12.11.08

O AVALIADOR SEM AVALIAÇÃO

Vítor Constâncio fala, noite fora, aos deputados. Alguns - Portas, por exemplo - protestam, olhos nos olhos, a sua demissão. Constâncio, diz, tem a "consciência tranquila". Agora que tanto se fala em "avaliação", quem e como é que, finalmente, se avalia Constâncio, o lamentável Constâncio, para usar uma expressão desse grande moralista português contemporâneo que é o 1º ministro?
Adenda: José Medeiros Ferreira poupa, com persistência, o dr. Constâncio. De facto, o governador é melhor a avaliar politicamente os défices - o da direita, de 2005, citado por JMF, e o de Guterres, de 2002, de que ele se esqueceu - do que a supervisionar bancos. Quanto à retórica perante os deputados, caramba, o homem, afinal, ainda chegou a secretário-geral de um partido. Não sabe só, seguramente, de mercearia. Tem métier.

27 comentários:

Anónimo disse...

Da intervenção de Constâncio retira-se uma informação muito importante.Com Cadilhe ,limpando e reestruturando,o BPN era recuperável.A questão da crise é uma simples desculpa para disfarçar o que de facto se passou.Muito antes desta,em Agosto,o Sr.Vieira da Silva estava a desestabilizar o BPN retirando 300 milhões de euros do Banco.Por iniciativa própria?Por ordens de quem?Uma coisa parece certa .Cadilhe era o Homem a abater.Porque estava a ir longe demais nas investigações?Porque existe muito a esconder nas relações Segurança Social/BPN desde 1999,data em que Ferro era Ministro e Vieira da Silva Secretário de Estado da Segurança Social?São estas as verdadeiras questões a esclarecer no processo pelo qual foi provocada a falência do BPN.A crise só serviu para facilitar e encobrir a verdadeira cabala que foi montada para o efeito, segundo se depreende do que Constâncio deixa subentendido.Nada de muito diferente da cabala montada para tomar de assalto o BCP.

Anónimo disse...

Esses indivíduos do BPN são gente demasiado poderosa para que o Constâncio se possa meter com eles. É o estado a que isto chegou.

Vitor Esteves disse...

E sobre o Oliveira e Costa e sus muchachos nada ?

Anónimo disse...

O Vitinho é um consciência tranquila permanente. À conta de ser um mole - não passa disso - os socialistas tomaram conta da banca: CGD, BCP e BPN, de nomeação directa. Os outros bancos fazem-lhes os fretes sem qualquer dificuldade, porque nada melhor do que, em tempos de incerteza, viver debaixo do guarda-chuva do poder. Uma tristeza de país, onde aqueles que querem parecer fortes não passam de uns fracos bem engravatados.

Anónimo disse...

Está mais difícil esvaziar o trono do Banco de Portugal que apanhar uma pulga nas bainhas de umas calças escuras.

Pedro Barbosa Pinto disse...

Não duvide que Constâncio, bem como Sócrates e “sus muchachos”, estão a ser avaliados por quem manda nesta oligarquia mascarada. E não se estão a sair nada mal!

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

E viram-lhe os tiques!
O faz que não com os olhos!
O menear de cabeça de criança apanhada em falta!
A ironia no céu da boca!
O revirar de olhos e as ondas no ar!
Quanta ingratidão, meu Deus, para com este ser supremo!
Entretanto, onde param as minhas poupanças reforma, suor do meu corpo, roubadas pelos senhores do capitalismo popular?

Possivelmente, em algum paraíso fiscal ou em algum bolso, direi eu!

Anónimo disse...

Avaliado já ele foi (as provas estão aí para quem as quiser ver). Não há mais nada a dizer. Agora, é unicamente um problema de consciência (dele, e do regime, claro está). Pobre República.

Anónimo disse...

devia ter seguido a profissão do avô materno,
o "ti chique barbêro ou barberinho" onde eu, até aos 10 anos, ia cortar o cabelo
mau ministro
péssimo secretário geral
lástima no banco

radical livre

Anónimo disse...

POR ACASO JÁ ALGUEM QUIS OUVIR NO PARLAMENTE O SENHOR OLIVEIRA E COSTA, O SENHOR CONSELHEIRO DE ESTADO DIAS LOUREIRO E O INEFÁVEL MACHETE?????????????

NÃO É PRECISO JÁ LÁ ESTÁ O BANDEIRA PARA BRANQUEAR TUDO , LIMPAR E POR TUDO EM DEVIDO SITIO

" CREDEBILIZAR"................

Karocha disse...

Assino por baixo o comentário do Vitor Esteves.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Há certas palavras e expressões que estão garantidas à partida.

É o caso da 'auditoria que ARRASA', do 'arrasado que a DESVALORIZA' e do 'acusado de CONSCIÊNCIA TRANQUILA'.

Anónimo disse...

E se for ao contrário? E se, na avaliação (contínua) de algumas "eminências" do regime, o dr. Vítor Constâncio ter tido e continuar a ter nota máxima? Não será que faz mais sentido?

Anónimo disse...

Bobadela disse...
"O Vitinho é um consciência tranquila permanente."

E porque se havia ele de incomodar? Cada mês que passa a queixar-se de que os mauzões dos bancos não se auto-denunciam e até, imagine-se lá, se atrevem a esconder informação é mais uma entrada de 18000 euros para a SUA conta e mais 1 mês a contar para a SUA reforma indexada ao vencimento. Como é inimputável pelo que faz ou deixa fazer que razão terá ele ou os seu pares para se aborrecer a tratar dessas minudências?

Anónimo disse...

Ora, toda a gente sabe que...

A AMIZADE É UMA COISA MUITO BONITA!

Anónimo disse...

Só um comentário apra dizer que despertou a curiosidade em mim para ler os Contos Completos do Capote. Obrigado.

Carlos Medina Ribeiro disse...

A falha por omissão de Vítor Constâncio faz lembrar uma velha anedota em que o miúdo pergunta ao professor:

- Posso ser castigado por uma coisa que não fiz?

- Claro que não, meu filho!

- Bem... É que eu não fiz os trabalhos de casa.

Anónimo disse...

Esse Carlos Medina Ribeiro tem um ar fofinho.

Anónimo disse...

Hoje ouvi um excerto da inquirição de Victor Constâncio. Diz que não actua por rumores. Ora bolas: não é o ti Zé, solteiro, que vai a casa da ti Maria, viúva, à socapa entre as 23h e as 4h da manhã. São milhões de Euros. Depois ainda lamentou a moldura penal destes crimes como se fosse ministro da justiça. Que queria? Pena de morte para evitar fiscalizar? A pena de morte evita a 100% assassínios? Se evitasse todos os países a teriam adoptado. Portanto sacudiu o capote. Acho que falta a Victor Constâncio uma réstia de vergonha: se a tivesse demitia-se. E demitia-se nem que Sicrano e Beltrano se apresentassem de corda ao pescoço como culpados de qualquer falcatrua.

Anónimo disse...

Crise? Qual crise? Não há crise coisíssima nenhuma. Excepto para o povo que, como sempre, é quem as paga com língua de palmo. Eles, os ladrões institucionalizados, estão na maior. A eles ninguém lhes toca. Os administradores, reguladores, supervisores, etc., de todos os bancos, o Governador do Banco de Portugal incluído, têm as costas bem quentes. Este então nem se fala, por isso é que não se demite, melhor, os que mandam nele é que não o tiram de lá. Se por hipótese absurda algum deles for parar à cadeia não há problema, está tudo programado e combinado d'antemão.
Fica lá um ano, se tanto, numa cela de luxo com direito a todas as mordomias, uma espécie de férias pagas em hotel de 7 estrelas com direito a spa, depois é solto com uma indemnização de muitos milhões. Paga por todos nós, é claro.
Ele, o constante Constâncio, não se quer demitir nem o vai fazer até receber ordens superiores, porque se o fizer não recebe lá grandes contrapartidas, fica com o nome semi-enxovalhado e deixa de ocupar um lugar-chave para prosseguir o roubo (inacabado) dos seus mandantes e, para além do mais, teria que eventualmente prestar contas à justiça pelo seu criminoso desempenho de funções. Ir a julgamento é uma forma de dizer, esta gente nunca é julgada, os julgamentos, quando os há, são simples encenações perfeitas para entreter o pagode. E a somar, ou independentemente de tudo isto, se o afastarem do cargo (eles nunca são demitidos) - ou 'reformarem-no' - pagam-lhe uma bruta indemnização, porventura de vários milhões para cima, tendo em conta o cargo importante que 'desempenha' há eternidades, indexado ao valente ordenado que recebe igualmente há séculos. Isto será o mais conveniente para ele e para quem nele manda, porque estes também receberão uma bruta quota parte, é da praxe e está escrito. Num caso ou noutro, há sempre o recurso a um cargo prestigiado numa qualquer organização internacional. Existem muitas destas que servem exactamente para este efeito. Ele, tatibitate como é, que nunca pensou na vida chegar onde chegou, limita-se simplesmente a seguir as ordens de quem lá o colocou (seria bem engraçado saber-se porque é que esta mosquinha morta não só foi sec. geral dum partido, como anda há um ror d'anos a desempenhar cargos dos mais importantes de um país, sem competêcia alguma ou sequer perfíl político, ou outro, para o fazer). Por outro lado, enquanto ele lá estiver como regulador(?), facto este que não se pode descurar, a roubalheira desbragada em todos os bancos e os encobrimentos escandalosos a ela relacionados continuarão em grande estilo, que é afinal o que se pretendia desde o início. Ademais isto está tudo muito bem coordenado por quem manda nele e no país. Ele, paspalhão até ao limite, foi òbviamente lá colocado por mera conveniência, como aliás todos os administradores e directores de bancos, grandes empresas, ministérios, ong's, associações, movimentos, etc. Todos os países têm nos seus postos-chave gente controlada e todos eles, controladores e controlados, são-no à distância, à minúcia. Um comentador disse que ele é um mole. Pois é, ele é um autêntico papa-açorda. Mas é mesmo assim que eles os querem, para fecharem os olhos às acções fraudulentas, roubos e falcatruas de todo o género. Se eles não fossem uns moles e vendidos não eram recrutados para os altos cargos que 'desempenham'. Uma parte muito substancial dos biliões sucessivamente roubados aos bancos e ao país, segue secretamente, por variadíssimos meios, para as inúmeras organizações igualmente secretas e semi-secretas que compõem o clube mundialista genèricamente conhecido por bilderberger. Sem esta fortuna incomensurável, que jorra em permanência de todos os países do mundo, eles não conseguiriam dominá-lo como o fazem através dos crimes horrendos que praticam, nem subsidiar há muitas dezenas d'anos as múltiplas organizações criminosas que actuam a nível global, sob seu comando. Os dirigentes dos chamados países democráticos e daqueles em vias de o serem, estão nos lugares que ocupam porque foram primeiro criteriosamente seleccionados e depois escolhidos a dedo justamente para o efeito. Estes, com o beneplácito daqueles, por sua vez escolhem minùciosamente quem colocam nos postos nevrálgicos da sociedade. Que serão obrigatòriamente homens e mulheres de confiança, de preferência pertencentes partidos (assim tem-nos sob controlo total) pagos a peso d'ouro com a condição (e a função) de se manterem caladinhos e deixarem correr o marfim. Mais nada. A partir daí quem está no topo das organizações do estado, dos bancos, das empresas, etc., sob coacção ou não, limita-se a deixar plàcidamente assaltar os respectivos cofres e delapidar os bens que houver. É tudo feito à vontade do freguês e quase à luz do dia, porque quem o faz e/ou deixa fazer, mandatado que foi para o efeito, sabe que está protegido, tem o sistema que o respalda. E mais, sem o mínimo perigo de serem admoestados ou sequer incomodados por chefes de estado (supostamente apartidários) e quejandos, estes também naturalmente metidos na mesma engrenagem. Se porventura o desfalque ultrapassar os limites do inimaginável - como é o caso presente mas cujos responsáveis dos bancos e governantes fingem o contrário e desementem tudo e todos, eles estão sempre preparados para negar todas as evidências; quanto aos políticos não governantes, insurgem-se e fingem-se muito indignados mas todos representam a farsa do costume - aí talvez eles actuem mas fazem-no hipòcritamente aparentando uma integridade e um patriotismo inexcedíveis, limitam-se a proferir uns discursos carregados de simbolismo, dão uns conselhos ajuízados aos governantes e com a ajuda preciosa dos jornalistas do sistema são elevados aos píncaros. Passados uns meses já tudo está esquecido e, uns anos depois, os mesmos altos responsáveis e políticos, ou outros que os vieram substituir, voltam a cometer os mesmíssimos crimes, frequentemente piores. Quanto à justiça, receio nenhum de serem detidos e punidos pelos graves crimes cometidos. Ela simplesmente não existe. Ou melhor, ela existe mas actua sob a mesma batuta em obediência aos mesmos chefes. O ruído de fundo, com as pseudo-indignações de dirigentes partidários e outros compinchas d'ocasião, incluíndo aqueles estratègicamente colocados em programas televisivos ou os que estão sempre a ser lá chamados e mais os que escrevinham em jornais de 'referência' - Costas, Medeiros Ferreiras, Pachecos, Portas, Soares, Alegres, Machetes, Carrilhos, Barretos, mais os administradores de bancos, de empresas e um alargadíssimo etc., cujo sistema podre todos eles integram e do qual se alimentam, quais parasitas a sugar o sangue aos hospedeiros que nunca largam até que estes definhem, embora alguns deles se disfarcem desde há muitos anos hipòcritamente de independentes e ainda há quem acredite - é ùnicamente para baralhar e voltar a dar, iludindo totalmente crédulos e incautos - a maioria do povo afinal - através da demagogia mais aviltante, os quais ingènuamente subscrevem actos criminosos gravíssimos de responsáveis públicos e governantes, que num país decente seriam objecto de prisão perpétua.
Não obstante a festa continua. O resto é pura paisagem.
Maria

Anónimo disse...

V.C. disse ontém e admitiu que
não há banco onde não haja corrupção. O POLVO é muito grande e
caso se desenrrola-se este novelo
até ao fim o SISTEMA caia por terra
e isso não covém aos poderosos. É
mais um caso que se há-de arrastar
no tempo e que há-de acabar em ZERO. Znabo

Anónimo disse...

Vão ver que o BPN não vai dar em nada. Nem é isso que os socialistas querem. A entrada de Francisco Bandeira para presidente do banco tem mais utilidade que qualquer PGR em acção. Conhecido pela sua total obediência ao poder socialista - por alguma razão era o número 2 da CGD quando o famoso Vara mudou para o BCP - Bandeira dará ainda muitas alegrias ao partido que serve religiosamente. Ele que disse que quer retirar o BPN dos títulos dos jornais, foi só para ignorante ler e acreditar. Vão ver que vai começar a devassa de todos aqueles trutas que alimentaram e se alimentaram do BPN. Nem é preciso o PGR abrir qualquer processo. Esses trutas sabem que vem aí a pior das chantagens que é o acesso aos seus files. É do que os socialistas vivem.

Anónimo disse...

engraçado como de facto, neste caso, se está a dar todo relevo ao BP

e deixar na sombra o gang do BPN...

Parabens ao gang...

boa estrategia, como se vê nestes comentarios resultados...

Anónimo disse...

Obviamente que é importante discutir a questão da super-visão mas neste momento o mais importante é punir implacávelmente e exemplarmente os infratores.
É NESTE PONTO QUE A OPINIÃO PUBLICA SE DEVE CONCENTRAR e não no Dr Vitor Constâncio porque issoé fazer o jogo de quem cometeu delitos graves.

Alguém na classe politica manifestou interesse em ouvir os Senhores oliveira e costa, machete e dias loureiro?

POR FAVOR, NÃO SE DEIXEM LUDIBRIAR

Anónimo disse...

Os nomes que vêm cá para fora são os que mais dão jeito neste momento. Eles são desde já os culpados. Mas há muitos mais e é por causa destes "muitos mais" que ninguém vai mexer em nada: para quê?

Anónimo disse...

Então o PS não quer ouvir os ex-adminitradores do BPN!!!!!!!!!

sÓ QUER OUVIR O cONSTÂCIO.

Muito giro e muito revelador.

Será que nem assim o povoléu percebe???????????????

Muito nos gozam eles. E tem razão...........

Karocha disse...

Eu faço apenas uma simples pergunta:
Que escandaleira MONUMENTAL estão eles tentar esconder?