15.11.08

PEQUENO EXERCÍCIO DE SEMIÓTICA


Ler o Expresso - não todo o lixo que metem no saco e entre páginas - é um exercício imprescindível para perceber o "estado da nação". No Expresso manifesta-se todo o regime, desde o BE ao PP, passando pelos "independentes", pelos "interesses" e por antigos escrevinhadores (e candidatos a escrevinhadores) da retórica discursiva do poder. É o "diário da manhã" que melhor representa as elites que nos pastoreiam. Com uma fotografia "tipo-passe" e "em baixo", Sócrates é descrito em meia dúzia de linhas como alguém que, neste momento, não controla o seu governo. Normalmente isto seria manchete e explicava-se porquê. Pelo menos três ministros - Lurdes Rodrigues, Ana Jorge e Pinto Ribeiro - já não moram na realidade. Lurdes Rodrigues, porém, tem direito a várias páginas de "defesa" e a um artigo "socrático" de Miguel Sousa Tavares destinado, no essencial, a dizer que o PC e o sr. Nogueira manipulam o mundo inteiro contra a pobre dra. Rodrigues, a beata salvadora da educação nacional que ameaça as escolas que lhe "desobedeçam". Ana Jorge - que esta semana trocou os mil milhões da dívida do SNS por um simples milhão e que remeteu as contas para um secretário de Estado - é referida numa "lateral" pequenina como se se tratasse de uma mera servente de hospital e não quem é politicamente. Pinto Ribeiro, finalmente, afirma que o seu ministério (e ele, por consequência) não possui "credibilidade". Nem ele nem o jornal retiram da extraordinária afirmação quaisquer consequências. Como é que não há-de o espertalhão do Barroso, umas páginas mais adiante, reclamar um segundo mandato na Comissão Europeia depois da fuga devidamente aplaudida pelo mesmo regime que se expressa no Expresso? Quem é que aguenta isto?

9 comentários:

Anónimo disse...

Quer dizer que já nem o Expresso é de confiança?

Anónimo disse...

leio 2-3 páginas em diagonal quando 4 vezes por ano vou almoçar com os sobreviventes da familia.
é "produto tóxico".
vejo de fugida as notícias das TVs socialistas.
leio as gordas dos jornais na net.
como contribuinte pago para ver tudo o que resperita ao nojo de desgoverno dos só-cretinos.
do "buraco" da saúde todos sabiam menos aquela "coisa" que mia.
PQP

radical livre

Anónimo disse...

Mas será que há comunicação de confiança neste país? Para mim, não.
É por tal razão que não compro jornais, porque não me interessa estar a pagar a quem me mente descaradamente, a quem anda feito com quem nos explora e amarfanha.

Carlos disse...

"Quem é que aguenta isto?"

Todos nós, que reclamamos e falamos mal, mas por cá continuamos.

Anónimo disse...

O Balsemão está como as acções da Impresa.A afundar-se.De tantos fretes que fez ao PS e ao Só-cretino ainda acaba nacionalizado à la BPN.A grande vantagem seria tornar visivel para todos o estatuto de comissários politicos do poder Sócretino dos responsáveis pela informação do grupo Balsemão.Já o são hoje mas escondidos quais toupeiras no "grupo privado"do militante n.1 do PSD.Shame on you!

Anónimo disse...

E em que página é que o Expresso pergunta ao Presidente da Republica qual é a sua posição sobre os incidentes na Assembleia Regional da Madeira ?
Ver tambem
Cavaco só aponta o dedo aos miúdos

VANGUARDISTA disse...

Latrina Expresso, o cagadouro onde se criou o regime merdocrata e este se alimentou, espelhou e sobrevive.
Comissão de Censura, porque não cumpriste o teu dever e não fechaste o pasquim à nascença?
Como Portugal teria sido diferente, sem Balsemões, Marcelos Rebelos de Sousas, Cavacos, Soares e Socrates, etc., etc.!

QC disse...

São Ministros "Self-service", querem o quê? mordomias? Ora, isso é coisa que se fomenta de queqinininho: o mérito, essa coisa que teimam em ceifar - de pequininhinhos - a qualquer tuga, desde que lhes cheire que o "sangue" é de pobre. Agora: aguemtem-se! Apreendam a avaliar as coisas pelo que elas são e não pelas patuscadas das boas "famílias". Nepotistas y ressabiados pela "democratização do Ensino sabem bem enfeita o pa o Tolo provar y pedir mais... Muita metáfora??!!! Pois.

QC disse...

Corrijo: sabem bem enfeitar o bolo para o Tolo provar y pedir mais