Um lamentável "erro de script" apagou o Dulcamara que aqui estava de manhã. Infelizmente para mim - e para alguma gente que se cruzou comigo ao longo da vida e que eu tinha por amiga - possuo uma "memória de elefante". Repito, pois, a ideia. A vida político-partidária portuguesa está cheia de Dulcamaras. No PS manda o "Dulcamara do Magalhães" o que impede demais candidatos ao papel do famoso "doutor" de aparecer. No PSD, não faltam candidatos ao papel do charlatão da ópera de Donizetti. De jovens "promessas" com quase cinquenta anos a qualificados caciques locais. Une-os o ódio ao "estilo" insosso da dra. Ferreira Leite, por natureza a anti-vendedora de "elixir". Talvez tenham razão. A Dulcamaras responde-se... com Dulcamaras. Avancem.
(Clip: Simón Orfila, L'Elisir d'amore, de Gaetano Donizetti, Teatro Liceu de Barcelona, 2004)
(Clip: Simón Orfila, L'Elisir d'amore, de Gaetano Donizetti, Teatro Liceu de Barcelona, 2004)
3 comentários:
Do Leitor RSS:
"Giuseppe Tadei canta a famosa área do "Dr. Dulcama" do Elixir de Amor, de Donizetti. A vida pública está cheia de Dulcamaras e de candidatos a Dulcamaras, alguns deles "jovens" promessas com quarenta anos. No PS a oferta é mais limitada porque o "Dulcamara" dos "Magalhães" representa perfeitamente o papel. No PSD não faltam. Como o charlatão da ópera, não vêem a hora de correr com Ferreira Leite e com o seu "estilo". Talvez tenham razão. A "Dulcamaras" responde-se com "Dulcamaras". Avancem."
Referi ao Dr. João Gonçalves, em comentário de 2 de Setembro, que o prof. Marcelo me fazia lembrar, nas suas intervenções, o Dr. Dulcamara, da ópera "L'Elisir d'amore", de Donizetti. E quis o autor do blogue inserir uma notável interpretação da célebre cavatina, na voz de Bryan Terfel, numa produção da Ópera de Amesterdão.
Eis que o João volta ao tema, apresentando agora a mesma cavatina, desta feita no Teatro del Liceo, de Barcelona, interpretada por Simón Orfila, a propósito dos charlatães que pululam na nossa vida pública.
Outra interpretação excelente (a do cantor) a contrastar com o medíocre desempenho dos dulcamaras que enxameiam o país. É que estes, se ainda conseguem convencer os incautos a comprar o seu elixir envenenado, acabam enredados (salvo alguns casos especiais), na burla generalizada em que Portugal mergulhou.
O problema de Portugal não é um caso de política, é um caso de polícia. E a propósito de polícia, não posso deixar de me surpreender pelo contraste entre o alarido ensurdecedor de toda a comunicação social, durante mais de um ano, diariamente, dia e noite, no início do caso Casa Pia, e a comovente discrição dos ditos órgãos (os da comunicação social) perante o desastre bancário que assola o país.
"Quem tiver ouvidos, ouça" (Apocalipse,II,17)
MINA
Você deve andar distraído caro anónimo, não tem visto o esforço que tem havido para trazer de novo às notícias o assunto Casa Pia?
Ele é na TVI, na SIC, na RTP, só que está a começar a pegar.
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