introduz sozinho uma oração [pois não, é por isso que se lhe chama uma conjunção: eu posso dizer "porque sim" e é uma frase], mas só com apoio expresso de um substantivo.
Porque perguntas
Por que motivo perguntas..." [Aqui, de facto, "motivo" é um substantivo, mas a regra não faz sentido, porque se eu disser "porque sim" tenho uma conjunção com um substantivo, e não era uma interrogação: era uma afirmação]
Está a ver? Estão a tentar justificar o ERRO.
«Porque não te calas?»
Bem, se isto foi uma boca (parece-me bem que foi), então ficamos jáporaqui.
Dá beijinhos meus à Edite Estrela.
Ainda acerca do "porque" e do "por que", talvez valha a pena ler o que está no Ciberdúvidas [aqui], quanto mais não seja, para aumentar a confusão...
o monárquico tommaso di Lampedusa refere em il gattopardo a situação siciliana depois da facinorosa intervenção dos piemonteses através de garibaldi, o seu braço armado de opereta.
só princípe compreende que tem de unir-se à burguesia
para juntos sugarem o povo.
a burguesia de hoje é a do largo dos ratos.
pm "mentir, mentir sempre, mentir com convicção"
radical livre
"Q",
Ah! E no que respeita à Edite Estrela:
Por mim, tudo bem; mas o que é que lhe respondo se ela me perguntar... «Por "Q"?»
Se bem me lembro, a Edite Estrela defendia - e defenderá ainda - que o feminino de pires é a chávena, mas isso foi num outro tempo (passo a graça).
Edite Estrela sempre defendeu coisas esquisitas, que pouco têm a ver com a etimologia, mas mais com as interpretações daquilo que se está a designar e a fazer regra ideológica de atributos linguísticos que devem ser neutros. É por isso que nunca devem ser os Políticos (genérico) a definir o que se deve escrever: por uma questão de princípio.
Por exemplo, o novo Acordo Ortográfico (que espero ninguém irá respeitar - atirem ovos, que eu pago) é uma vergonha linguística que não faz sentido.
Não tem a ver com política, nem as casinhas habituais: tem a ver com dignidade e verdade linguística.
Seja como for, caro Carlos, sobre o "por que" e o "porque" eu não tenho dúvidas nenhumas. Um pergunta, o outro responde: foi assim que aprendi no Liceu Camões nos finais dos anos oitenta (espante-se). Por acaso, tenho muitas e boas memórias dos meus professores no Liceu Camões, especialmente a Inglês, História, Filosofia, Geografia e Português. A fulana de Francês era uma bruxa horrenda.
Segundo percebi (se houver quem perceba, explique) pelas regras novas, isto funciona assim:
Só 25% dos profs podem ter "muito bom/excelente" numa determinada escola.
A nova avaliação consiste num dossier detalhado com planos de sessão que descreve os gestos de cada professor ao minuto e todos os movimentos "activos" de um professor dentro da Escola. Tudo bem: é possível descrever isso. Depois, um professor de Química vem assistir às minhas aulas de Português. Tudo bem (só isto garante tudo). Depois, sou avaliado por isso, e pelas faltas dos alunos. Tudo bem. Depois sou avaliado pelo sucesso global da turma: tudo bem.
Mas... A minha escola tem 50 profs. Pela nova regra, só 12,5% dos profs podem progredir na carreira (6 profs) - mas por acaso 50% dos profs são exemplares. Isto é excelente para o ambiente na Escola, não é?
O que nos pede o Ministério diariamente: estatísticas. Dados repetidos que consomem 50% do dia. Dados que já lá estão, mas que são pedidos cada vez que têm "um projecto". Cada vez que muda um gabinete, uma ideia, toca a re-enviar todos os dados dos últimos 5 anos. Os mesmos do mês passado.
Brilhante.
Os profs são preguiçosos? Não. Têm 3 meses de férias? Sim. Mas são bons? São.
Pela minha parte, que trabalho numa escola pelo preço de uma mulher-a-dias e aturo tudo: olha, vão à m****.
"Q",
De facto, o "critério do substantivo" (indicado no link a propósito dos títulos da Bizâncio) pode conduzir a erros.
Podemos talvez dizer, então:
Quando a pergunta pede uma resposta do género «'Porque' me apeteceu», escreve-se "por_que" quando há um substantivo relacionado com "motivo" e "porque" quando ele é omitido:
«Porque fizeste?» > «Porque me apeteceu»
«Por_que razão fizeste?» > «Porque me apeteceu»
-
No entanto, «Porque esperas?» e «Por_que esperas?» são ambos correctos...
...se no 1.º caso se estiver a enunciar a pergunta com o significado de «Por_que razão esperas?» e no 2.º caso com o significado de «Por_que coisa esperas?».
=======
Também andei no Camões, de 1957 a 1964 - Pré-História!
neste momento a melhor demonstração de amizade para com o sr oliveira e costa é mesmo a omissão.
o arguido não fala, as provas não aparecem - que o diga o BP; e não há testemunhas...
nada mudou.
Enviar um comentário